"Nós não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual. Somos seres espirituais tendo uma experiência humana"

(Teillard de Chardin)

10 setembro 2015


É preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar.
E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera.
Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir!
Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo...

 (Paulo Freire)



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Apelo Cósmico - Você que veio das Estrelas...



Você que veio das Estrelas...

Você, que veio das estrelas e deu o grande mergulho no mundo de matéria.

Você, que veio das estrelas e, com o sacrifício de sua própria origem cósmica, se abrigou num invólucro de carne.

Você, que veio das estrelas e abandonou a realidade universal para habitar o mundo de ilusões.

Você, que veio das estrelas, e que agora sente-se estranhamente só, esqueça-se de tudo e entregue-se aos apelos de sua voz interna. Ouça o que ela tem para lhe dizer, que nada mais é tão importante, nem mesmo os compromissos com que o mundo tenta distrair sua visão cósmica.

Descobrirá que, na verdade, não está só, que são muitos os seus irmãos das estrelas que para cá também vieram para estender a mão e amparar com ombros fortes os passos da humanidade desta difícil época de transição.

Será fácil reconhecê-los, palavras não serão necessárias, e nem mesmo será preciso saber seus verdadeiros nomes.

Saberá encontrá-los pela afinidade de suas energias, pelo chamado de seus corações e pela profunda identificação com seus sentimentos.

Você, que veio das estrelas, sente agora no canto mais íntimo de sua alma, que chegou o momento de encontrar, na Terra, a sua família universal, que chegou o momento do reconhecimento, que chegou o momento da reunião de todas as forças para a realização da missão única de que todos se incumbiram, antes de aqui chegarem.

Abra seu coração, acorde sua consciência adormecida, apalpe seu ser interior, deixe que ele fale, acima de tudo, acima do mundo, acima de todos os conceitos que não lhe permitem existir em toda a sua potencialidade cósmica.

Você, que veio das estrelas, que é todo luz e é todo força, libere-se, que chegou o tempo de abrir as portas para uma nova era.

Você, que veio das estrelas, eterno viajante do espaço, compartilhando agora com tantos outros irmãos uma experiência tridimensional e difícil, não se deixe mais perder em momentos inúteis que lhe trazem apenas solidão, não se deixe mais seduzir pelas falsas luzes do asfalto, assuma sua personalidade cósmica, estenda seus braços e, num único abraço, envolva sua grande família, sua imensa família universal e todos juntos, com plena consciência da unidade de sua origem, cada qual com a sua parcela de colaboração, cumprirão com alegria e coragem o maravilhoso trabalho de conscientização da humanidade para este novo milênio!



(Wagner Borges)










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09 setembro 2015

Simples assim...


O Silêncio das Estrelas - Lenine



Mais uma belíssima canção de Lenine...

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Solidão, o silêncio das estrelas, a ilusão
Eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos
Como um Deus e amanheço mortal

E assim, repetindo os mesmos erros, dói em mim
Ver que toda essa procura não tem fim
E o que é que eu procuro afinal

Um sinal, uma porta para o infinito irreal
O que não pode ser dito, afinal
Ser um homem em busca de mais
Afinal, feito estrelas que brilham em paz

Solidão, o silêncio das estrelas, a ilusão
Eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos
Como um Deus e amanheço mortal

Um sinal, uma porta para o infinito irreal
O que não pode ser dito, afinal
Ser um homem em busca de mais
Afinal, ser um homem em busca de mais


05 setembro 2015

Até quando?



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Importante lembrar que...


Sobre a Reintegração Cósmica





A reintegração de um indivíduo à sociedade, após o cumprimento de longa pena em cárcere isolado da vida social, requer cuidados no campo da psicologia e nos esclarecimentos que lhe serão prestados, quanto ao que o espera no retorno à convivência com o mundo, impedida por força da lei.

Assim também, a reintegração de uma coletividade de indivíduos à sociedade cósmica, após o cumprimento de uma longuíssima e dolorosa penalidade - excluídos que fomos da convivência com as outras coletividades do cosmos- igualmente requer cuidados e conhecimentos novos no campo da nossa pobre e frágil psicologia humana, bem como de esclarecimentos que precisam ser prestados quanto ao que a espera no retorno à convivência cósmica, desde há muitíssimo tempo impedida, por força de uma lei maior.

No orbe em que vivemos, congregados por força dos erros do passado espiritual, recebemos apenas mensagens e informações que não podemos entender plenamente em face de nosso frágil estado evolutivo, tanto tecnológica como espiritualmente.

Apenas a fé em algo maior, a convicção de que o todo não pode se resumir ao que é observado na ilha cósmica, leva as mentes de vanguarda a pagar, às vezes com a própria vida, por insistirem na busca da verdade, não se submetendo aos vícios mentais de suas épocas.

Prisioneiros das consequências das leis de causa e efeito, nós, habitantes reunidos há tanto tempo neste berço planetário tão querido - ilhados por nosso orgulho e postura de desamor e intolerância - precisamos preparamos para voltar a conviver com as populações dos mundos que nos cercam, as quais aguardam amorosamente o instante em que nosso mundo seja liberto.

Vamos, pois, empunhar os lenços brancos de paz e concórdia e acenar para o Mestre Jesus, pedindo para que a Terra seja, mais uma vez, integrada a essa convivência.


( Extraído do livro Reintegração Cósmica – livro I, de Jan Val Ellam)


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Allan Kardec e a Verdade


Importa que cada coisa venha a seu tempo.
A verdade é como a luz,
o homem precisa habituar-se a ela pouco a pouco,
do contrário fica deslumbrado.


(Resposta à pergunta 628 –  de O livro dos espíritos, de Allan Kardec)


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02 setembro 2015

De um rio pródigo para o mar...


Querido Pai, estou voltando...

Depois de gastar o que lhe pedi.

Venho de terras longínquas onde corri dissolutamente.

Por acreditar que os rios fossem eternos e os homens sábios, ofereci minhas águas para atender a todas as satisfações possíveis, na ilusão de ser um fator condicionante para o desenvolvimento econômico.

Mas, presenciei com dor e espanto, a derrubada das minhas matas ciliares.

Em troca, recebi a monotonia das forrageiras e o pisoteio do super pastoreio.

Queimaram a fertilidade dos solos que me margearam.

Com tristeza, ladeado de pragas e pestes, tive de contemplar a desfiguração da paisagem pela erosão.

E na ânsia de dormir para esquecer a realidade só me restou a enganosa opção pelos agrotóxicos.

Hoje estou viciado em defensivos e pesticidas.

Ah! Bondoso pai...

Preciso esquecer a minha insatisfação.

Garimparam a minha autoestima.

Também queria lhe contar que absorvi desesperado o choro das cidades sobre as minhas corredeiras...

Densas lágrimas nascidas dos esgotos domésticos e industriais.

Prantos sem porvir. Águas inquietas.

Mas, agora percebi a grande sede e padeço necessidades...

E com minhas últimas quedas reuni uma pequena sobra de energia, atributo dos rios cujas águas despencam das pedras, para lhe suplicar: quero regressar, mesmo não sendo digno de ser chamado seu filho e desfrutar da sua oceânica compaixão...

Tenho saudades dos jardins de corais da nossa casa, a morada do arco-íris.

E então, em seu colo profundo, descansarei as águas feridas no sedoso tapete das suas areias para desfrutar das marés vivificantes.

Pai, repito, estou voltando, em plena mansidão, como convém a todo rio que se aproxima do mar...

Prepare a minha festa. Já posso imaginar a sua voz dizendo:
Trazei depressa a melhor roupa, adornada de estrelas-do-mar. Ponde-lhe o anel de pérolas e a carícia do vento, meu filho pródigo retornou...”

No entanto, se algum dia, a consciência renascer nos locais por onde passei, juro que lhe suplicarei mais uma chance....

E assim, minhas águas evaporadas pelo calor do Sol formarão nuvens e retornarão ao leito original, pelo milagre das chuvas.

E novamente, serei um rio, parte de todos os seres vivos.

Por enquanto, peço-lhe perdão por lavar a roupa suja em casa.



(Lélio Costa e Silva)







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