"Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana"

(Teillard de Chardin)

13 abril 2014

Cinco maneiras de despertar a espiritualidade de seus filhos


Contato com a natureza, estímulo à imaginação, cultivo dos rituais... Pode ser muito divertido e saudável despertar a centelha divina que mora em cada criança.

Você vê a espiritualidade como uma parte essencial da sua vida?

Sua conexão com Deus é algo profundamente real?

Em caso afirmativo, você está em perfeita sincronia com a cabala. Seus praticantes vêm ensinando há séculos que toda criança nasce com uma espiritualidade inata, que deve ser nutrida pelos adultos que influenciam sua vida – sobretudo pais, avós e outros familiares – com o intuito de desenvolvê-la.

Como as principais instituições de nossa sociedade e os meios de comunicação normalmente minimizam a importância da espiritualidade, é vital que estejamos presentes para ajudar o crescimento desse aspecto das crianças.

Veja cinco princípios gerais para serem usados como base e nutrir a espiritualidade de seus filhos na vida cotidiana.

Esses princípios têm origem nos ensinamentos mais básicos da cabala, os quais sempre exaltaram a espiritualidade em crianças e a bênção que é ser pai e mãe.


1. Exponha seu filho à natureza sempre que possível.

Como já sabiam os visionários poetas ingleses William Blake e William Wordsworth, a proximidade com a natureza durante nossos primeiros anos de vida tem um efeito profundo em nosso desenvolvimento espiritual.

Se você vive na cidade, leve seu filho em passeios frequentes ao interior em todas as estações para melhor experimentar os ritmos sutis da vida.

Fortaleça o laço diário de seu filho com a natureza ao encorajá- lo a cuidar de animais ou plantas.

Procure participar de projetos como a criação de um jardim ou mesmo ter vasos de flores no peitoril da janela.


2. Aceite a imaginação e o sentido de deslumbramento de seu filho.

Professores místicos sempre insistiram que a imaginação é uma ferramenta vital para o desenvolvimento interior.

Mesmo assim, nos dias de hoje a maioria das escolas e de outras instituições desencoraja essa qualidade natural e vibrante da criança.

Reconheça que, ao elogiar o lado fantasioso e imaginativo de seu filho, você está fazendo algo bastante importante. Ler histórias na hora de dormir – ou criar uma historinha com seu filho – é uma excelente maneira de estimular a imaginação.


3. Se você é adepto de uma religião formal ligada a uma igreja ou sinagoga, ou de um credo totalmente pessoal, mantenha rituais regulares em casa.

Eles podem ser simples como acender velas ou dar graças pelo alimento antes da refeição. O importante é que sejam expressões significativas de sua espiritualidade e lhe dê uma consciência maior da força superior que cerca todas as coisas.


4. Encoraje seu filho a compartilhar seus sonhos.

Se você mostrar genuíno interesse nos sonhos dele, ele poderá aprender a valorizá-los e prestar atenção nas mensagens, procurando por direções em sua vida.

Sob esse aspecto, seu encorajamento diário é mais importante do que dar uma direção específica na interpretação dos sonhos. Reserve um tempo nas manhãs para que seu filho se recorde e, então, prossiga com discussões.


5. Sempre ouça seu filho com atenção.

Certamente, em um mundo de rapidez pautado pela tecnologia, não é sempre fácil achar momentos tranquilos. De vez em quando, todos ficamos cansados ou impacientes com aqueles que mais amamos.

Mas proteger a espiritualidade natural de seu filho requer reservar um tempinho todos os dias para ouvir sobre as alegrias, triunfos e frustrações dele.

Evite situações artificiais como “vamos sentar e conversar agora”. Em vez disso, chame de hora da arte e deixe que cada um de vocês desenhe ou faça alguma arte enquanto estiverem sentados à mesa.

Ou simplesmente vão ao parque juntos ou conversem no carro.

Esses momentos honram o relacionamento especial que você tem com seu filho e, no fim das contas, honram também a centelha divina em cada um de nós.



(Edward Hoffman, Ph.D., professor de psicologia na Yeshiva University e autor de “A Sabedoria de Carl Jung”)






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