"Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana"

(Teillard de Chardin)

27 fevereiro 2011

Dica de Filme - "A Presença"


Sinopse: nessa romântica e sombria história, uma mulher (Mira Sorvino) viaja para uma casa isolada, onde acaba sendo acompanhada de perto por uma aparição (Shane West) que habita o lugar. Com a inesperada chegada do namorado da mulher (Justin Kirk), os conflitos não tardam a acontecer. Quando a mulher percebe, uma fina linha entre sanidade e possessão começa a se desvendar.
Filme com temática espiritualista. 
Um espírito aparentemente ainda sem consciência de sua morte, permanece na casa em que viveu, mantendo a mesma rotina até que uma nova moradora chega.

Spoilers : Muito interessante a forma como o diretor nos mostra a presença silenciosa mas constante deste espírito...embora não seja o único na casa. Vemos exemplos de como um obsessor age e a força protetora de nosso guardião.
Com início um pouco lento, a medida que os personagens interagem e com o surgimento do obsessor o filme evolui com diálogos muito interessantes entre os espíritos.Um detalhe que me chamou a atenção: o momento em que nova moradora e espírito começam a se comunicar.

Indico com certeza!

26 fevereiro 2011

Você cuida da espiritualidade do seu filho?


Como essa palavra “acontece” na sua casa?
Para praticar é preciso pertencer a alguma religião?
Existe conexão entre espiritualidade e cultura?

As expressões artísticas são um meio e tanto para mostrar essa conexão entre os seres: a emoção na cadeira do cinema, o espanto diante de uma tela de Claude Monet, a gargalhada diante do palhaço. O simples ato de colocar uma música para o outro ouvir é pura espiritualidade.

Imagine, então, o que de bom acontece à criança quando os pais são os condutores, quando a família é a referência.


“Nas conversas constantes, nos jogos e brincadeiras, nos passeios lúdicos e culturais, no criar momentos mágicos e fantasiosos: essa participação dos pais proporcionará segurança e afetividade para as crianças. E segurança e afetividade são variáveis importantes no desenvolvimento da espiritualidade”, diz o educador e pesquisador Hosaná Dantas.

Por isso, contar e ler histórias são atividades profundas para se praticar espiritualidade em casa. Primeiro, você está dedicando um tempo somente para essa atividade, um tempo exclusivo para estar com seu filho. Segundo, histórias são conexões diretas com os nossos sentimentos, para conversar em silêncio sobre assuntos muitas vezes difíceis de resolver.

“As raízes das histórias estão ligadas a mitos arcaicos, pois inicialmente essa era a forma das pessoas passarem seus saberes, valores, ensinamentos”, afirma a professora e contadora de histórias Rosane Pamplona, autora de diversos livros infantis com contos de tradição oral. Se contar histórias for por pura diversão, melhor ainda: olha lá você tornando a vida do seu filho mais engraçada! Tem poder melhor do que esse?


O poder das histórias é bem maior do que podemos imaginar e o repertório nem sempre precisa ser fantasioso. Experimente contar fatos sobre quando seu filho nasceu, ou quem foi seu melhor amigo na escola, ou como seus avós se conheceram. “Ao contar algo sobre nós ou nossa família, estamos fazendo em nós mesmos uma linha do tempo que liga o passado ao futuro”, diz Christine Fontelles, diretora de educação e cultura do Instituto Ecofuturo, que desenvolve práticas de sustentabilidade também por meio do incentivo à leitura. Isso dá sensação de pertencimento, de identidade, e conecta a família ao mesmo tempo em que mantém um hábito ancestral.

“Segunda-feira é o dia da leitura em casa. Meu irmão, minha mãe, eu e meu sobrinho, Felipe, de 10 anos, sentamos com nossos livros preferidos e cada um conta a sua história. Sempre tem alguma comida gostosa e esse é o nosso momento especial.”
(Martha Rios Guimarães, diretora da USE-SP (União das Sociedades Espíritas de São Paulo)

Espiritualidade também é treino.


Imagine se você pudesse fazer uma lista de afazeres para sua família, todas voltadas para a prática da espiritualidade. Aqui vão algumas sugestões, mas o ideal é que vocês adaptem conforme a dinâmica da sua rotina. Vale até se estiverem diante de algum conflito, que pode ser desde uma briga com um colega de escola, até uma dificuldade para seu filho entender por que deve economizar água.

Resoluções morais e éticas podem ser sugeridas pelas próprias crianças. “Poderiam ser propostas para todos os dias ou uma listinha semanal. O mais importante é acreditar na criança. Pergunte como ela pode transformar as suas ações de hoje em coisas boas. O melhor disso vai ser compartilhar, conversar”, diz Marcelo Cunha Bueno, diretor pedagógico da Escola Estilo de Aprender e colunista do site CRESCER.


“Meu pai, que não está mais aqui, amava passarinhos, principalmente o bem-te-vi. Quando ouço um e estou com a Isabele, minha filha de 4 anos, digo a ela: ‘Olha o vovô dizendo bom dia’. Acho importante que ela sinta a presença dele de alguma forma, que ela saiba de onde ela vem. Com a Camile, eu pratico espiritualidade quando ela chega em casa, depois de ter passado o dia todo fora, voltado da faculdade, e pergunto como foi o dia, trocamos histórias...“
(Christine Fontelles, diretora de educação e cultura do Instituto Ecofuturo, mãe de Isabele, 4 anos, e Camile, 20 anos )

fonte:  

25 fevereiro 2011

Dica de vídeo - Quem acredita sempre alcança?


Uma dica de vídeo que toca a nossa alma.
Não esqueçamos que o momento é de Transição - de um Mundo de Provas e Expiações para um Mundo de Regeneração!
Façamos a nossa parte.

Um pouco de Loucura




A sensatez não convém em todas as ocasiões.
Ás vezes é necessário ser um pouco louco com os loucos. (Menandro)

Crianças-Anjos-Especiais



Quando era criança me disseram que no fim do arco-íris havia um tesouro.
Pensei logo: “Nossa” vou ser “dono” de um tesouro.
Nos anos que sobravam da meninice, armado de um estilingue, me tornei um intrépido caçador de arco-íris; mas por mais que tentasse não consegui alcançá-los. 

Passou-se o tempo e fui tomado pela sensatez, característica que é erroneamente valorizada, pois que é na verdade pouco mais que mera matadora de sonhos.

Entretanto havia algo que eu não sabia. Podemos não conseguir alcançar o arco-íris, mas, às vezes, por uma Graça, ele vem até nós.

Um dia ele passou por minha casa. Trouxe consigo, brincando de “escorregador”, um anjo aprendiz disfarçado de criança especial (um tesouro com o qual não sonhara). 

Essa criança povoou minha casa de sorrisos mágicos e, desde então, tenho vivido como dizia um poeta (do qual não me recordo): “A vida não é para ser contada pelo número de respirações, mas pelo número de vezes que perdemos o fôlego”.

José Carlos
Pai de João Pedro


***
Que tal repassar, ok?

Fé Cega X Fé Raciocinada


A fé sincera e verdadeira, é sempre calma.
Tem a paciência que sabe esperar, porque, tendo o seu ponto de apoio na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao objetivo visado.

A fé vacilante, ao contrário, sente a sua própria fraqueza.
Quando a estimula o interesse, torna-se furibunda e julga suprir, com a violência, a força que lhe falece.

A calma na luta é sempre um sinal de força e confiança; a violência, ao contrário, denota fraqueza e dúvida de si mesmo.

Cumpre não confundir a fé com a presunção.

A verdadeira fé se conjuga à humildade; aquele que a possui deposita mais confiança em Deus do que em si próprio, por saber que, simples instrumento da vontade divina, nada pode sem Deus.

A presunção é menos fé que orgulho, e este é sempre castigado, cedo ou tarde, pela decepção e pelos malogros que lhe são infligidos.”

(...) A fé necessita de uma base, base que é a inteligência perfeita daquilo em que se deve crer. E para crer não basta ver; é preciso, sobretudo, compreender.

A fé cega já não é deste século, tanto assim que precisamente o dogma da fé cega é que produz hoje o maior número dos incrédulos, porque ela pretende impor-se, exigindo a abdicação de uma das mais preciosas prerrogativas do homem: o raciocínio e o livre-arbítrio.

É principalmente contra essa fé que se levanta o incrédulo, e dela é que se pode, com verdade, dizer que não se prescreve.

Não admitindo provas, ela deixa no espírito alguma coisa de vago, que dá nascimento à dúvida. A fé raciocinada, por se apoiar nos fatos e na lógica, nenhuma obscuridade deixa.

A criatura então crê, porque tem certeza, e ninguém tem certeza senão porque compreendeu. Eis por que não se dobra.

A esse resultado conduz o Espiritismo, pelo que triunfa da incredulidade, sempre que não encontra oposição sistemática e interesseira.

(Allan Kardec)

fonte:



23 fevereiro 2011

Umbral


 Em 1943, André Luiz, o médico que se tornou conhecido psicografando livros pela mediunidade de Francisco Cândido Xavier, trouxe a público o significado dado à palavra na colônia espiritual “Nosso Lar”, onde passou a viver alguns anos depois de seu desencarne.

Em seu livro também chamado “Nosso Lar”, ele conta como ouviu falar do Umbral pela primeira vez, quando o enfermeiro Lísias lhe dava as primeiras informações sobre a colônia e descreveu-o como região onde existe grande perturbação e sofrimento e para a qual a colônia dedicava atenção especial.

Desde então, a palavra Umbral, escrita com inicial maiúscula, como o fez André Luiz no livro “Nosso Lar”, tomou significado especial, principalmente entre os espíritas, designando a região espiritual imediata ao plano dos encarnados, para onde iriam e onde estariam todos os espíritos endividados, perturbados e desequilibrados depois da vida.


 Com esta conotação a palavra difundiu-se muito e transformou-se num quase sinônimo do Inferno e do Purgatório dos católicos, com localização geográfica, tamanho, etc., conceito este que o próprio Allan Kardec, codificador do Espiritismo, já havia desmistificado em suas obras, mais de 80 anos antes, especialmente em “O Livro dos Espíritos”

Como vemos pelas respostas dos espíritos a Kardec, o inferno e o paraíso não passam de estados de espírito, condição moral de sofrimento ou felicidade a que estão sujeitos os espíritos por suas próprias atitudes, pensamentos e sentimentos durante a vida encarnada e depois dela. E é bom lembrar que espíritos somos todos, encarnados e desencarnados, vivendo cada um o seu inferno e o seu paraíso particulares. O que nos diferencia dos espíritos desencarnados é apenas o fato de estarmos temporariamente presos a um corpo denso de carne. De resto, somos absolutamente iguais a eles, com desejos, opiniões, frustrações, alegrias, defeitos e qualidades.

Na verdade, a figura geográfica e espacial do inferno dos católicos serviu de molde aos espíritas para que melhor visualizassem o que seria o Umbral, assim como o inferno da Igreja Católica foi tomado emprestado e adaptado do inferno dos povos pagãos para compor os mitos de inferno e paraíso.


Se não existe inferno ou purgatório porque haveria de existir o Umbral com localização, medidas, coordenadas, etc.?

Tudo o que existe no plano espiritual é criado pela mente dos espíritos encarnados e desencarnados. Sempre que pensamos nossa mente dispara um processo pelo qual somos capazes de moldar as energias mais sutis do universo, criando formas que correspondem exatamente àquilo que somos intimamente.

Extremamente apegados ao mundo material, nada mais natural que, mesmo estando fora dele, queiramos tê-lo novamente quando desencarnados. É aí que nossa mente entra em ação, criando tudo o que desejamos ardentemente. E várias mentes desejando a mesma coisa juntas têm muito mais força para criar.


A grande diferença é que, no mundo físico, podemos embelezar artificialmente o nosso ambiente e a nossa aparência, enquanto que no plano astral isso não é possível, pois lá todos os nossos defeitos, mazelas, falhas, paixões, manias e vícios ficam expostos em nossa aura, exibindo claramente quem somos como consciências e não como personalidades encarnadas.

No Umbral, tudo o que está fora de nós é conseqüência do que está dentro. Tudo o que existe em nosso mundo pessoal e nos acontece é reflexo do que trazemos na consciência. Assim, o Umbral nada mais é que uma faixa de freqüência vibratória a que se ligam os espíritos desequilibrados, cujos interesses, desejos, pensamentos e sentimentos se afinizam.

É uma “região” energética onde os afins se encontram e vivem, onde podem dar vazão aos seus instintos, onde convivem com o que lhes é característico, para que um dia, cansados de tanto insistirem contra o fluxo de amor e luz do universo, entreguem-se aos espíritos em missão de resgate, que estão sempre por lá em trabalhos de assistência.


Alguns autores descrevem o Umbral como uma seqüência de anéis que envolvem e interpenetram o planeta Terra, indo desde o seu núcleo de magma até várias camadas para fora de seus limites físicos.

O que acontece é que os espíritos se reúnem obedecendo, apenas e unicamente, à sintonia entre si e acabam formando anéis energéticos em torno do planeta, ou melhor, em torno da humanidade terrena, pois ela é parte da humanidade espiritual que o habita e é também o foco de atenção de todos os desencarnados ligados a ele.

As camadas descritas em alguns livros são mais um recurso didático para facilitar o entendimento e o estudo do mundo espiritual, pois não há limites precisos entre elas, assim como não há divisas exatas entre um bairro e outro de uma mesma cidade, ainda que eles sejam de classes sociais bem diferentes.

Esse mesmo mecanismo de sintonia é o que cria regiões “especializadas” no Umbral, como o Vale dos Suicidas, descrito por Camilo Castelo Branco, pela psicografia de Yvonne A. Pereira, em seu livro "Memórias de um Suicida". Espíritos com experiências de suicídio, vivendo os mesmos dramas, sofrimentos, dificuldades, agrupam-se por pura afinidade e formam regiões vibratórias específicas. Assim também acontece com faixas energéticas ligadas às drogas, ao aborto, aos distúrbios psíquicos, às guerras, aos desequilíbrios sexuais, etc.


 Apesar de toda perturbação e desequilíbrio dos espíritos que vivem no Umbral, não devemos nos iludir. Existe muita disciplina, organização e hierarquia nos ambientes umbralinos. 

É o que nos mostra, por exemplo, o espírito Ângelo Inácio, pela psicografia de Robson Pinheiro, em seu livro "Tambores de Angola", e o espírito Nora, pela psicografia de Emanuel Cristiano, em seu livro "Aconteceu na Casa Espírita". Vemos ali o quanto esses espíritos podem ser inteligentes, organizados, determinados e disciplinados em suas práticas negativas, criando instituições, métodos, exércitos e até cidades inteiras para servir aos seus propósitos.

É preciso que compreendamos que todos nós já estamos vivendo numa dessas “camadas” de Umbral que envolvem a Terra e que todos nós criamos o nosso próprio Umbral particular sempre que contrariamos as leis divinas universais, as quais podem ser resumidas numa única expressão: amor incondicional.


Mas o Umbral não é um mundo só de desencarnados. Muitos projetores conscientes (encarnados que fazem projeções astrais conscientes) narram passagens por regiões escuras e densas, semelhantes às descrições de André Luiz em "Nosso Lar".

Todos os encarnados desprendem-se do corpo físico durante o sono e circulam pelo mundo espiritual. Esse é um fenômeno absolutamente natural e inerente a todo espírito encarnado. Uma grande parte continua a dormir em espírito, logo acima de onde está descansando o corpo físico. Outros limitam-se a passear inconscientes pelo próprio quarto ou casa, repetindo, mecanicamente, o que fazem todos os dias durante a vigília. E há os que saem de casa e vão além.

Dentre estes, uma pequena parte procura manter uma conduta ética elevada, 24h por dia, tentando sempre melhorar-se como pessoa, buscando sempre ajudar e crescer e, muitas vezes, é levada ao Umbral em missão de resgate ou assistência, trabalhando com espíritos mais preparados, doando suas energias pelo bem de outros espíritos.


Mas há um grande número dos que conseguem sair de seu próprio lar durante o sono e vão para o Umbral por afinidade, em busca daquilo que tinham em mente no momento em que adormeceram ou obedecendo a instintos e desejos inferiores que, embora muitas vezes não estejam explícitos na vigília, estão bem vivos em sua mente e surgem com toda força quando projetados. 

Essas pessoas, muitas vezes, acabam sendo vítimas de espíritos profundamente perturbados ligados ao Umbral que as vampirizam e manipulam, em alguns casos chegando até a interferir em sua vida física, criando problemas familiares, doenças, perturbações psicológicas, dificuldades profissionais e financeiras, etc.

Vemos, assim, que o Umbral, de que falam André Luiz e tantos outros autores encarnados e desencarnados, está mais próximo de nós, encarnados, do que muitos de nós imaginam. E, o que é mais importante, somos nós mesmos que ajudamos a manter esse mundo denso com nossos pensamentos e sentimentos menos elevados. Somos nós que damos aos espíritos perturbados, que se encontram ligados a essa faixa vibratória, grande parte da matéria-prima de que se valem para sutentar seu mundo de trevas e sofrimento.


O Umbral está em todo lugar e em lugar nenhum, pois está dentro de quem o cria para si mesmo e acompanha o seu criador para onde quer que ele vá.

Toda vez que nos deixamos levar por impulsos de raiva, agressividade, ganância, inveja, ciúmes, egoísmo, orgulho, arrogância, preguiça, estamos acessando uma faixa mais densa desse Umbral. Toda vez que julgamos, criticamos ou condenamos os outros, estamos nos revestindo energeticamente de emanações típicas do Umbral. 

Toda vez que desejamos o mal de alguém, que nos deprimimos, que nos revoltamos ou entristecemos, criamos um portal automático de comunicação com o Umbral. Toda vez que nos entregamos aos vícios, à exploração dos outros, aos desejos de vingança, aos preconceitos, criamos ligações com mentes que vibram na mesma faixa doentia e estão sintonizadas com o Umbral.


O Umbral só existe porque nós mesmos o criamos, e só continuará existindo enquanto nós mesmos insistirmos em mantê-lo com nossos desequilíbrios.

 O Umbral é nosso também, faz parte do nosso mundo e não podemos renegá-lo ou simplesmente ignorá-lo. Assim como não podemos também fingir que não temos nada a ver com ele. Lá estão também algumas de nossas próprias criações mentais, de nossos sentimentos inferiores, de nossos pensamentos mais densos. E lá vivem espíritos divinos como nós, temporariamente desviados do caminho de luz em que foram colocados por Deus.

Por isso é importante que não vejamos o Umbral como um lugar a ser evitado ou uma idéia a não ser comentada, mas como desequilíbrio espiritual temporário de espíritos como nós que, muitas vezes, só precisam de um pouco de atenção e orientação para se recuperarem e voltarem ao curso sadio de suas vidas.


É comum encontrarmos médiuns e doutrinadores que têm medo ou aversão ao trabalho com espíritos do Umbral, evitando atendê-los, ignorando-os friamente ou tratando-os como criminosos sem salvação que não merecem qualquer compaixão ou respeito. Estas pessoas esquecem-se de um dos preceitos básicos da espiritualidade: a caridade.

Os habitantes do Umbral não são nossos inimigos, mas espíritos que precisam de compreensão e ajuda. Não são irrecuperáveis, mas perderam o rumo do crescimento espiritual. Não estão abandonados por Deus, mas não sabem disso e desistem de procurar orientação. Não são diferentes de nós, mas tão semelhantes que vivem lado a lado conosco, todos os dias, observando nossos atos, analisando nossos pensamentos, vigiando nossos sentimentos, prestando atenção às nossas atitudes.

 E, se não queremos ir ao Umbral por afinidade, que nos ocupemos em nos tornar seres humanos melhores, mais dignos, mais éticos, 24h por dia. Desse modo, nossa passagem pelo Umbral será sempre na condição de quem leva ajuda sem medo, sem preconceito e sem sofrimento, e não de quem precisa de ajuda para superar seus próprios medos, preconceitos e dores.

(Maísa Intelisano)

Artigo originalmente escrito para a revista Espiritismo e Ciência, da Editora Mythos e publicado na edição 16 - Ano 2







21 fevereiro 2011

Projeção astral, desdobramento, viagem astral


A projeção da consciência ocorre com todos os seres humanos, mas muitos poucos conseguem lembrar com lucidez ... É uma capacidade que todo ser humano tem desde que esteja em um corpo físico.


Quando dormimos, nosso cérebro, ao descansar, altera as ondas cerebrais, induzindo o corpo ao relaxamento muscular profundo.


Neste momento o corpo Astral sai do corpo físico para o plano astral, onde carrega as baterias energéticas de ambos. Essa energia vitaliza as células dos corpos: astral e físico.


Esse procedimento é natural e acontece com todos os seres que dormem.


O corpo astral é ligado ao físico por um fio energético, que tem espessura variável de acordo com a distância que entre os corpos, quando próximo é da grossura da um dedo aproximadamente, quando distante assemelha-se a um fio de teia de aranha.


Fica preso nas duas nucas (física e astral) , e o mais interessante é que ele não se enreda mesmo que o corpo faça uma espiral no ar ou se misture com outros corpos projetados.


E nossos sonhos?


No sonho natural, somos personagem de uma história, vivenciamos, mas não sabemos que estamos sonhando, não podemos interferir, somos passivos, como folha seguindo a correnteza do rio, apenas vivemos e sentimos todos os acontecimentos.


Já nos sonhos lúcidos, sabemos que estamos sonhando e podemos mudar a história, tomar decisões. Um sonho lúcido é produzido a partir de uma projeção astral, mesmo que seja realizado dentro do cérebro. Segundo os especialistas em Projeção astral um sonho lúcido nada mais é do que uma "Projeção astral semi-consciente".


Um dos fundamentos básicos de uma projeção astral, é saber, ter certeza de que está sendo realizada uma Experiência Fora do Corpo.


Ter essa consciência de que se está “projetado”, leva a pessoa a pensar e tomar decisões, fazer experiências, tentar produzir provas para comprovar para si mesmo a autenticidade da sua experiência.


Dentro disso existem os padrões de lucidez, que podem deixar dúvidas de estar projetado, e não ser tudo um sonho, ou ter a plena consciência de que se está realmente projetado no mundo astral com consciência.


Quando nos projetamos no plano astral, devemos estar conscientes que não estamos projetados no mundo físico.


Todo o átomo, toda a partícula, toda molécula, toda a célula possui um duplo etérico. Portanto o mundo físico é duplicado etéricamente neste ambiente que nos projetamos.


Este plano é na verdade uma cópia do mundo físico numa freqüência maior; possui menor densidade molecular, é uma matéria mais maleável, suscetíveis a elasticidade, modificando-se de acordo com os pensamentos.


Essa freqüência vibratória tem vários estágios, chamados subplanos astrais.


Quanto mais próximo do plano físico, mais densidade existirá, menos dócil a mudanças pela mente existirá.


Quando existe uma projeção próxima ao plano físico, poucas formas pensamentos interferem no que o projetor vê e ouve.


Os móveis estão no mesmo lugar, as paredes são iguais, o plano reflete exatamente a realidade do momento, porém na medida que a freqüência vai aumentando, a matéria astral é facilmente manipulada por pensamentos, é dócil e maleável, criando formas instantâneas, colocando no meio ambiente, pessoas, móveis que não existem no plano físico.


Uma das funções do inconsciente é tentar realizar nossos desejos, por ter uma força criativa muito grande, por ser de uma grandeza maior muitas vezes que o consciente; quando dormimos ele se liberta e vai criando sonhos para satisfazer nossas ansiedades.


Numa projeção consciente, o inconsciente está ativo num plano onde ele manipula a matéria, por isso vai criando portas, janelas, colocando pessoas para preencher espaços, solucionar problemas amenizar ansiedades, realizar desejos, usa ambientes antigos, locais da infância, lugares que sentimos saudades.


No plano astral nos libertamos do jugo da carne, do mundo denso, da matéria condensada.


Riscos da viagem astral ou desdobramento existem?


Sim, são os chamados ataques extrafísicos. Estes ataques de fato podem ocorrer, assinalando-se que podem ser de cunho sexual, intimidatórios ou agressões energéticas diretas. Mas é importante lembrar que tudo isso também pode ocorrer no Plano Físico, e com conseqüências muito mais drásticas do que no Plano Astral.


Outros riscos discutíveis relativos à viagem astral são o rompimento do cordão de prata e a possessão do seu corpo físico, enquanto o veículo astral está projetado.


É claro que este assunto é bastante complexo, não podendo ser esgotado aqui.


Ou seja, simplesmente viver a vida já traz, em si, riscos, dificuldades e desafios. Em outras palavras, crescer e se desenvolver gera alguns atritos inevitáveis, inerentes à própria vida.


Caso queiramos, sistematicamente, evitar desgostos e sustos, significa ficarmos paralisados, sendo interessante lembrar que à semelhança das águas paradas que acabam por produzir doenças, o espírito que permanece na estagnação sofre e faz outros sofrerem.


Pode-se dizer que nossa própria natureza vibracional já nos coloca em locais compatíveis. Ou seja, quando temos apenas a intenção de buscar aprendizados no Astral e ampliar a nossa consciência não seremos confrontados com tal situação.


Em outras palavras, tudo no universo é uma questão de sintonia. Se alguém está sintonizado com faixas vibratórias menos elevadas, naturalmente para este campo de energias será atraído.



fontes:

1. www.espiritualistas.org ;

2. http://www.espiritualismo.hostmach.com.br/va1.htm

Amigo - um ensaio


Difícil querer definir amigo.

Amigo é quem te dá um pedacinho do chão, quando é de terra firme que você precisa,
ou um pedacinho do céu, se é o sonho que te faz falta.

Amigo é mais que ombro amigo, é mão estendida, mente aberta, coração pulsante, costas largas.
É quem tentou e fez, e não tem o egoísmo de não querer compartilhar o que aprendeu.

É aquele que cede e não espera retorno, porque sabe que o ato de compartilhar um instante qualquer contigo já o alimenta, satisfaz.

É quem já sentiu ou um dia vai sentir o mesmo que você. É a compreensão para o seu cansaço e a insatisfação para a sua reticência.

É aquele que entende seu desejo de voar, de sumir devagar, a angústia pela compreensão dos acontecimentos, a sede pelo "por vir".

É ao mesmo tempo espelho que te reflete, e óleo derramado sobre suas águas agitadas. É quem fica enfurecido por enxergar seu erro, querer tanto o seu bem e saber que a perfeição é utopia.

É o sol que seca suas lágrimas, é a polpa que adoça ainda mais seu sorriso.
Amigo é aquele que toca na sua ferida numa mesa de chopp, acompanha suas vitórias, faz piada amenizando problemas.

É quem tem medo, dor, náusea, cólica, gozo, igualzinho a você. É quem sabe que viver é ter história pra contar. É quem sorri pra você sem motivo aparente, é quem sofre com seu sofrimento, é o padrinho filosófico dos seus filhos.

É o achar daquilo que você nem sabia que buscava.
Amigo é aquele que te lê em cartas esperadas ou não, pequenos bilhetes em sala de aula, mensagens eletrônicas emocionadas.

É aquele que te ouve ao telefone mesmo quando a ligação é caótica, com o mesmo prazer e atenção que teria se tivesse olhando em seus olhos.

Amigo é multimídia.

Amigo é quem fala e ouve com o olhar, o seu e o dele em sintonia telepática. É aquele que percebe em seus olhos seus desejos, seus disfarces, alegria, medo.

É aquele que aguarda pacientemente e se entusiasma quando vê surgir aquele tão esperado brilho no seu olhar, e é quem tem uma palavra sob medida quando estes mesmos olhos estão amplificando tristeza interior.

É lua nova, é a estrela mais brilhante, é luz que se renova a cada instante com múltiplas e inesperadas cores que cabem todas na sua íris.
Amigo é aquele que te diz "eu te amo" sem qualquer medo de má interpretação:
Amigo é quem te ama "e ponto".

É verdade e razão, sonho e sentimento.
Amigo é pra sempre, mesmo que o sempre não exista.

(Marcelo Batalha)

19 fevereiro 2011

Dica de Livro: "O Abismo" - R. A. Ranieri


Há um tempo li o livro "Abismo" de R. A. Ranieri, com orientação do espírito André Luiz.

Confesso que li o livro com muito interesse e me surpreendi pois não tinha a noção do que acontece nas regiões abissais de nosso mundo, relacionado à espiritualidade - o mundo inferior, chamado por alguns de trevas, por outros de inferno; e pelo espírito que o descreve, de abismo.

À medida que o livro vai revelando os abismos e sub-abismos, novos e indescritíveis quadros surgem, mostrando onde vivem seres espirituais com aspecto disforme, que perderam a forma humana, degradados pela permanência no mal.

Seres de aspecto muitas vezes animalesco, reflexo do intenso mal que praticaram, perderam o controle da mente consciente e caminham na descida vertiginosa para os mais recuados abismos, onde vão cumprir as penas impostas pela prática do mal nas suas várias reencarnações.

A batalha da evolução se trava dentro de cada um e o progresso evolutivo é conquistado passo a passo. Há recuos e quedas mas a luta continua.

O Espírito não retrograda, mas a sua forma perispiritual sim.

É uma advertência àqueles que ainda não compreenderam a razão da necessidade da prática do amor ao próximo e da caridade.

Somos o reflexo de nossas ações.

À primeira leitura, este livro parece "dantesco", aliás segundo os narradores, Dante visitou as profundezas da Terra e assim retratou o inferno. Nele encontramos locais já descritos por outros médiuns, em desdobramento.

Todos os seres que se encontram no abismo e sub-abismo estão simplesmente aprisionados nas formas animalescas que criaram para si mesmos. 

As criaturas criam as prisões que as escravizam. O pensamento produz as correntes vibratórias que organizam o próprio espírito.

E ao compreender um dia o poder modelador da mente, o homem compreenderá que atingir as estrelas ou mergulhar nas regiões ditas infernais é unicamente escolha sua. 


16 fevereiro 2011

Para um amigo distante


Minha força está na solidão.
Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.

(Clarice Lispector)

Prece do silêncio

Pai,
que hoje eu possa saber fazer silêncio!
Que os maus pensamentos se calem
e que os meus ouvidos sejam surdos
para más palavras e maledicências.
Que os meus olhos possam apenas enxergar o Bem
em todas as coisas por pior que elas pareçam.
Que o meu ego se emudeça e se afaste
de julgamentos e condenações.
Que a minha alma se expanda e tenha compaixão
por todos os seres vivos.
Que em meu silêncio eu veja que há tempo
para fazer preces pelos que já se foram.
Que eu consiga perceber cada recado Teu
através das Tuas criações.
Que eu compreenda que a Tua voz é a única que me
sopra a Verdade nas 24 horas dos meus dias.
Que eu ouça em cada minúsculo ser
a grandeza da Tua obra.
Que eu perceba nessa Grandeza o quanto
és desprovido de orgulho.
Pai,que hoje eu possa saber fazer silêncio!
Que eu saiba calar na hora exata
e nessa hora lembrar-me de observar
que na música da Vida
só prevalece a Tua arte ...
... e que em meio a qualquer som
Tu sempre soarás mais alto
e jamais hás de calar-Te.

(Do Livro: "Preces sem Pressa" - Silvia Schmidt)

14 fevereiro 2011

Gentileza


"Se um homem é gentil com desconhecidos, isto mostra que ele é um cidadão do mundo, e que seu coração não é uma ilha que foi arrancada de outras terras, mas um continente que se une a eles." 
(Francis Bacon)

O que é ser gentil?

Gentileza é um modo de agir, um jeito de ser, uma maneira de enxergar o mundo.

Ser gentil, portanto, é um atributo muito mais sofisticado e profundo que ser educado ou meramente cumprir regras de etiqueta, porque embora possamos (e devamos) ser educados, a gentileza se trata de uma característica diretamente relacionada com caráter, valores e ética; sobretudo, tem a ver com o desejo de contribuir com um mundo mais humano e eficiente para todos.

Ou seja, para se tornar uma pessoa mais gentil, é preciso que cada um reflita sobre o modo como tem se relacionado consigo mesmo, com as pessoas e com o mundo.

Por que esquecemos de ser gentis?

A rotina nos cega, costumo dizer. Pressionados por idéias equivocadas, que nos pressionam a ter sempre mais, a cumprir prazos sem nos respeitarmos, a atingir metas que, muitas vezes, não fazem parte de nossa missão de vida e daquilo em que acreditamos, nos tornamos mais e mais insensíveis.

E nesta insensibilidade, vamos agindo e nos relacionando com as pessoas - mesmo com aquelas que amamos - de forma menos gentil, mais apressada e mais automatizada, sem nem nos darmos conta disso.

É por isso que, a meu ver, ser gentil não pode depender do outro, não pode ser uma moeda de troca, tem de ser uma escolha pessoal, um entendimento de que podemos fazer a nossa parte e contribuir sim para um mundo melhor.

Leonardo Boff tem uma frase maravilhosa que resume bem o que quero dizer: “Não serão nossos gritos a fazer a diferença e sim a força contida em nossas mais delicadas e íntegras ações.” 

(Rosana Braga) 


Compaixão, Piedade, Simpatia e Empatia

 

A Compaixão, a Piedade, a Simpatia e a Empatia nem sempre são adequadamente entendidas.

Cada uma destas palavras é ambígua, ou seja, pode assumir diferentes significados, e todas podem ser confundidas entre si.

Um ponto comum: todas se referem a uma relação frente ao sofrimento.

Compaixão é "sofrer com".

Ter compaixão é a virtude de compartilhar o sofrimento do outro. Não significa aprovar suas razões, sejam elas boas ou más. 
Ter compaixão é não ter indiferença frente ao sofrimento do outro.
"Ninguém é completamente indiferente a felicidade ou a miséria dos outros".
Algumas pessoas entendem que isto não é uma virtude, mas sim um sentimento, que pode receber a denominação de Simpatia ou de Empatia.

Piedade é sentir-se triste com a tristeza dos outros.

A Piedade aumenta a tristeza, a infelicidade.

Simpatia é um sentimento que vincula as pessoas umas às outras

A idéia foi proposta por David Hume. Em seu livro Tratado da Natureza Humana, escrito em 1738, ele propôs que:

"Nenhuma qualidade da natureza humana é mais importante, quer por si, quer por suas consequências, do que a propensão que nós temos para simpatizar uns com os outros, para receber por comunicação suas inclinações e seus sentimentos, por mais diferentes que eles sejam dos nossos, ou mesmo contrários... A este princípio é que devemos atribuir a grande uniformidade que podemos observar nos humores e nos modos de pensar dos membros de uma mesma nação: é muito mais provável que esta semelhança surja da simpatia do que da influência do solo e do clima, os quais ainda que permaneçam os mesmos, não conseguem manter inalterado por um século inteiro o caráter de uma nação."

John Gregory, o grande médico escocês que estabeleceu, no século XVIII, as bases para a Ética Médica contemporânea, afirmava que a Simpatia era fundamental para uma adequada relação médico-paciente.

Adam Smith, que neste mesmo período era professor de Ética também em Edimburgo, tomando as idéias de Hume por base, propôs que a simpatia é base da vida moral, entendendo-a como a "faculdade de participar das emoções de outrem, sejam elas quais forem" (Theory of Moral Sentiments, 1759). Todos estes autores fizeram parte do movimento caracterizado como Iluminismo ou Esclarecimento Escocês.

Empatia, por sua vez, é olhar com o olhar do outro, é considerar a possibilidade de uma perspectiva diferente da sua.

A falta de empatia é desconsideração, é não permitir diferentes percepções.

A falta de empatia desconsidera a pessoa em si, os seus valores, o seu sistema de crenças ou os seus desejos. Para alguns a Empatia refere-se a Estética, e não a Ética propriamente dita. 
Em suma, a Empatia é sentir-se como se sentiria caso se estivesse na situação e circunstâncias experimentadas por uma outra pessoa.

Na obra "A História do Rei Lear" (texto quarto, cena 13), William Shakespeare descreve magistralmente o que é esta relação com o sofrimento:

Edgar:
(...) Quem sofre sozinho, sofre muito mais em sua mente (espírito). Deixa para trás a liberdade e a alegria. Mas a mente (espírito) com muito sofrimento pode superar-se, Quando a dor tem amigos e suportam a sua companhia, quão leve e suportável a minha dor parece agora. (...)


(José Roberto Goldim)

12 fevereiro 2011

Tabuleiro Ouija


O Tabuleiro Ouija ou Tábua Ouija é qualquer superfície plana com letras, números ou outros símbolos em que se coloca um indicador móvel, utilizada supostamente para comunicação com espíritos. Os participantes colocam os dedos sobre o indicador que então se move pelo tabuleiro para responder perguntas e enviar mensagens.

No Brasil, há variantes como a brincadeira do copo ou o jogo do copo, em que um copo faz as vezes do indicador para as respostas. Existem também apoios para a utilização de lápis durante as sessões.
Recentemente, surgiu entre adolescentes a brincadeira do compasso, mas com princípios semelhantes.

Cientistas e céticos em geral atribuem o funcionamento do tabuleiro Ouija ao “efeito ideomotor”. Segundo eles, as pessoas participantes da sessão involuntariamente exercem uma força imperceptível sobre o indicador utilizado, e a conjunção da força exercida por várias pessoas faz o objeto se mover.

Além das tradicionais críticas dos céticos, o tabuleiro Ouija também é criticado entre os espiritualistas. No meio especializado, há diversos avisos contra o uso do tabuleiro por pessoas desavisadas.

A doutrina espírita orienta, através do Livro dos Médiuns, que estas práticas devem ser evitadas uma vez que, normalmente, são utilizadas para curiosidades em geral e perguntas vãs, bem longe da seriedade exigida no intercâmbio com a espiritualidade benfeitora, e, dessa forma, é mais provável a presença de espíritos levianos e zombeteiros, sem nenhum interesse com a verdade e com a dignidade, do que espírito bons e esclarecidos comprometidos com a divulgação das propostas morais e éticas da Vida.

Na realidade, o que ocorre é uma evocação, ou seja,
convida-se um espírito de uma pessoa desencarnada a se comunicar. Portanto deveria envolver conhecimento e muita responsabilidade.

Espíritos estão por toda parte, ajudando ou não, pois espíritos nada mais são que pessoas que desencarnaram, embora muitos ainda não conheçam sua atual situação.

Seu anjo da guarda é um espírito.
Uma pessoa qualquer falecida é um espírito.
Nós somos espíritos, na carne, mas somos.

Para que exista uma comunicação (no tabuleiro) é necessário o uso de uma substancia chamada Ectoplasma ou Bioplasma, a qual é desprendida por um dos operadores da sessão.

Diz-se que normalmente precisam-se de duas ou mais pessoas para operar o tabuleiro – sendo que ao menos uma delas deva ter "facilidade" em desprender esta substancia, mesmo sem o saber, atuando como um "elo de ligação" entre as duas pontas, a espiritual e a material.

O Tabuleiro Ouija, está longe de ser um jogo. Na verdade, é uma forma de comunicação espiritual. 

Envolvendo portanto, além de conhecimento e responsabilidade, os riscos de comunicação com espíritos infelizes e sem esclarecimento.