“Ando com medo de gastar as mãos na tua pele.
Desfazer os meus lábios na tua boca.
Trocar a cor dos meus olhos pela a dos teus.
Perder-me em esperas ao fundo da tua rua.
Ando assim em meio amor,
a dividir por metades o que posso ter,
a desenhar-te nas paredes dos quartos,
a adivinhar-te nas sombras deslumbradas.
Tenho um desejo intrépido que me carrega pelos braços,
que me leva aos lugares onde já estivemos
para trazer de lá o que ainda resta de ti,
porque já não aguento o colo vazio.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário