15 outubro 2011

O pior naufrágio é não partir


A existência de cada ser humano é uma aventura singular rumo à auto-realização pessoal e trans-pessoal.

Somos filhos e filhas de uma promessa que nos fizemos quando nos convocamos a existir numa coordenada tempo-espaço. Viemos trazer uma diferença, mínimo que seja.

Há uma tarefa intransferível a cada um de nós destinada. O grande desafio existencial é realizar a semente que há no interior de nosso próprio Mistério. E como dizem os bons navegantes, o pior naufrágio é não partir.

O Mestre dos Mestres é a Grande Vida. O supremo guru é aqui-agora.

Como Aprendizes da vida, cabe-nos a tarefa de fazer doação do que aprendemos e realizamos. Doar do que temos, doar do que sabemos. Sobretudo, doar do que somos.

Assim, somos ao mesmo tempo discípulos e mestres. Sempre há o que facilitar para outros. O perigo é a estagnação em apenas um desses pólos da dinâmica evolutiva: esclerosar-nos ou como mestre ou como discípulo.

E se o nosso Caminho tiver um coração, aprenderemos gradativamente a amar.

Saibamos ou não, a existência é uma Escola onde o Amor é a lição essencial. É na exata medida da nossa capacidade de amar que nos tornamos seres humanos plenos.

Por isso os Antigos diziam que o Ser Humano ainda não nasceu. Estamos a caminho, em marcha rumo ao que realmente somos.

Afirmava Graf Durckheim, segundo Leloup, que o bom mestre é como um bom posto de gasolina onde cada pessoa se abastece para seguir o seu próprio caminho.

Em torno deste tema tão fundamental é que Thales Pereira discorre em seu livro. De forma simples e poética, o autor conta estórias que apontam para o horizonte de um viver amoroso e pleno. Desejo ao leitor uma boa viagem.


(Roberto Crema)

(prefácio do livro "Teia de Luz - Quando a vida tece um caminho de amor" , de Thales Pereira)







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