14 novembro 2010

Psiquiatria e Espiritismo


O conflito entre Psiquiatria e Espiritismo tomou vulto entre nós, em virtude do crescimento do movimento espírita. O preconceito religioso influi muito na questão, estimulando o preconceito científico. Mas as últimas conquistas das Ciências abriram uma perspectiva de trégua.

Coube a um famoso psiquiatra norte americano, Ian Stevenson, dar novo impulso às pesquisas sobre a reencarnação. Na URSS o psiquiatra Wladimir Raikov, da Universidade de Moscou, reconheceu o fenômeno de lembranças de vidas anteriores e iniciou pesquisas a respeito, partindo do pressuposto de sugestões telepáticas. Hoje há grande número de psiquiatras espíritas, o que estabelece o diálogo entre os campos opostos.

Muitos enigmas da Psiquiatria se tornaram mais facilmente equacionáveis para uma solução. Entre eles, talvez o mais complexo, que é o da Esquizofrenia. Certos casos de amnésia, em que os pacientes substituem a memória atual por outra referente a uma possível vida anterior, lançaram nova luz sobre o intrincado problema.

A divisão da mente, a diluição da memória, o afastamento da realidade parecem denunciar uma espécie de nostalgia psíquica que determina a inadaptação do espírito à realidade atual. Teríamos dessa forma um caso típico de auto-obsessão nas modalidades variáveis da Esquizofrenia.

Os casos se agravam com a participação de entidades obsessoras geralmente atraídas pelo estado dos pacientes. Eles se encontravam em estado de ambivalência e são forçados a optar pelo passado ante a pressão obsessiva. Este é mais um fato favorável à prática da desobsessão.

Psiquiatria e Espiritismo podem ajudar-se mutuamente, ao que parece em futuro bem próximo. Não há portanto razão para condenações psiquiátricas atuais dos processos espíritas de cura dos casos de obsessão.

(Fonte: www.espirito.org.br )

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