"Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana"

(Teillard de Chardin)

30 agosto 2013

Dica de livro: “Diálogo com o invisível - Experiências Espíritas de Grandes Escritores”, de Ubiratan Machado



O relacionamento de intelectuais com fenômenos da ordem do espiritismo é muito mais comum do que se divulga.

Provavelmente pela rejeição a essa ordem de fenômenos no meio acadêmico, essas curiosas experiências são intencionalmente relegadas ao esquecimento, como algo que não fosse digno de constar da biografia de intelectuais.

Especializado em literatura brasileira, especialmente a do século 19, Ubiratan Machado já havia remado contra  a maré na bem sucedida obra "Os intelectuais e o espiritismo", que se tornou referência no assunto e citação obrigatória em qualquer texto acadêmico sobre o espiritismo no Brasil.

Neste livro,  o autor reúne experiências de intelectuais de renome, como Thomas Mann, Gustave Jung, Humberto de Campos, Coelho Neto, Vinicius de Morais, Drummond de Andrade e tantos outros.

Editora Lachâtre.


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Raphael Rabello - Anos dourados


Lindíssimo!...

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Curvas...


A Mulher e o Lar - Perguntas e Respostas


O lar pode ser definido como a menor célula da sociedade e a mulher tem sido tradicionalmente o núcleo desta célula, mas hoje ela anseia pela igualdade dentro da família.

A família foi definida pela ONU como a menor democracia no coração da sociedade, mas essa democracia esta longe de ter como princípios a liberdade, igualdade e fraternidade.

Estamos a procura de novos paradigmas e a Doutrina Espírita vem ao nosso encontro nos trazendo os ensinamentos dos Espíritos de luz dando-nos a conhecer as Leis da natureza e abrindo a era de emancipação legal da mulher, como abre a da igualdade e fraternidade.


1 - Qual a relação espiritual entre a mulher e o lar?

A mulher é um espírito que reencarnou com a roupagem corporal de mulher, e no lar irá exercer uma de suas mais nobres funções que é a maternidade. 
Através dela e de seu companheiro este lar receberá espíritos que reencarnarão para progredirem através da convivência do amor.



Duas perguntas correlatas: [2] - Quando a mulher trabalha fora, como fica o seu compromisso diante da maternidade, ou seja, a quem confiar a incumbência da educação maternal? [03] - Quando a mulher fica muito tempo fora do lar, por trabalho, estaria ela abrindo mão de um lar, compromisso este assumido ainda na erraticidade?

Como bem disse o professor Deolindo Amorim no seu livro "A Doutrina Espírita e os Direitos da Mulher": "Nos dias presentes, pretender que a mulher seja exclusivamente dona de casa seria um despropósito."

A mulher, através da história da humanidade, foi conquistando a sua igualdade perante o homem, e hoje pode desenvolver não apenas a função maternal, como também deve desenvolver o seu intelecto através de uma atividade profissional.

Diz "O Evangelho Segundo o Espiritismo" no Cap.22 que Deus quis que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma, afim de que a afeição mútua dos esposos se lhes transmitisse aos filhos e que fossem dois e não um somente a amá-los, a cuidar deles e a fazê-los progredir.



4 - Quais as conseqüências espirituais para a mulher que abandona seu lar, deixando sozinhos marido e filhos?

Culturalmente acreditamos que o espírito que reencarna como mulher é um Espírito superior pronto para renúncias e sacrifícios. Esta não é a realidade. Muitos espíritos ainda bastante comprometidos reencarnam em roupagem feminina para poderem progredir, mas ao invés disso se comprometem ainda mais.



5 - Como a mãe que precisa confiar a tarefa de educação dos filhos a terceiros (mesmo que seja à avó da criança) deve agir quando a criança mostra-se mais afeiçoada à pessoa que passa o dia inteiro com ela?

Não devemos ter medo da influência que temos na vida de nossos filhos. Se temos a consciência tranqüila que estamos fazendo o melhor para todos devemos aceitar esta afeição como natural, pois a convivência no momento está sendo maior com a avó, mas os laços do amor dependem muito da qualidade desta convivência mãe e filho. Se for bem conduzido, o amor prevalecerá e a criança ampliará o triângulo familiar (Pai, Mãe e Filho), aprendendo também a amar outras pessoas.



6 - Em relação à pergunta anterior, como colaborar para que a mãe e o pai não se sintam inseguros em relação ao amor do filho para com eles?

A insegurança muita das vezes é devida ao nosso sentimento de culpa: "Será que estamos fazendo o melhor?"
O casal precisa dialogar para concluir o que seria melhor para os filhos, para eles, para família enfim, estando firmes nas suas convicções e, diante da impossibilidade de parar de trabalhar, devem acalmar seus corações na certeza que estão fazendo o melhor possível, pois há uma diferença entre o ideal e o possível.



7 - Como deve se comportar a mulher que percebe que seu marido, depois de alguns anos de convívio, já não demonstra nutrir o mesmo amor do início do relacionamento? Como resgatar um sentimento de amor para manter o equilíbrio no lar?

Esperamos de uma relação de anos o arrebatamento do início do namoro e, se tal não acontece, achamos que já não a mais amor na relação. Portanto, vamos tentar construir essa relação diariamente, no respeito mútuo, dividindo as responsabilidades do lar.



8 - Quando o casal não se entende, é melhor a separação, ou continuarem juntos pelos filhos?

Novamente o ideal e o que nos recomenda o Evangelho é que o casal esteja unido pelos laços do amor. A relação sem amor é uma relação difícil no dia-a-dia.

Quando um casal não se entende, talvez queira dizer que cada um pensa de uma maneira diferente, vemos isso sempre como um problema, mas, na verdade, duas cabeças pensam melhor do que uma e é preciso chegar a um denominador comum no eterno exercício da tolerância, se isso for impossível. Só o casal pode usar seu livre arbítrio e decidir por uma separação.



9 - A mulher é a maior responsável pelo equilíbrio e a harmonia no lar ou isso fica por conta de uma visão antiga acerca da vida em família?

Isso nos parece realmente um velho estereótipo. Em "O Livro do Espíritos", pergunta 890, os espíritos nos dizem que: "O amor materno é um sentimento instintivo e uma virtude". "Quando nasce na mulher o sentimento de abnegação e devotamento em relação aos filhos, essa energia psíquica inicialmente instintiva atinge o grau de virtude." Esta é a opinião de Dalva Silva Souza que escreveu o livro "Os Caminhos do Amor".



10 - Como devemos agir diante de um filho errante que, por mais que se esforce, sempre cai no mesmo erro? Por que a mãe quase sempre é responsável pelos erros dos filhos?

Os pais sempre se acham responsáveis pelos erros dos filhos, mas, se eles têm a consciência tranqüila de que tudo fizeram para transformar os Espíritos que reencarnaram através deles em homens de bem, cumpriram a sua missão. Muitas das vezes temos filhos ingratos, outras mais sofremos a conseqüência de não termos podado a árvore no tempo certo, só a nossa consciência poderá nos dizer.



11 - Se o pai e a mãe se dão bem, mas vivem fisicamente em locais distantes, se encontrando alguns dias por mês, como fazer para constituir o "lar" diante da criança? Manter esta situação é condenável espiritualmente, uma vez que "lar" é um conceito de unicidade?

Se os pais se dão bem, podemos dizer que se amam, que se respeitam, que amam e respeitam seus filhos? O lar não é um espaço físico. Isso se chama casa. O lar é o espaço afetivo.



12 - E quando a mulher decide casar mais cedo?

A idade cronológica nem sempre tem a ver com a idade mental. Se a mulher é ainda jovem e decide se casar mais cedo, se estiver fazendo isso com maturidade, não há o que temer.



13 - Como lidar com as influências que a criança sofre por todos os lados (principalmente através da televisão), se a mãe nem sempre pode estar o tempo todo ao lado do filho?

Não podemos criar nossos filhos numa redoma e isso não seria nada saudável para eles. O melhor é que possamos desenvolver em nossos filhos o espírito crítico e, desde cedo, a criança estará apta a fazer esse exercício junto com os pais.

Mas limites são necessários e devem ser respeitados, que se explique as crianças da inconveniência de verem determinados programas e fazer junto com eles a crítica até dos desenhos animados que pareçam mais inocentes.



14 - Quando a mulher é espírita e o marido, não, o que deve ter prioridade: as tarefas na casa espírita ou a permanência por mais tempo no lar (quando o marido não compreende o fato da mulher ser espírita)?

Devemos procurar o tão famoso equilíbrio nas nossas vidas. As tarefas na casa Espírita certamente nos dão uma enorme satisfação, mas não será um preço muito alto a constante reclamação do companheiro?



15 - E quanto ao encaminhamento dos filhos na religião? Há pessoas que dizem que isso somente deve ser decidido quando a criança se tornar adulta. Gostaria que comentasse sobre a responsabilidade da mãe sobre tal aspecto.

A responsabilidade, como bem frisa o Evangelho, é dos dois, Pai e Mãe. Será que esperamos que nossos filhos tenham cáries nos dentes para depois levá-los ao dentista? Perguntamos a alguém se devemos matriculá-los no colégio? Valorizamos muito a educação formal e negligenciamos a educação espiritual.

A missão dos pais não é transformar seus filhos em médicos, engenheiros ou dentistas, mas em homens de bem.




Considerações Finais do Palestrante


Jesus engrandeceu a mulher quando aqui esteve conosco em nosso planeta. 
Muitos anos se passaram e ainda hoje a mulher não é dignificada no seu papel. 
O Espiritismo é o Cristianismo redivivo e, como tal, irá resgatar o que Jesus nos ensinou, a mulher está mulher, mas é um espírito reencarnado. Amanhã poderá reencarnar como homem.
Portanto, homens e mulheres devem se complementar em suas funções e lutarem para a igualdade e a fraternidade reinarem em seus lares e no mundo.
Dia virá que nos amaremos como irmãos, independente de sexo, raça ou credo.
Trabalhemos por este mundo melhor.


(Palestra de Vânia de Sá Earp - Rio de Janeiro - 06/10/2000)


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25 agosto 2013

A Convivência Perfeita



Mário Vicente era vidrado na idéia das famílias espirituais, que se sobrepõem às precárias ligações sangüíneas.

– Pois é – dizia, entusiasmado, a um confrade espírita –, os Espíritos tendem a formar grupos afins nos caminhos da vida.
– Reencarnam juntos?
– Sim, sempre que possível, compondo lares ajustados e harmônicos, “um por todos, todos por um”.
– Você vive com sua família espiritual?

Mário Vicente esboçou um sorriso triste.

– Quem me dera! Lá em casa nosso relacionamento funciona mais na base de “cada um por si e Deus por todos”. Estamos longe de um entendimento razoável. É muita discussão, muita briga… Somos velhos adversários amarrados pelo sangue, a fim de nos reconciliarmos.
– Recebeu alguma revelação?
– Não… nem seria preciso! Basta observar nossos conflitos.
– A barra é pesada?
– Bem… não é tanto assim. Gosto muito de minha mulher. Até pensei, durante os primeiros tempos, fosse uma alma gêmea. 
Ela é dedicada ao lar, mãe prestimosa. Ocorre que é um tanto voluntariosa e, não raro, agressiva. Faz tempestade em copo d’água. Considero a Ernestina meu teste de paciência. Nossos “santos” estranham-se freqüentemente.
– E os filhos?
– Adoro todos eles, mas são Espíritos imaturos que me dão trabalho e, não raro, desgostos. Pedro, o mais velho, envolveu-se com drogas! Júnior, o do meio, “aborrescente” típico, vive a me questionar; Jussara é delicada e sensível mas puxou o gênio da mãe. Se contrariada, sai de perto! Um horror!
– São seus credores. Cobram prejuízos que você lhes causou em vidas anteriores…
– Certamente! Estou consciente desse compromisso. Tento o fazer o melhor, sustentando a estabilidade do lar. No entanto, não é fácil. Às vezes perco o controle. Envergonho-me das brigas em que me envolvo… Convenhamos, porém, que ninguém é de ferro!…

Mário Vicente suspirou, emocionado:
– Sinto falta de um relacionamento familiar sustentado por legítima afinidade. Todos olhando na mesma direção, empenhados em cultivar a paz, o trabalho do bem, a amizade, a compreensão… Seria o paraíso! Vejo-me como um retardatário, preso a compromissos decorrentes de besteiras que andei cometendo, purgando meus débitos. Certamente aprontei muito!
– Espera alcançar a família espiritual?
– Claro! Quero cumprir minhas obrigações, fazendo o melhor… Hei de merecer um retorno ao convívio de meus queridos, em estágios mais altos… Tenho convicção de que uma companheira muito amada espera por meu sucesso nas provações humanas, favorecendo abençoado reencontro.


***

Animado por seus sonhos, Mário Vicente esforçava-se por superar as dificuldades de relacionamento junto à esposa e filhos. Tolerava suas impertinências. Fazia de tudo para ajudá-los. Exercitava carinho e compreensão.

O cumprimento de seus deveres junto à família humana haveria de lhe proporcionar o sonhado reencontro com a família espiritual.

Passaram-se os anos.

Os filhos casaram, vieram netos, ampliou-se o grupo familiar, sucederam-se compromissos e problemas…

Nosso herói até que conseguiu sair-se relativamente bem, acumulando méritos.

Aos setenta e dois anos, retornou à Pátria Espiritual.

Espírita esclarecido, não teve dificuldade para reconhecer-se livre do escafandro de carne, amparado por generosos benfeitores.

Após os primeiros tempos, já adaptado à nova situação, procurou dedicado orientador da instituição socorrista que o abrigara.

Foi logo pedindo, inspirado pelo ideal que acalentava:
– Estimaria, se possível, receber notícias de minha família espiritual…
– Seus familiares estão bem, nas lutas de sempre, sofrendo e aprendendo, como todos os homens.
– Estão reencarnados? Pensei que os encontraria aqui!
– Você conviveu com eles… Não sabe que continuam na Terra?
– Não me refiro à família humana. Anseio abraçar os entes queridos de priscas eras, sobretudo a amada companheira perdida nas brumas do passado…

O mentor sorriu:
– Falou bonito, mas está equivocado, meu amigo. Sua família espiritual é aquela que lhe marcou a experiência na carne. Sua esposa é uma alma de eleição. Os filhos são antigos companheiros de jornada evolutiva. Desde remoto passado vocês vivem experiências em comum.
– Mas e os nossos problemas de relacionamento?
– Haveriam de experimentá-los mesmo que se transferissem para a esfera do Cristo. Como ensinava o Mestre, ainda há muita dureza no coração humano.
– Que devo fazer?
– Você julga-se um retardatário. Na verdade, não obstante suas limitações, está um pouco à frente do grupo familiar, ainda lento na aquisição de valores espirituais. Tem, portanto, o dever de ajudar. Foi essa a sua tarefa na última existência. Será esse o seu compromisso agora, exercitando a função de protetor espiritual junto aos seus.

E Mário Vicente, que tanto ansiara por sua família espiritual, constatou que estivera com ela durante décadas, sem se dar conta disso.

Muita água rolaria no rio do tempo, até que todos ganhassem asas, habilitando-se à convivência perfeita.


(Richard Simonetti, in "O Destino em Suas Mãos" - Editora CEAC – Bauru)


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24 agosto 2013

Timidez



Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve...
- mas só esse eu não farei.
Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes...
- palavra que não direi.
Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,
- que amargamente inventei.
E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando...
e um dia me acabarei.

(Cecília Meireles)


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Eu pedi a Deus



Eu pedi a Deus que tirasse meu orgulho.
E Deus disse não.
Não Lhe cabia tirá-lo, mas a mim deixá-lo...

Eu pedi a Deus que me desse paciência.
E Deus disse não.
Ele disse que a paciência nasce das atribulações;
Ela não é concedida, é merecida...

Eu pedi a Deus que me concedesse felicidade.
E Deus disse não.
Ele disse que me daria Suas bênçãos;
A felicidade viria de mim mesmo...

Eu pedi a Deus que me poupasse do sofrimento.
E Deus disse não.
Ele disse que a dor afasta-me das ilusões da vida
e leva-me para mais perto d’Ele...

Eu pedi a Deus que me fizesse crescer em minha vida espiritual.
E Deus disse não.
Ele me disse que eu deveria crescer sozinho,
mas Ele vai podar-me como um ramo, para que produza frutos...

Eu perguntei a Deus se Ele me ama.
E Deus disse sim!
Ele deu-me Seu Único Filho, que morreu por mim
E quer-me um dia no céu, pela minha Fé...

Então, pedi a Deus que me ajudasse
a amar os outros como Ele me ama.
E Deus disse:
"Finalmente compreendeste!"





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Um pouco de Francis Hime


Amar, mesmo no silêncio, sempre valerá a pena....

O amor perdido - Francis Hime

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21 agosto 2013



A luta mais difícil trava-se com as armas da paz. 
Conquistar sem destruir, impor-se sem humilhar, combater sem ferir.
É a luta da sabedoria, que reconhece na inteligência o recurso que mais intimida os iludidos pelo poder.
Não à nós Senhor, mas pela Glória de teu Santo Nome.


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Cloud Atlas



Nossas vidas não nos pertencem. 
Somos ligados uns aos outros no passado, presente e futuro; e a cada crime e a cada gesto de bondade, nós damos vida ao nosso futuro.
Do útero ao túmulo, todos estamos ligados...de uma forma ou de outra.

(Frase que poderia ter sido dita por Chico Xavier, mas foi dita Sumii – personagem do excelente filme “Cloud Atlas”, adaptado a partir do romance de David Mitchell.)


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O amor está nos detalhes


Aos anjos entre nós...


Ouvindo o que é preciso...


Sobre a solidão...


19 agosto 2013

Tamanho:GG


Minha amiga trabalha em um brechó de um hospital, como voluntária.

Certo dia adentrou na loja uma certa "senhora bastante obesa", e de cara a minha amiga pensou que não tinha nada na loja na numeração dela.

Se sentiu apreensiva e constrangida naquela situação, vendo a senhora percorrer as araras em busca de algo que minha amiga sabia que ela não encontraria.

Ficou angustiada, porque não queria que a senhora se sentisse mal pelo tamanho das peças de roupas, se sentindo excluída e fazendo a questão sobre o seu sobrepeso vir à tona de forma implícita.

Naquele momento minha amiga orou a Deus e pediu que lhe desse sabedoria para conduzir a situação evitando que a cliente se sentisse excluída ou humilhada na sua autoestima.

Foi quando o esperado aconteceu. A senhora se dirigiu à minha amiga e disse tristinha:
"É... não tem nada grande, não é?"

E a minha amiga, sem até aquele momento saber o que diria, simplesmente abriu os braços de uma ponta a outra e lhe respondeu:
"Quem disse??? Claro que tem!! Olha só o tamanho desse abraço! - E a abraçou com muito carinho.

A senhora então se entregou àquele abraço acolhedor e deixou-se tomar pelas lágrimas exclamando:"Há quanto tempo que ninguém me dava um abraço."

E chorando, tal qual uma criança a procura de um colo, lhe disse:"Não encontrei o que vim buscar, mas encontrei muito mais do que procurava".

E naquele momento, através dos braços calorosos de minha amiga, Deus afagou a alma daquela criatura, tão carente de amor e de carinho.

Quantas almas não se encontram também tão necessitadas de um simples abraço, de uma palavra de carinho, de um gesto de amor.

Será que dentro de nós, se procurarmos no nosso baú, lá nas prateleiras da nossa alma, no estoque do nosso coração, também não acharemos algo "grande" que sirva para alguém?

Um grande abraço, tamanho GG pra você!

(desconheço a autoria)



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17 agosto 2013

Dica de filme: O Tempo e o Vento


O Tempo e o Vento, adaptação ao cinema do épico de Érico Veríssimo  ganhou o seu primeiro trailer.

Baseado no livro “O Continente”, primeiro da trilogia, conta a história da formação do estado do Rio Grande do Sul e do território brasileiro através de uma saga épica que retrata diferentes gerações de duas famílias gaúchas.

Nele conhecemos a trajetória da família Terra Cambará durante dois séculos.
No elenco estão Fernanda Montenegro, Thiago Lacerda, Marjorie Estiano e Cléo Pires.
Direção de Jayme Monjardim. Estréia 20 de setembro.




Revolução da Alma



Ninguém é dono de sua felicidade.

Por isso: não entregue sua alegria, sua paz e sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém.

Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, das vontades ou dos sonhos de quem quer que seja.

A razão da sua vida é você mesmo.

A sua paz interior é a sua meta de vida.

Quando sentir um vazio na alma, quando acreditar que ainda está faltando algo, mesmo tendo tudo, remeta seu pensamento para os seus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe em você.

Pare de colocar sua felicidade cada dia mais distante de você. Não coloque objetivos longe demais de suas mãos, abrace os que estão ao seu alcance hoje.

Se anda desesperado por problemas financeiros, amorosos ou de relacionamentos familiares, busque em seu interior a resposta para acalmar-se.

Você é reflexo do que pensa diariamente.

Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar. 

Então abra um sorriso para aprovar o mundo que quer oferecer a você o melhor.

Com um sorriso no rosto as pessoas terão as melhores impressões de você, e você estará afirmando para você mesmo, que está "pronto“ para ser feliz.

Trabalhe, trabalhe muito a seu favor. 

Pare de esperar a felicidade sem esforços. 

Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda.

Critique menos, trabalhe mais.

E  não se esqueça nunca de agradecer.

Agradeça tudo que está em sua vida neste momento, inclusive a dor. Nossa compreensão do universo ainda é muito pequena para julgar o que quer que seja na nossa vida.

A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las.

Se você anda repetindo muito: “eu preciso tanto de você” ou, “você é a razão da minha vida” - cuide-se.

É lícito afirmar que são prósperos os povos cuja legislação se deve aos filósofos.

A inteligência é a insolência educada.

Nosso caráter é o resultado de nossa conduta.

Egoísmo não é amor, mas sim, uma desvairada paixão por nós próprios.

O homem sábio não busca o prazer, mas a libertação das preocupações e sofrimentos.

Ser feliz é ser auto-suficiente.

Seja senhor de sua vontade e escravo da sua consciência.


(Aristóteles, filósofo grego, escreveu este texto “Revolução da Alma” no ano 360 A.C.)


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15 agosto 2013

Dica de vídeo: Um instrumento de cordas fantástico!



Um instrumento musical curioso.
E uma apresentação musical mágica...
Recomendadíssimo!

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Dica de livro: "Uma Luz Dentro da Noite" – Antonio Lúcio / Espírito Luciano Messias



Ninguém está só.
E neste livro acompanharemos as visitas e o incansável trabalho de equipes espirituais junto aos encarnados e desencarnados, nos momentos mais difíceis, sempre de acordo com o merecimento de cada um  para receber o socorro espiritual.
Numa linguagem agradável, conheceremos os relatos do dia a dia destes socorristas espirituais, dando a certeza de que ninguém está desamparado.

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Sinopse:

Nós ainda não podemos ver, mas é de Porto Esperança que o socorro vem, como as mãos de Jesus, a curar e trazer consolo.

Sempre que necessário, os trabalhadores do Bem viajam pelas muitas dimensões da espiritualidade, com velocidade e precisão, procurando pessoas cansadas para, com grande auxilio, ampará-las em seus tropeços e sofrimento.

Se soubéssemos a verdade sobre todos os caminhos, encontros, sofrimentos, alegrias e reencontros, não existiriam dúvidas do quando recebemos em auxilio e aprendizado todos os dias.

Nos muitos caminhos entrelaçados entre a inquisição espanhola e o Brasil do seculo XXI, os Amigos da Luz liderados por Estefânio, buscam pelos homens necessitados que, de acordo com sua fé e merecimento, recebem, algumas vezes até mesmo sem saber, as orientações e socorro necessários para o cumprimento de sua tarefa existencial.

Uma luz dentro da noite nos traz, através de histórias emocionantes, a certeza da ajuda espiritual e de que todos nós estamos ligados ontem e pelos propósitos que nos aguardam amanhã.


Editora: Ide - Inst. de Difusao Espírita



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Um pouco de Cecília Meireles...



Traze-me um pouco das sombras serenas
que as nuvens transportam por cima do dia!
Um pouco de sombra, apenas,
- vê que nem te peço alegria.
Traze-me um pouco da alvura dos luares
que a noite sustenta no teu coração!
A alvura, apenas, dos ares:
- vê que nem te peço ilusão.
Traze-me um pouco da tua lembrança,
aroma perdido, saudade da flor!
-Vê que nem te digo - esperança!
-Vê que nem sequer sonho - amor!

( Cecília Meireles)

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Assumindo nossas dores...



Todas as vezes que tentei disfarçar afetos, camuflar dores e fingir sentimentos, numa tentativa de me "fazer de forte", perdi oportunidades, momentos que poderiam ser inesquecíveis e quem sabe, até amores.

Todas as vezes que tentei não ser eu, num ato de autodefesa, com atitudes que não eram minhas, mais perdi do que ganhei.

E só fui ter a noção dessa depreciação psíquica, quando percebi que essas atitudes não mudavam nenhum quadro da minha vida, só agravavam meus quesitos confusos.

Porém, houve um dia em que me vesti de maturidade, me calcei de coragem e me despi de medos. Desde então, passei a viver melhor, a me sentir realmente forte e a me amar de verdade.

Hoje tenho certeza que forte é aquele que se encoraja em seus afetos, assume suas dores e não nega seus sentimentos.

(Keila Sacavem)


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Pobre planeta azul...


Poeme-se


12 agosto 2013

Mediunidade esclarecendo crimes





“Um crime muito difícil”. “Crime quase perfeito”, no parecer de um delegado de polícia que conhecemos durante um encontro de delegados espíritas.

Falamos de Antonio Camilo, do simpático município de Pouso Alegre, Minas Gerais, que, no 4o Encontro dos Delegados Espíritas paulistas, a convite da União dos Delegados de Polícia Espíritas do Estado de São Paulo, contou-nos curiosa ocorrência.

O encontro se deu em 20 de novembro de 2001, às 19h30, no Auditório Dr. Ivahyr de Freitas Garcia, da ADPESP (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo), tendo como título: Mediunidade elucidando crimes.

“O mais misterioso dos casos da minha carreira”, acrescentou o policial mineiro, responsável, nesse tempo, pela Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes.

O caso motivou uma reportagem de um programa de grande audiência de famosa emissora da TV brasileira. Esse programa incentivava telespectadores, por meio da reconstituição de “crimes insolúveis”, a fornecer pistas, ajudando as autoridades a reabrir as investigações e a resolver os casos.

No caso em questão, um homem tinha desaparecido em dezembro de 1993.

Pessoa conhecida e respeitável pelos pouso-alegrenses, o advogado – sócio e amigo de muitos anos de um sargento da reserva do Exército e sua mulher – tinha desaparecido desde o dia em que saíra cedo de casa para ir ao banco. Em parceria com o casal, tinha acabado de comprar um sítio anexado a uma bela casa. 



B.O., início das investigações


Semanas escoavam-se, nada de o advogado voltar para os familiares entregues ao desespero, à aflição; membros da família foram à delegacia fazer o Boletim de Ocorrência.

O delegado Camilo empenhou todas as suas forças à procura do homem. Incansável, buscava uma pista, mas sem lograr êxito.

Pensava-se em sequestro; no entanto, essa hipótese foi descartada; nenhum contato com criminosos, nenhuma exigência ameaçadora por telefone. 

O fato entraria definitivamente no rol dos crimes insolúveis se, de princípio, não fossem certas mensagens mediúnicas.

Tais mensagens dadas por médiuns de uma casa espírita da cidade, a pedido dos familiares, eram sempre genéricas, curtas e repetiam: “está morto, sepultado”.

Mas, desde quando, onde, como e por quê? E o cadáver? – tais eram os questionamentos; situação deveras embaraçosa; um beco sem saída.

Admitindo-se um assassinato, as investigações esbarravam num só problema: a absoluta falta de elementos que pudessem revelar o criminoso, ou criminosos, o corpo de delito. 

Sem fato material como base de prova de possível homicídio, deram o caso por encerrado e findas as investigações.

Mas Camilo não se deu por vencido. Conservou-se no propósito de achar algum ponto de partida e, por conta própria, reiniciou as buscas.

Visitou o sítio sozinho, longe da sua equipe de investigadores. 

Indagava de diversas pessoas das redondezas do sítio, voltou a fazer perguntas e mais perguntas aos sócios, embora os considerasse pessoas acima de quaisquer suspeitas pelos muitos anos de amizade deles com o advogado. 



Um detalhe, uma cisma...


Mas havia um detalhe.

Voltando de novo ao sítio, Camilo, solitário, percebeu algo que, antes, não aguçara tanto a curiosidade, a sua e a dos auxiliares.

Ao cismar com certo piso construído num canto do terreno, pavimentado com grossa camada de cimento, levantou logo suspeitas contra aquele curioso trabalho... Chegou a pensar que ali estava oculto o cadáver... “Não! Eu devo estar é imaginando coisas”, pensou em voz alta.

Quando o delegado achava que tudo estava mesmo acabado, que novas diligências seriam inúteis, alguém de “respeitabilidade a toda prova” deixou-o tão animado quanto perplexo.

Certo profissional da mecânica de automóveis, cujo nome ele o preservou, reacendeu-lhe o entusiasmo, o faro investigativo.

O mecânico, diga-se de passagem, consertava, fazia a manutenção do automóvel dele, inclusive, das viaturas policiais, e não sabia da sua crença nos Espíritos.

Sem intimidade com o cliente, o mecânico não tinha ideia das noites insones, das cobranças e críticas que o delegado enfrentava, muito embora soubesse do misterioso sumiço pelos jornais, emissoras de rádio, de TV e de boca a boca.

Certa feita, enquanto o delegado aguardava silenciosa e pacientemente o conserto do automóvel, o mecânico, de súbito, falou: “Doutor, meus ‘amigos espirituais’ dizem que o senhor pensou bem. Siga adiante!” Um detalhe: depois se soube que o mecânico era um médium que possuía a faculdade de ouvir os Espíritos, ou seja, médium audiente. 

Noutra oportunidade, valendo-se de novo dos serviços do mecânico, o delegado ouviu dele: “Doutor Camilo, meus amigos insistem em dizer que o senhor deve prosseguir, o senhor está certo em ter pensado aquilo...”. Foi aí que ele resolveu, de uma vez por todas, dar crédito às afirmativas dos Amigos Espirituais do médium, ainda que sem nenhuma base segura consoante exigências jurídicas. 


Sem mandado judicial, na calada da noite...


Fora dos princípios do Direito, pois, como já referimos, o caso fora arquivado por falta de provas, Camilo resolveu correr sério risco.

Sem mandado de segurança, na calada da noite, ele entrou na propriedade, cismado com aquele piso, previamente sabendo, através dos amigos e sócios do desaparecido, que ali seria um lugar destinado à construção de uma churrasqueira. Agiu o mais depressa possível e com bastante prudência; não podia errar. 

Após destruir todo o piso, revolver a terra debaixo com uma escavadeira, pás e picaretas tomadas emprestadas da prefeitura local, depois de buracos e mais buracos cavados, finalmente, o cadáver! 

Era o que se supunha (Camilo tinha muita intuição), aquilo que os “amigos” do mecânico, os Espíritos, ratificaram e quiseram que ele levasse a sério. 

Com a ajuda dos equipamentos da prefeitura e a mão-de-obra de presos bem comportados da cadeia da delegacia, descobriram o corpo a alguns metros embaixo daquele piso.

Três penosos meses de buscas ininterruptas decorreram, pressões de toda a parte, da sociedade, da imprensa, e Camilo disse que não sabia mais o que era uma noite de sono tranquilo. 

O cadáver, acharam-no em bom estado de conservação e facilmente reconhecível debaixo da terra, desde há muito, graças à boa qualidade do terreno.

Camilo conseguiu chegar aos autores do crime, deu-lhes voz de prisão, àqueles mesmos acima referidos, os que pareciam livres de quaisquer suspeitas: o sargento reformado do Exército e a companheira.

Acabaram confessando o crime.

Íntimos da vítima e seus familiares, aparentavam sentir grande afeto por eles, e ainda se mostravam pesarosos pelo desaparecimento.

A vítima foi a óbito depois de rígida discussão com eles por causa da compra do imóvel, culminando com um tiro de pistola calibre 4.5; como golpe de misericórdia, recebeu violenta pancada na cabeça dada pela mulher, com uma pá, segundo ela confessou. 


Deram trabalho, reagiram à captura


Os algozes do advogado deram muito trabalho, reagiram à captura e, é claro, foram também punidos por isso. Recebendo o veredicto pelo homicídio e a ocultação de cadáver, descobriu-se outro homicídio.

Mataram, para queima de arquivo, aquele que construiu o piso e ajudou a enterrar o cadáver: um pedreiro.

Supunham que jamais seriam descobertos, punidos. Após tirar a vida do pedreiro, penduraram-no com uma corda em uma árvore, noutro lugar, como se ele tivesse cometido suicídio, enforcando-se.

“Se não fosse o importante auxílio dos Espíritos, o caso ficaria sem esclarecimento”, disse Camilo.

Camilo contou que era espírita desde 1986.

Trabalhador da Fraternidade Espírita Irmão Alexandre, daquela cidade mineira, revelou que costumava escarnecer do Espiritismo no tempo em que era católico romano.

Zombava da crença de sua mulher até o dia em que ela conseguiu convencê-lo a assistir a uma reunião pública no centro espírita que frequentava. “Aceitei ir ao centro da minha mulher com o intuito de aumentar o repertório de críticas e caçoadas.”

“Fiquei desarmado! Lá só vi amor ao próximo e verdadeiro espírito de fraternidade; senti muita paz e, principalmente, ouvi falar dos ensinamentos de Jesus como nunca ouvira antes!”, declarou.

Finalmente, disse ele que sempre agradece a Deus por duas coisas: por ter sido católico e por ser delegado de polícia, da Polícia Civil mineira. “Foi por meio destas duas instituições que cheguei à Doutrina Consoladora”, exclamou encerrando a palestra sob calorosos aplausos dos confrades e colegas membros da Udesp e dos demais profissionais da Justiça, partícipes daquele memorável encontro no auditório da ADPESP.


Davilson Silva





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Segurança Pública e Mediunidade



[...] Quanto ao trabalho policial podemos deduzir certas regras ou orientações sem a pretensão de esgotar o assunto.

Para auxiliar aqueles que queiram utilizar seriamente a capacidade mediúnica, no trabalho de investigação, apresentamos alguns parâmetros que podem ser úteis:

1- Qualquer informação recebida por trabalho mediúnico deve ser tratada como informação anônima, sendo verificada com cuidados redobrados.

2- Não estando os Espíritos à nossa disposição, não é indicado manter médiuns como auxiliares permanentes do trabalho policial.

3- Não havendo como confirmar sempre a identificação dos Espíritos, além do que, muitas vezes o desencarnado perde todo o interesse dos fatos ocorridos na terra, devemos duvidar metodicamente de recém desencarnados que se manifestem a respeito de delitos que teriam se envolvido de alguma forma.

4- Quanto mais recente a morte da vítima, maior a dúvida quanto à sua identidade na manifestação mediúnica.

5- As informações jamais deverão ser remuneradas, seja com dinheiro, propaganda ou qualquer outro benefício ao médium.

6- As informações por intermédio de médiuns deve ser analisadas em conjunto com todas as outras provas obtidas no trabalho de investigação.

7- Não se deve revelar nada de relevante ao médium a respeito dos fatos investigados, seja antes, ou depois da manifestação espiritual.

8- O fato dos Espíritos saberem algo ainda não conhecido na investigação, não significa que eles saibam tudo ou tenha permissão para revelar tudo que sabem.

9- Nunca insistir em questão alguma não respondida para evitar Espíritos levianos que darão informações erradas por diversão.

10- Na dúvida, deve-se descartar a informação, se realmente for verdade os Espíritos superiores saberão fazer chegar a quem direito de forma fortuita.

11 – A manifestação mediúnica é apenas um auxiliar da investigação e não um substituto dela.

12- A manifestação mediúnica apenas indica um caminho a seguir, ficando a cargo do policial, obter provas com o uso de sua inteligência e trabalho.

13- Receber com muita cautela quando um Espírito revelar tudo a respeito do crime investigado, isto é indício de falsidade.

14- Não se preocupar com a ausência de informações porque não sabemos das Escolhas do Espírito antes de encarnar. Muitas vezes, nós mesmos escolhemos nossas provas, e nos livrar delas seria um desserviço.

15- Devemos confiar em Deus porque somos imperfeitos. Ele sabe o que seria bom nos revelar ou não.

16- O médium não é testemunha, é apenas intermediário na comunicação entre mortos e vivos. Muitos são chamados de inconscientes porque nada presenciam quando estão em transe mediúnico.


Utilizando-se destes critérios, é possível obter muita ajuda espiritual no trabalho policial, sem cair no ridículo e na pieguice das mistificações que poderiam levar em torno do assunto.

Além do mais, se evitaria a descrença ao afirmar que o Espiritismo seria a solução final para desvendar todos os delitos.

Na verdade, a Doutrina Espírita é a solução para suportarmos com resignação e fé as dores dos crimes que ainda suportaremos por muito mais tempo na Terra. [...]




Dr. João Francisco Crusca - delegado da Polícia Civil do Estado de São Paulo, Coordenador da UDEsp (União dos Delegados Espíritas do Estado de São Paulo) e da Fraternidade Espírita Aurora da Paz (Feap), na capital paulistana, onde atua como expositor do Evangelho.





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