"Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana"

(Teillard de Chardin)

27 janeiro 2013

Um pacto de amor eterno



Existe uma hora na vida em que a mulher mais fraca do mundo se torna a mais forte e a mais pobre se sente absolutamente rica e onipotente. 
É o momento em que, mãe, ela segura no colo seu filho recém-nascido. Se até ali era escrava, transforma-se em rainha.
Acabou de fazer um pacto de amor que, entre todas as alianças da Terra, é o único que não se desfaz.
Adquiriu um poder jamais superado por qualquer outro. Em luta por seu lugar na sociedade, buscando seus próprios caminhos a mulher é, hoje, um ser com projetos autônomos.
Mas há um projeto que continua sendo permanentemente seu, do qual não abre mão e no qual nenhum homem a iguala, podendo apenas olhar para ela com espanto: o da maternidade. 
Para melhor desempenhá-lo, a mulher se quer livre: livre, até mesmo para ter consciência de que seu filho deve crescer.
E precisava sair do ventre para o colo, do colo para a rua, da rua para o mundo.
Mundo que ele há de transformar, na medida em que teve uma mãe digna deste nome.

(Heloneida Studart)

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