07 março 2011

A Mulher e a Espiritualidade


Em certas regiões do mundo, a inferioridade moral da mulher procede do domínio injusto e cruel que o homem exerceu sobre ela.
Uma conseqüência das instituições sociais e do abuso da força sobre a debilidade. 
Entre os homens pouco adiantados do ponto de vista moral a força é o direito.

Para assinalar funções particulares, a mulher é fisicamente mais fraca do que o homem, este se destina aos trabalhos rudes, por ser o mais forte; a mulher aos trabalhos suaves; e devem ambos a se ajudarem mutuamente nas provas de uma vida cheia de amarguras.

A debilidade física da mulher não a coloca naturalmente na dependência do homem; Deus deu a força a uns para proteger o fraco e não para o escravizar.

As funções a que a mulher foi destinada pela Natureza têm tanta importância quanto as conferidas ao homem e até maior; é ela quem lhe dá as primeiras noções da vida.

A emancipação da mulher segue o processo da civilização, sua escravização marcha com a barbárie. 
Os sexos, aliás, só existem na organização física, pois os Espíritos podem tomar um e outro, não havendo diferenças entre eles a esse respeito. Por conseguinte, devem gozar dos mesmos direitos.

Deus adequou a organização de cada ser às funções que ele deve desempenhar. Se deu menor força física à mulher, deu-lhe ao mesmo tempo maior sensibilidade, em relação a delicadeza das funções maternais e a debilidade dos seres confiados aos seus cuidados.

(Allan Kardec)

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