"Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana"

(Teillard de Chardin)

20 novembro 2014

O Pacto


Duas mãos, unidas sob divino álamo
Teceram um pacto:
Honrariam o ouro de seus corações em cada ato,
Decantando lírico balsamo,
Tesouro de sutis emoções.

Apartaram-se as duas palmas.
Mas para sempre uma promessa
Escrita em suas almas,
Fosse o quão fosse a sorte adversa.

Despediram-se os dois destinos.
Entre eles abismos, lonjura amarga.
As distâncias, feras perversas.
Não mais gêmeos traços íntimos,
Desenhando a mesma saga.
Entre suas façanhas, pontes falsas...

Fugiu da lembrança o velho pacto.
Tanto solo percorrido,
Tão aparte os dois idílios;
Cada coração, agora, um desconhecido.
Duas estradas e nenhum atalho.

Mas todo laço sob estrelas tecido,
Pela lira de sutil canção,
Não se dissolve.
Se é frágil a mera lembrança
Em fuga ao passar de hora,
Que no tempo voa e revolve.

É eterna a Memória
Não é fruto do tempo e tampouco o teme,
É Mestra da Vida.
Perene, constante aurora.
E em seu nobre enredo uma herança:

O reencontro em hora mágica.
Quando, em qualquer caminho,
Sagas apartes se vêem sob a mesma lógica
E apartes sonhos se vêem sobre o mesmo ninho.

Agora, longe, em noite profunda,
As duas mãos se procuram.
No peito um fulgor,
Pois a lembrança se inunda
Com o que se figuram
Alquimias de um velho atanor.

As duas mãos, de linhas tão simples
Em ocaso, sob estrelas mil;
Tateando estradas tão ímpares,
Forjam um abraço
Nas fibras do manto anil.

Agora, com a lonjura desfeita
Nas palmas calejadas, a vitória e louros.
O velho pacto sorriu.
Ainda guardavam suas almas os intactos tesouros.
Pois não há distância aceita
Por um juramento que jamais se partiu.


(Mariana Lopes - Nova Acrópole Goiânia - Setor Universitário)








* * *

Poema Divino


Pai nosso, que estás no céu, na terra, no fogo, na água e no ar
Pai nosso, que estás nas flores, no canto dos pássaros, no coração a pulsar;
que estás na compaixão, na caridade, na paciência e no gesto de perdão.
Pai nosso, que estás em mim, que estás naquele que eu amo,
naquele que me fere, naquele que busca a verdade.
Pai nosso, que estás naquele que caminha comigo e naquele que já partiu, deixando-me a alma ferida pela saudade.
Santificado seja o Teu nome por tudo o que é belo, bom,
justo e gracioso, por toda a harmonia da Criação.
Sejas santificado por minha vida, pelas oportunidades tantas,
por aquilo que sou, tenho e sinto e por me conduzir à perfeição.
Venha a nós o Teu reino de paz e justiça, fé e
caridade, luz e amor.
Reino que sou convocado a construir através da mansidão de espírito, reflexo da
grandeza interior.
Seja feita a Tua vontade, ainda que minhas rogativas prezem mais o meu orgulho
do que as minhas reais necessidades.
Ainda que muitas vezes eu não compreenda mais
do que o silêncio em resposta às minhas preces,
não te ouvindo assim dizer: Filho aguarda, tua é toda a eternidade.
O pão nosso de cada dia me dá hoje e que eu possa dividi-lo
com meu irmão.
As condições materiais que ora tenho
de nada servem se não me lembro de quem vive na aflição.
Pão do corpo, pão da alma, pão que é vida, verdade e luz.
Pão que vem trazer alento e alegria: é o Evangelho de Jesus.
Perdoa as minhas ofensas, os meus erros, as minhas faltas.
Perdoa quando se torna frio meu coração; quando permito
que o mal se exteriorize na forma de agressão.
Que, mais do que falar, eu saiba ouvir.
Que, ao invés de julgar, eu busque acolher.
Que, não cultivando a violência, eu semeie a paz.
Que, dizendo não às exigências em demasia,
possa a todos agradecer.
Perdoa-me, assim como eu perdoarei àqueles que me
ofenderem, mesmo quando meu coração esteja ferido
pelas amarguras e dissabores da ingratidão.
Possa eu, Senhor da Vida, lembrar de que nenhuma mágoa é eterna
e de que o único caminho que me torna sublime
é a humilde estrada da reconciliação.
Não me deixes cair nas tentações dos erros, vícios e
egoísmo, que me tornam escravo de minha malevolência.
Antes, que Tua Luz esteja sobre mim, iluminando-me,
para que eu te encontre dentro de minh'alma,
como parte que és de minha essência.
E livra-me de todo o mal, de toda violência,
de todo infortúnio, de toda enfermidade.
Livra-me de toda dor, de toda mágoa e de toda desilusão.
Mas ainda assim, quando tais dificuldades se fizerem necessárias,
que eu tenha força e coragem de dizer:
Obrigado, Pai, por mais esta lição!
Tudo o que nos cerca é poesia Divina.
Há um traço de Deus em cada ser da Criação.
Busquemos por Ele no desabrochar das flores, no correr
das águas, no canto do vento, no cintilar das estrelas.
Mas, acima disso, busquemos por Ele em nosso interior.
Basta que, por um instante, fechemos os olhos e O sintamos:
lá Ele está, dando rima aos versos de nossas vidas...


(Redação do Momento Espírita)


* * *



Dica de livro: “Uma viagem através dos Mitos”, de Liz Greene Juliet Sharman-Burke


Mais do que uma viagem através dos mitos, é uma viagem através de nós mesmos, revelando de que maneira os mitos podem nos auxiliar a compreender a vida e saber vivê-la.

O objetivo deste livro é mostrar como as histórias e imagens míticas podem aliviar os conflitos internos e ajudar-nos a descobrir uma profundidade, riqueza e sentido maiores na vida.

Uma das grandes funções curativas do mito está em ele nos mostrar que não estamos sozinhos em nossos sentimentos, temores, conflitos e aspirações.

Explorando os temas psicológicos de muitas tradições míticas, as autoras guiam os leitores desde os conflitos familiares e infantis, passando pelas questões relativas ao amor, à intimidade e à ambição, até chegar ao momento em que temos de enfrentar nossa mortalidade,– fazendo de “Uma viagem através dos mitos” um verdadeiro manual para a vida.

Histórias das civilizações greco-romana, hebraica, egípcia, celta, norueguesa e oriental são analisadas de uma perspectiva contemporânea, facilitando a identificação do leitor.

Belíssimas ilustrações a bico de pena complementam e enriquecem o livro.

Alguns dos mitos tratados: Osíris, Íris e Hórus, Caim e Abel,•
Rômulo e Remo, Antígona, Adão e Eva, Buda, Eco e Narciso,  • Sansão e Dalila, Merlin, Jó, Orfeu e Eurídice, Artur e Guinevere,  • O Minotauro, Fausto,• Hera e Hefesto, Ulisses e Penélope• e muitos outros.


Editora: Zahar.


*  *  *


19 novembro 2014

Sobre a Alma Humana...


Nem o Sol nem a Lua podem refletir-se claramente na água lamacenta.
Assim a Alma Universal não pode realizar-se perfeitamente em nós, enquanto não afastarmos o véu da ilusão, isto é, enquanto perdura o sentimento do 'eu' e do 'meu'.

(Ramakrishna)



* * *

Você - Pedro Mariano


Um pouco de Caio Fernando Abreu...



Quando partiu, levava as mãos no bolso, a cabeça erguida.
Não olhava para trás, porque olhar para trás era uma maneira de ficar num pedaço qualquer para partir incompleto, ficado em meio para trás.
Não olhava, pois, e, pois não ficava. Completo, partiu.

(Caio Fernando Abreu)


* * *


15 novembro 2014


Tenha coragem para lidar com as grandes tristezas da vida e paciência para lidar com as pequenas;
então, depois de ter cumprido laboriosamente sua tarefa diária, vá dormir em paz.
Deus continua acordado.

(Victor Hugo)

* * *



Ninguém quer saber o que fomos, o que possuíamos, que cargo ocupávamos no mundo;
o que conta é a luz que cada um já tenha conseguido fazer brilhar em si mesmo.

(Chico Xavier)



* * *

A Saudade do Capelino - Saudades de Capela


 

Depois que terminou de varrer a casa, molhou o pano no balde. Colocou no rodo e começou a limpar o salão. 

Era 17:35 quando começou. Era 18:05 quando terminou. 

As cadeiras arrumadas. A tribuna colocada no local adequado para a preleção. O chão limpo, brilhando pelo sabão e detergente, com aromas de incenso da floresta. 

A porta, trancada com suas voltas, prometeu o resguardo necessário para a meditação dos convidados ao chegar. 

A passos lentos, com a mente muito longe, abriu a dispensa. Guardou a vassoura. O balde. O sabão e o pano úmido.

Olhou para o relógio, ainda era cedo para começar a reunião. O silêncio do recinto e a magia do por do sol permitiram um tempo de divagação. 

Ele abriu a janela. Encostou-se com as mãos sob o queixo. Conferiu se estava realmente sozinho para não ser incomodado. Olhou para longe, para o alto, para outro mundo. 

Seus olhos não fitaram o fundo do quintal. Não se deteve no muro alto da casa espirita. Não se conformou com o outro lado da rua. Ele vislumbrou um mundo distante, no espaço e no tempo.

Por breves instantes, o jovem trabalhador do centro espírita sentiu-se transportado para sua pátria natal.

A visão do Cinturão de Órion, das Plêiades, ao norte do céu Austral, lhe comoveram profundamente.

Ele sentiu uma nostalgia. Uma sensação de perda, de exílio milenar.

Ocupado com seus afazeres diários, sentia-se em casa nessa cidade, um filho desse mundo.

Porém, quando as obrigações cessaram, sua alma trouxe de volta uma saudade. 

Uma vontade de retornar a algum lugar esquecido em primas eras. 

Lembrou de uma vegetação estranha, mas perfeita em simetria e beleza.

Quantas vezes orou para o criador, debaixo de velhas árvores, troncos milenares que conservavam os segredos do seu povo?

Quantas vezes, reunido em família, beberam um licor branco, translúcido, sem álcool, cheio de aromas de vitalidade?

Quantas vezes, não desfrutou da tecnologia sustentável de um lar onde a energia vem do sol e o alimento brota das paredes?

Quantas vezes, abordou temas complexos com normalidade, meio a pessoas que não encontram mais na matéria, seu substrato primário.

Quem sabe, essas memórias remotas não tenha levado civilizações antigas a erguer monumentos colossais, observar a noite estrelada, escutar o assobio do vento que trazia o suave fresco de um passeio, ao entardecer, por um mundo sem poluição?!

Por breves instantes, ele se sentiu maior do que um obreiro espírita.

Por alguns instantes, ele se sentiu maior do que seu corpo.

Por alguns instantes, ele se sentiu filho das Estrelas.

Mas isso não lhe trouxe consolo. Muito pelo contrário. Essas recordações despertaram uma dor profunda, galáctica e inconsciente.

A visão do “paraíso” é capaz de perturbar qualquer ser telúrico. Aos poucos, ele voltou a si.

As imagens desvaneceram-se como névoa diante do sol. Fechou a janela. Enxugou as mãos suadas no bolso da bermuda jeans rasgada. Ainda faltava espanar a poeira da biblioteca. Voltou para seu labor.

Quando agarrou o espanador, sua realidade reorganizou-se em torno dele.

Sua volta ao cotidiano não deixou de ter resquícios de tristeza. Mas o trabalho é o meio de mantê-lo no chão, aterrissado, consciente de sua nova vida.

Seu exílio é uma necessidade.

Sua errância é um itinerário de crescimento.

O filho ingrato perdeu a pátria que nunca amou. Dificilmente voltará a vê-la enquanto seu coração continuar soberbo.

Pelo menos, durante alguns séculos, seu amor, seu conhecimento, seu trabalho será utilizado aqui, nesse orbe azul, de tanta dor e lamento.

A sua terra natal, continuará em seus sonhos e anseios, inspirando seu esforço, sua evolução.


(João Márcio)






*  *  *




Não nascemos aqui




Existem aqueles que vieram à Terra para cumprir uma missão.
Não se lembram de onde vieram, mas sua família cósmica não esqueceu deles...

*

Podemos não lembrar de onde viemos, podemos não lembrar de nossos antigos amigos e familiares, podemos não lembrar como foi a nossa partida, mas não fomos esquecidos pelos nossos...eles nos amam muito por termos vindo cumprir esta missão.

Eles sempre olham por nós, mesmo que não possamos vê-los.

Muitos de nós viemos a este planeta para cumprir uma missão muito especial.

Representamos nossas raças e planetas.

Viemos como voluntários, viemos porque recebemos esta missão de evolução ou para pagarmos por erros cometidos e aprendermos juntos.

Uma missão muito especial de ajuda ao processo cíclico pelo qual este planeta irá passar.

Quando olhamos para as estrelas sentimos saudade de um lugar, o qual não lembramos onde é, mas nossa Alma chora de saudade...e acima de tudo, por Amor à esta Humanidade, que ainda tem tanto a evoluir.

Viemos de muitos lugares diferentes, de outros sistemas solares, de outras galáxias, de outros Universos e até mesmo de outras dimensões, para auxiliar a Humanidade deste planeta que tanto tem a aprender.

Juntamo-nos a tantos outros irmãos que estão há muito tempo realizando suas missões aqui.

Não é porque vocês não nos entendem que não amamos esta Humanidade.

Muitos de nós precisam se desligar desses corpos para nascer em corpos humanos, a fim de cumprirmos nossas missões.

Muitas vezes nos reencontramos com os nossos que vieram primeiro.

Reencarnamos várias vezes preparando-nos para este momento que a Terra irá passar.

Devido aos ciclos reencarnatórios não nos lembramos de nada. 

Sabemos que viemos para algo grande e especial, mas não sabemos o que é...

Nossa família sempre está presente, mesmo que não possamos vê-la, sentimos sua presença. Eles estão nos ajudando neste despertar de muitas maneiras diferentes.

É chegada a hora de cumprirmos a nossa missão, com a Terra e com esta Humanidade, e depois voltarmos para casa.


(Transcrição de texto do vídeo acima)





* * *



Pelo Brasil de nossos filhos...




Da Família Terrestre para a Família Cósmica


Dentre os conceitos fundamentais do processo de Evolução Mental está o de Família Cósmica.

A ideia de pertencer a uma família que se distribui por todos os Universos dá uma nova dimensão ao indivíduo, trazendo para ele uma consciência de eternidade.

A Família Terrestre - Os familiares consangüíneos você identifica pelos traços fisionômicos, origem cultural, raça, nomes e sobrenomes.

Eles se parecem com você, pertencem à sua Árvore Genealógica – real ou imaginária. Nos laços de sangue, a história é recente e facilmente resgatada. Numa única reunião familiar você remonta a estrutura remota acessível, que pode corresponder a 100, 200, 300 anos atrás.

Mas como resgatar uma memória de estrutura familiar que volte no tempo 1000, 10000, um milhão de anos?

E que família é esta que após tanto tempo ainda pode ser identificada?

Estamos falando de um conceito evolutivo, que implica em aceitar o parentesco de pessoas por laços energéticos, cósmicos, eternos, que não se desatam nem por disputas, nem por distâncias, nem por esquecimentos ou decepções.

Uma união assim tão forte, acima do bem e do mal, do tempo e do espaço, só pode ter uma origem mágica, cósmica, quase mística.

Uma Explosão de Luzes - Tudo começa com o Verbo e a vontade divina explodiu em infinitas centelhas de consciências iluminadas – puras luzes de Deus. E essas frações divinas reproduziam todas as qualidades e poderes divinos, trazendo em si as potencialidades da essência feminina e masculina.

E ainda cumprindo a vontade divina, o impulso cósmico, cada uma das frações também se desdobrou e se ramificou por todos os Universos e se fracionaram e se dividiram, até gerarem essências masculinas separadas das essências femininas.

E também cada uma dessas se dividiu como numa dança mágica em que todos se expandem ao máximo e depois se reúnem, refazendo o caminho que leva à origem.

Neste retorno vão encontrando seus pares, da forma como foi previamente definido pela vontade maior.

E assim nos perdemos e assim nos reencontramos e, independente dos laços sangüíneos, nos unimos a pessoas de forma irresistível, como se obedecêssemos a um plano superior. E assim é.

Quantos há que não se reconhecem na família em que nasceram e mais tarde encontram pessoas que “adotam” com suas famílias, como se fossem pais, irmãos, tios, etc.

São amigos, amores, colegas de trabalho, parentes preferidos. 

Às vezes são personalidades locais, nacionais, mundiais que atraem nosso carinho, como se pudessem ser nossos filhos, pais, mães, irmãos – como se pudessem ser da nossa família.

E tantas famílias há que ao longo do tempo e das gerações vão incorporando pessoas que se agregam e passam a ser considerados “da família”, e muitas vezes o são mesmo.

O Eu Superior - Então, na medida em que evoluímos, os membros das mesmas famílias cósmicas vão se encontrando, fazendo juntos o caminho de volta, em direção às suas essências originais, às frações cada vez maiores de sua origem divina, reencontrando essas unidades bipolares de consciência (Eus Superiores).

Cada Eu Superior traz as potencialidades feminina e masculina – yin e yang – negativa e positiva da energia. Cada polaridade se desprende, se desdobra em múltiplas faíscas de consciência, que vão se localizar em diferentes pontos do Cosmo, seus Pontos de Origem para o início da caminhada evolutiva.

Não importa para onde foram seus desdobramentos – o Eu Superior jamais perde a ligação com suas partículas e fragmentos, ele tem o registro de todas as suas existências, de todos os pensamentos e de todas as ações de cada um deles.

Somos puros quando nos desprendemos do Eu Superior, pura essência luminosa.

A partir do momento em que nos individualizamos na matéria vamos perdendo a memória e a pureza da experiência divina, e isto também faz parte do Plano. Nosso desafio é nos purificarmos para que ressurja a essência original. Para isto é preciso uma conexão cada vez mais perfeita com as emissões enviadas pelo Eu Superior.

São muitos os obstáculos para nos sintonizarmos com o Eu Superior.

Temos sete camadas da aura que precisam estar harmonizadas, alinhadas com esta luz.

Vencer, superar cada um desses obstáculos é tarefa de vidas e vidas, trabalho árduo diário de aprender e evoluir a partir de cada experiência que a matéria nos proporciona. A evolução mental pode ser resumida como o processo de diariamente se iluminar interagindo com a matéria.

Transformar a matéria em luz, sutilizar cada porção bruta que carregamos ao longo de tantas existências.

Enquanto não nos sintonizarmos com o Eu Superior é como se viajássemos sozinhos, sem ter com que conversar, sem ter quem orientar ou aconselhar na viagem ao desconhecido.

Após nos conectarmos, ganhamos um mapa, um guia e os recursos necessários para esta viagem cósmica em direção à família original. Mais que isso, não estamos mais sozinhos. A cada dia encontramos mais e mais companheiros de viagem que nos atraem e são atraídos para nossa companhia.

Se antes estávamos num vôo cego, sem saber para onde o destino nos levava, repentinamente intuímos, descobrimos, temos certeza do destino e confiamos numa chegada segura.

O contato com o Eu Superior nos devolve a verdadeira identidade, a exata freqüência que caracteriza nossa individualidade, nossa marca no Universo.

Quem são as Pessoas Iluminadas? – Cabe esclarecer esta questão de fazer parte de uma mesma fração de luz. 

Quem são os iluminados? Todas as pessoas vieram da luz, mas será se todas voltarão para ela?

É comum as pessoas discriminarem e considerarem destituídas de luz aqueles que pautam suas vidas com práticas criminosas, cenas de violência e formas variadas de degradação moral.

Será se os criminosos também têm origem divina, essência luminosa?

Realmente é muito difícil vermos pessoas assim e vislumbrarmos luz, verdade e amor nelas. 

Porém elas estão no mesmo caminho evolutivo que todas as outras, com menor ou maior consciência. 

Em etapas diferentes da caminhada, mas caminhando. 

É este o destino de todos: voltar para a luz, expressar plenamente sua essência luminosa.

Quando ouço falar da Síndrome de Estocolmo, aquela em que as vítimas de seqüestro criam uma simpatia pelo seqüestrador, chegando às vezes a defendê-los, penso que no meio das trevas do sofrimento por que passam elas conseguem enxergar a possibilidade de luz do outro.

Mas tanto a dificuldade de expressar a luz quanto a dificuldade de vislumbrar a luz do outro fazem parte do processo evolutivo. Felizmente a cada dia são oferecidas oportunidades para este treinamento e assim vamos nos aperfeiçoando.

Os primeiros passos são os mais difíceis, mas quando nos determinamos a fazer a caminhada, cada dia fica mais fácil descobrir as soluções para tantos desafios.

As facilidades que vamos encontrando ao longo do caminho evolutivo são geradas pela inspiração enviada pelo Eu Superior e pelos encontros com nossos familiares cósmicos, que intuitivamente nos ajudam com informações, recursos, companhia, conselhos, muitas vezes sem saber que fazem parte do mesmo pedacinho iluminado de onde viemos.

Reconhecendo a Família Cósmica - A cada estágio evolutivo encontramos mais integrantes de nossa Família Cósmica, simplesmente porque os atraímos e os reconhecemos.

E como se dá esse reconhecimento, se não há sinais externos que os identifiquem conosco?

Na verdade tudo acontece por sinais internos. Internamente, intuitivamente sentimos que estamos na presença de um igual, mesmo que externamente ele seja muito diferente.

E não importam fatores como sexo, idade, nacionalidade, condição sócio-econômica, etc.

Simplesmente sentimos, intuitivamente sabemos.

Hoje, com o avanço tecnológico, é possível mapear nossas famílias através das fotos da aura. Um bom analista pode identificar traços energéticos que indiquem o grau de parentesco cósmico entre as pessoas cujas auras sejam registradas.

Os laços cósmicos de parentesco não são como os consangüíneos, onde nos sabemos pais, filhos, avôs, netos, primos e tios. Os parentescos cósmicos falam em Partículas, Fragmentos, Almas Gêmeas e de outros pedacinhos iluminados nascidos da mesma essência ou do mesmo Eu Superior.

Caso não tenhamos acesso à tecnologia específica que possa ajudar na identificação desses parentes cósmicos, uma boa opção é passar a ouvir melhor, prestar mais atenção, priorizar mais as pessoas que entram na nossa vida no cotidiano.

São comerciantes, motoristas, empresários, alunos, colegas do filho, da mulher ou do marido. São os estressados e estressantes vendedores, os atendentes de SAC, os agentes de telemarketing e os bancários, policiais, padres e pastores.

Ouvir com toda a calma, olhando nos olhos, os idosos e as crianças muito pequenas, os pedintes e também os adultos que falam alto demais e os adolescentes que não querem nos ouvir.

Enquanto observamos com a mente, devemos procurar sentir com o coração.

Dessa forma vamos refinando a intuição.

Ao longo de um tempo nos especializamos não só em saber que tem energia compatível com a nossa, mas começamos a fazer combinações de algumas pessoas com outras das quais guardamos na memória as impressões energéticas que nos causaram.

Esta identidade energética é a freqüência vibracional de cada um.

Cada um tem a sua individualidade e ao mesmo tempo sua identidade com um grupo de consciências que trazem desde sempre uma mesma marca sutil e que quando conseguimos encontrá-las formamos com elas uma luz única, que nos ilumina, aquece, conforta e ensina o caminho de volta para a Plenitude Divina.



(Texto de Vera Pedrosa)





* * *


Simples assim...



Dica de livro: "Os Filhos de Órion - a chegada da Hierarquia da Luz", de Maria Silvia Pacini Orlovas


Neste livro, a autora canaliza mensagens de consciências luminosas, de Seres de Luz que se encontram em várias dimensões, no astral do planeta Terra.

São mensagens que nos ajudam a compreender e assimilar nossa origem divina e estelar, ampliando nossa predisposição para trabalharmos pelo amor universal e incondicional.

A Hierarquia dos Deuses Criadores, nossos pais Cósmicos, Atlântida, a chegada dos seres de Capella - que fazem da Terra seu novo planeta, até as Sementes do amanhã...

Recomendo!

Editora: Madras


* * *


Quase...


Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. 
A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. 
Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. 
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Para os erros há perdão; para os fracassos, chance; para os amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. 
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.



(Autoria atribuída a Luís Fernando Veríssimo, mas segundo ele próprio, em sua coluna do dia 31 de março de 2005 do jornal O Globo, a mesma é de Sarah Westphal Batista da Silva)


*  *  *


08 novembro 2014

Dica do blog: Documentário “Data Limite segundo Chico Xavier”, de Fabio Medeiros



“Data Limite segundo Chico Xavier”, produção de 2014, é um documentário que descreve as revelações de Chico Xavier sobre a data limite do planeta Terra.

Especialistas em ufologia afirmam que após a explosão das bombas de Hiroshima e Nagasaki, verificou-se um aumento considerável no número de avistamentos de OVNI’S (Objetos Voadores Não Identificados) em todo o mundo.

Pouco mais de duas décadas depois, o médium brasileiro Chico Xavier confidenciava aos companheiros mais próximos que, por ocasião da chegada do homem à lua em 20 de julho de 1969, acontecera uma reunião com as potências celestes de nosso sistema solar para verificar o avanço da sociedade terrena.

Se assim convivesse até a Data Limite, a humanidade estaria, a partir de então, pronta para entrar numa nova era de sua existência, e feitos magníficos seriam verificados por toda a parte, inclusive os nossos irmãos de outros planetas estariam autorizados expressamente à se apresentarem pública e oficialmente para os habitantes da terra.

Dentre os entrevistados deste projeto estão:
o médium e orador espírita Divaldo Franco (considerado um dos maiores da atualidade), o escritor Geraldo Lemos Neto (a quem Chico confidenciou os fatos da Data Limite), o jornalista Saulo Gomes (que comandou o programa Pinga-Fogo na década de 60), o ufólogo brasileiro Ademar Gevaerd (o mais conhecido do Brasil), os generais Alberto Mendes Cardoso (Ex Chefe do Estado Maior do Exército Brasileiro e Ex Ministro da Casa Militar) e Paulo Roberto Y. M. Uchoa (filho do Pesquisador e também general Moacyr Uchoa) além do ex-ministro de defesa do Canadá, Paul Hellyer.


Segue trailer oficial:



A alma, antes de voltar à Terra, bebe da água do esquecimento, 
porém, o reencontro das almas que já se amaram anula, por breves momentos, esse efeito; 
o amor de ‘almas gêmeas’ não morre jamais, 
acompanhando o infinito ciclo das reencarnações.


(Pitágoras)


*  *  *


O outro lado


O que há do “outro lado”?

Esta não é uma pergunta feita apenas por historiadores. E, sim, pela sociedade.

Religiosos, filósofos, antropólogos, médicos, pesquisadores de várias áreas, além de cidadãos comuns, querem saber.

Passa-se por um túnel frio e escuro para mergulhar em águas quentes e iluminadas?

Voa-se, de forma invisível, sobre o próprio corpo?

Seres de luz vêm nos buscar?

Nada se sabe, embora se acumulem depoimentos daqueles que voltaram do além.

Mesmo com o cérebro aparentemente estacionário, eles foram capazes de ter visões.

Os cientistas chamam o fenômeno de EQM: experiência de quase-morte ou neardeath experience, termo cunhado pelo psiquiatra norte-americano Raymond Moody depois de ter estudado mais de cem casos.

Atualmente, sociedades científicas com publicações reconhecidas internacionalmente se debruçam sobre o tema.

Desde sempre se tentou estabelecer um conhecimento sobre o silêncio absoluto que separa o ser e o não ser, o conhecido e o desconhecido, o aqui e o lá, a presença e a não presença, o saber e a ignorância.

Nossos antepassados acreditavam na ação dos mortos sobre vivos.

Não se tratava de uma “crença” como anacronicamente estamos acostumados a pensar, mas de uma verdade.

Hoje, sabemos – mais ou menos – que nossos mortos não vão voltar, não terão nada a nos dizer e que não podemos lhes pedir afeição, proteção ou conselho.

Nosso luto não é mais encantado. Não era assim, outrora.

Outrora, o morto continuava vivo no seu túmulo.

Recebia as homenagens dos descendentes, imóvel, mas consciente.

A sepultura seria apenas outra residência, cela de dormitório, onde aguardaria o despertar no Dia do Juízo e que, por vezes, deixaria para proteger ou informar os vivos, comunicando-se com eles em sonho ou por algum sinal exterior.

Sim, o “outro lado” era logo ali.

Desde sempre os mortos foram invocados para cuidar dos vivos.

São eles que nos acenam, vem soprar informações e trazer recados do além.

Muitos de nós queremos ouvi-los, vê-los, deixar-se abraçar e por que não, levar…

Porém, mais importante do que respostas sobre o que haveria do “outro lado”, era a vontade de acreditar.

Acreditar que exista outra vida, melhor, mais tranquila.

Onde tudo será paz e serenidade.

E essa vontade, a de crer, persiste.

A morte e os mortos vem sendo objeto do maior interesse nas sociedades contemporâneas.

“Morrer, modo de usar”, será em breve uma discussão com várias pautas: eutanásia, morte assistida, morte digna,
com liberdade de escolher.

E ela vai levar, como num círculo eterno, à mesma pergunta: onde vamos? Se é que vamos.

Além dos mortos, os informantes são aqueles que podem predizer.

Predizer é uma dimensão fundamental da vida dos homens.

Todos temos um pé no presente e outro no futuro.

Viver é antecipar sem cessar, pois nossas ações miram um objetivo lá na frente.

Mas, apenas uma parte desse futuro é conhecida.

Aquela que nos informa que os dias têm 24 horas, que as estações vão se suceder e a as fases da Lua, também.

Mas, e o resto?

Do quê será feito o amanhã?

Para sermos eficientes, estarmos à altura dos desafios e tomar as boas decisões precisamos, pois, antecipar.

Recorremos a quem pode nos anunciar o futuro: cartomantes, astrólogos, videntes. 

Para colocar um fim às incertezas, mas, também, para nos assegurar que não somos um joguete nas mãos do acaso.

E, sim, de um plano coerente.

Da Antiguidade aos nossos dias, desejamos antecipar para garantir o máximo de segurança.

E a previsão tem em si um poder mágico de autorrealização.

Convencer-se de uma vitória ou de uma derrota, é a melhor maneira de suscitar sua concretização.

O importante ao receber uma mensagem vinda “do outro lado” não é tanto a exatidão da informação, mas seu papel de terapia social ou individual.

O que importa não é que a previsão se realize, mas alivie, cure ou convide a agir.

Astrólogos, cartomantes, médiuns e videntes agem como médicos da alma.

Não é surpresa que, em épocas como a nossa, quando a vida é geradora de angústias, seus endereços se multipliquem.

Mas a mensagem “do outro lado” jamais é neutra.

Ela corresponde sempre a uma intenção ou a um medo.

Ela exprime um contexto e um estado de espírito.

Ela não nos ilumina sobre o futuro, mas reflete o presente.

Ela é reveladora das mentalidades de uma época, de uma cultura e de uma sociedade.

Excelente razão para conhecer sua história.


(in "Do outro lado – a história do sobrenatural e do espiritismo", de Mary Del Priore)





*  *  *