“Gosto das mãos. Dos pulsos. Das veias.
De todo o conjunto que transpira masculinidade ou feminilidade.
Refletem o ser global.
A forma como tratam tudo o que é exterior ao corpo e o próprio corpo.
As mãos são fundamentais.
A forma como agarram, como tocam, como acariciam, como agridem.
São tudo...
A defesa, a redenção, a repulsa, a aproximação. A conquista ou a derrota.
As minhas parecem que nunca deixarão de ser de menina, falta-lhes amadurecer,
provavelmente reflexo do que me falta a mim.
Guardo em mim as tuas mãos
cheio de saudade do teu corpo
mas o tempo ensinou-me que
devo te deixar partir...
As recordações serão minhas.
Nunca mais guardo as tuas mãos.”
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