Os grandes fenômenos da Natureza, os que consideramos como perturbação dos elementos, tem um fim providencial.
Tudo tem uma razão de ser e nada acontece sem a permissão de Deus. Às vezes têm, como imediata razão de ser, o homem.
Existem forças conscientes e inconscientes que atuam sobre a Natureza,sempre sob o comando dos Engenheiros siderais, co-criadores com Deus, que a tudo planejam e supervisionam.
Tudo, na Natureza, obedece a leis perfeitas, que o homem ainda não consegue desvendar apenas por meio de suas precárias faculdades racionais, ignorando que há um “princípio inteligente que preside os nossos destinos”.
Na maioria dos casos, entretanto, têm por único motivo o restabelecimento do equilíbrio e da harmonia das forças físicas da Natureza.
Os Espíritos exercem ação sobre a matéria e são os agentes da vontade de Deus, alguns dentre eles exercem certa influência sobre os elementos para agitá-los, acalmar ou dirigir.
Dizem existir Espíritos que habitam o interior da Terra e presidem aos fenômenos geológicos. Ora, tais Espíritos não habitam positivamente a Terra. Presidem aos fenômenos e os dirigem de acordo com as atribuições que têm. Dia virá em que teremos a explicação de todos esses fenômenos e os compreenderemos melhor.
Os Espíritos que presidem aos fenômenos da Natureza, alguns, um dia, farão parte da categoria hominal, outros já foram encarnados como nós.
Esses Espíritos agem na hierarquia espírita conforme seja mais ou menos material, mais ou menos inteligente no papel que desempenhem. Uns mandam, outros executam. Os que executam coisas materiais são sempre de ordem inferior, assim entre os Espíritos, como entre os homens.
Na produção de certos fenômenos, das tempestades, por exemplo, elas não são obras de um só Espírito. Para produzirem esses fenômenos reúnem-se em massas inumeráveis.
Os Espíritos exercem ação nos fenômenos da Natureza; alguns operam com conhecimento de causa, usando do livre-arbítrio, outros apenas por efeito instintivo ou por irrefletido impulso.
Enquanto ensaiam para a vida, esses Espíritos antes que tenham plena consciência de seus atos e estejam no gozo pleno do livre-arbítrio, atuam nesses fenômenos, os quais inconscientemente se constituem os agentes.
Primeiramente, executam. Mais tarde, quando suas inteligências já houverem alcançado certo desenvolvimento, ordenarão e dirigirão as coisas do mundo material.
Depois, poderão dirigir as do mundo moral. É assim que tudo serve e se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou por ser átomo.
Admirável lei de harmonia, que o nosso acanhado espírito ainda não consegue compreender em seu conjunto!
fonte: Livro dos Espíritos
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