Através de antigos relatos hebraicos Lilith teria sido a primeira mulher de Adão. Foi criada a partir do próprio corpo de seu amado.
Vários textos históricos citam uma variante, a criação de Lilith, a primeira mulher, feita em igualdade de condições com o primeiro homem, e expulsa do Paraíso por tentar fazer valer essa igualdade.
Por seu temperamento indomável, ousado e questionador, Lilith não tardou a desentender-se com seu apaixonado Adão e com o próprio Criador. Sendo assim rapidamente substituída por uma jovem não menos bela contudo, de temperamento mais passivo de nome Eva.
Não se sabe com certeza de que forma a lenda de Lilith, esta primeira companheira de Adão, foi banida da versão Bíblica da Igreja. Relata-se que foi banida do Paraíso em direção ao Mar Vermelho e mais tarde retirada definitivamente das atuais versões da Bíblia Cristã.
Lilith representa antes de tudo a busca de sua própria afirmação. É também a mulher tentadora, sedutora, e que fascina por seus poderes perturbadores. Ela é silenciosa, secreta, cortante. É aquela que os homens temem embora se sentindo atraídos por ela.
Encarnando o feminino negativo, Lilith transfigura-se, posteriormente, em inúmeras deusas lunares (Ihstar, Astarte, Isis, Cibele, Hécate), arquétipos das forças incontroláveis do submundo – a Lua Negra.
Até ser personificada pela bruxa, na Idade Média, contra a qual o homem moveu uma das mais sangrentas perseguições de toda a sua história.
Ironicamente o mito de Lilith, antes visto como um demônio, hoje é símbolo das lutas femininas.
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