22 junho 2011


Senhor, mesmo sabendo que não sou forte, capacita-me para seguir em frente, mesmo que a tempestade me açoite o rosto empurrando-me para trás,

Quando sentir-me com o poder dos vulcões, segura-me pelos ombros e faz-me frágil, para que o meu desvario não machuque os que estão ao meu redor, mesmo que distantes – por isso faz-me brando,

Quando sentir-me poderoso, dominando os compêndios da ciência do homem, faz-me sábio o bastante para que eu entenda que todo o conhecimento brota da generosidade de Teus gestos para comigo,

Quando sentir-me o pior de todos, toma-me em teus braços e carrega-me para que eu possa compreender que a minha pequenez, longe de ser um mal, é a constatação de meus limites de humano e de filho, de criança que aprende - eternamente um aprendiz,

Quando estiver cego de ódio, faz-me vomitar, pois Tu e somente Tu sabes, o quanto faz mal carregar dentro de mim a podridão dos sentimentos que paralisam minha busca por Ti,

Nos dias em que a inspiração não for tão aflorada, dá-me humildade de compreender, que toda sabedoria vem de Ti, e que é preciso aprender com a escassez e com a fartura, valorizando cada uma,

Quando Te pedir, mesmo em súplica, algo que não seja para o meu bem, tapa os Teus ouvidos e decodifica meu pedido, por que só Tu sabes o que é melhor para mim, ontem, hoje e sempre,

Quando eu disser e fizer coisas sem sentido, e por isso me martirizar e condenar, faz-me compreender minha necessidade de auto-perdão, par que eu não me castigue a ponto de destruir meu corpo que é o templo do Teu santo espírito,

Por fim, Tu sabes o poder das palavras, por isso protege minha boca, Senhor, para que dela saia apenas o manjar das frases que fazem sentido, e que semeadas possam frutificar a sinfonia de um mundo compartilhado com amor.

Que assim seja! 

(Autor desconhecido)

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