23 outubro 2011

Coma prolongado


Um acidente – São Paulo 2003

José Francisco passeia de bicicleta com as filhas e não percebe que a avenida está ficando cada vez mais cheia de carros. 

Tentando avisar as meninas acaba se descuidando e é atingido em cheio. Foi rapidamente internado, sofreu um trauma de crânio e está em coma grave na UTI de um hospital público.

Passam-se 15 dias sem que haja melhora alguma. A família o visita nos horários liberados pelo hospital e deixam extravasar a tristeza de verem um parente querido nessa situação.

O outro lado

Com o acidente José Francisco perde totalmente a consciência por 8 dias. 

Para os médicos ele aparenta ainda estar em coma quando na verdade já consegue perceber ruídos e imagens em volta de si. 

Tudo é muito estranho. Percebe aos poucos que está acamado e sob cuidados constantes de quem está ali cuidando do seu corpo. 

Ele descobre que, na verdade vive duas situações: ora confuso e sonolento dentro do corpo e ora, fora dele, vê outra realidade.

Quando os parentes se aproximam, sente toda emoção que eles expressam sem palavras. Sente necessidade de chorar junto e faz de tudo para que eles saibam que está vivo. Percebe lhe escorrer as lágrima e a respiração se tornar ofegante

Diamantina, Minas Gerais – 1890

Dois aventureiros seguem por uma trilha acompanhados por animais de carga. Transportam duas sacolas com esmeraldas que escavaram nas frestas de uma pedreira.

No cair da noite, José Francisco que está ali vigilante, arquiteta o crime e põe fim a vida do companheiro Tonico Rosa. Vai desfrutar pelo resto da vida a fortuna que as pedra vão render na cidade.

A vingança

Fora do corpo Tonico nunca mais deu folga a José Francisco. Mais de um século depois é ele quem está ali na hora do acidente com a bicicleta. E é esse o tormento que José Francisco passa a refletir na internação da UTI.

Sem que os médicos encontrem qualquer explicação, José Francisco passa a apresentar seguidas convulsões que agravam cada vez mais o seu estado de coma

Finalmente a justiça

Nosso Tonico Rosa era natural de Cruzeiro do sul e estava em Diamantina em busca de riqueza quando sua vida foi interrompida pela ambição de José Francisco. 

Nessa ocasião Tonico deixou desamparadas a viúva e a filhas recém-nascidas – Valéria e Vitória.

Voltando ao Hospital 

Tonico continua agredindo o cérebro de José Francisco que persiste convulsionando. 

Chega a hora de visitas e adentram no salão as duas filhinhas de José Francisco. São Valéria e Vitória que a Justiça Divina instalou no seu lar para receber de volta a herança a que têm direito

Assim que são reconhecidas, Tonico Rosa não contem o pranto convulsivo e sede aos apelos de entidade espiritual que o acolhe para uma instituição educacional na espiritualidade.




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