Nós não precisamos esperar morrer e nascer novamente para estabelecer uma meta de mudança em nossa maneira de ser.
Podemos decidir isso aqui, na Terra, enquanto ainda vivos.
Não é necessário morrer, subir para o Mundo Espiritual, voltar para cá, escolher o próximo útero, instalar-se lá dentro por 9 meses, nascer, passar por tudo aquilo que passa um neném recém-nascido, mamar, usar fraldinha, fazer xixi, fazer cocô, aprender a firmar a cabeça, a sentar, a caminhar, a falar, entrar na escolinha, ir na pracinha, nos colocarem para assistir os programas infantis na televisão, ir no pediatra, fazer vacina, ir crescendo, olhando em volta como é esse mundo dos grandes, aquela agitação toda, gente bebendo, gente fumando, ficando grandinho, virando um mocinho ou uma mocinha, entrando no Colégio, querendo ser igual aos outros, vestindo as roupas da moda, escutando as músicas da moda, achando que está tudo certo, ou tudo errado, procurando a nossa identidade, ficando grande, querendo ser igual aos outros, ou querendo ser diferente, a vida passando, a gente tentando se entender, parece que é tudo de novo, a nossa personalidade aflorando, as virtudes, os defeitos, os traumas surgindo, as alegrias, as tristezas, os encantos, os desencantos, as vitórias, as derrotas.
Vamos ficando maiores, adolescentes, depois adultos, casamos ou não, temos filhos ou não, ficamos velhos, se não morremos antes, nos sentimos bem ou não, parece que falta algo, não sabemos bem o que é, parece que está tudo certo ou tudo errado, e vamos indo, depois morremos, subimos para o Mundo Espiritual, lá chegamos, aí vamos lembrando que foi apenas mais uma viagem, e que a finalidade dela, e de todas as outras, é o encontro conosco mesmo, saber o que já está bom, o que ainda precisa ser melhorado, o que necessita realmente de mudança, de transformação.
Vamos ficando melhores, mais calmos, mais lúcidos, como que acordando de um sono, preparando à nossa volta, para mais uma descida para cá, escolher um novo útero, aquela mãe que precisamos, o pai que Deus nos dá, a família adequada aos nossos interesses (evolutivos), a classe social, a cor da pele, o país, o que nos ajudará a aflorar o que é positivo de dentro de nós e o que ainda não é, e um dia vamos diminuindo e vamos nos instalando dentro da nova casinha, e recomeça tudo de novo.
Mas não precisamos esperar nascer de novo para tentar melhorar mais do que viemos melhorando nesses últimos séculos ou milênios.
Não precisamos fazer tudo isso para, durante a próxima descida, passar por um novo teste, para despertar, perceber o que somos e onde estamos, quem somos e o que parecemos ser, não precisamos mais perder tempo, embora o tempo nem exista, não precisamos sofrer mais do que o necessário, não precisamos continuar nos deixando dominar pelas palavras convincentes do nosso eu temporário.
A Psicoterapia Reencarnacionista chegou na Terra, ela é a mesma Terapia utilizada no Mundo Espiritual, no período inter-vidas, quando lá estamos, nos libertando de nós mesmos, percebendo que somos todos iguais, entendendo o que é estar encarnado, qual a função disso tudo, o que é descer para encontrar a libertação, o que é subir para perceber que ainda não foi dessa vez...
Podemos fazer um renascimento aqui, agora, a partir desse momento, sem necessidade de morrer e voltar e tentar de novo.
Mas para promovermos um renascimento durante a vida encarnada, é necessário uma profunda análise do que somos e do que até agora achávamos que éramos.
É preciso a coragem de admitir que estivemos enganados esse tempo todo e que a maioria das pessoas quando na Terra, ainda estão.
É obrigatória a disposição de desapegar-se de si mesmo, de seus rótulos estabelecidos, é imprescindível deixar de sentir-se um alguma coisa e começar a perceber-se um no todo.
Morrer a casca e voltar em nova casca, é com grande possibilidade, cair novamente dentro da Grande Armadilha, nos próximos rótulos, nas próximas aparentes verdades.
Podemos iniciar o Renascimento agora, vendo o que antes não víamos, lembrando que somos eternos, somos Luz, e que podemos nos libertar, sair de dentro dessa casca, sem precisar morrer para isso. [...]
Quando morre a nossa casca, a nossa Consciência sai de dentro dela e vemos que estivemos todo esse tempo acreditando que aí era o nosso lugar e começamos a perceber que era apenas a nossa prisão, sem portas, sem janelas, sem grades, a auto-prisão de viver na ilusão de ser um só, quando somos todos e Tudo.
Com a Psicoterapia Reencarnacionista e o Telão aqui na Terra, podemos recordar encarnações passadas, podemos recordar nossas subidas para o Mundo Espiritual, como fomos enquanto aqui estávamos, como nos sentimos quando para lá voltamos, o que avaliamos de nossas passagens pela crosta, do que nos sentimos satisfeitos, em que nos frustramos, o que descobrimos (no sentido real de des/cobrir), do que nos envergonhamos, o que decidimos, como seria da próxima vez, e da próxima vez, e da próxima vez... e desta vez.
O Renascimento é possível, mas exige uma disposição, e essa disposição requer libertação e isso é o que mais nos amedronta.
Todos queremos ser livres, sem nada nos segurando, mas todos optamos pela incerta segurança do estabelecido.
Queremos voar mas ainda nem sabemos caminhar. Ansiamos por enxergar mas não abrimos os olhos. Queremos escutar mas tapamos os ouvidos com a gritaria e a barulheira do mundo externo e, principalmente, do nosso interno. Queremos sentir paz, mas não nos permitimos parar de pensar e senti-la.
É possível renascer agora, dizendo melhor, começar a renascer.
Mas, como uma lâmpada que há muito tempo está ali, acesa, no meio da vida, adquiriu muita fuligem e a sua luz está fraquinha, é necessário pegarmos um paninho, bem suave, delicadamente, e começarmos a retirar a fuligem, e quanto mais limpa, mais luz vem ressurgindo, vai limpando, vem mais luz, tirando a fuligem, mais luz.
Não precisamos buscar luz fora de nós, só precisamos tirar a fuligem.
E isso agora, quando os nossos Mentores Espirituais nos deram esse presente: a Psicoterapia Reencarnacionista.
Se não agradecermos a Eles, resolvermos aproveitar esse presente e pegar o paninho, quando o receberemos novamente?
(Mauro Kwitko)
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