14 fevereiro 2012
Um Espírito carnavalesco
João era um folião incansável, pulava até ao som de radinho de pilha.
Fanático por carnaval, não perdia nada, saía na quinta e só voltava dias depois da quarta de cinzas. Ia no bloco, na pipoca, camarote...
Fumava, cheirava, injetava, bebia todas e mais uns goles. Beijava muito, pegava muito e muito brigava. Era desses "malhados" com força física e mente tísica.
Naquela terça, finzinho de folia, após distribuir muita pancada, uma punhalada certeira o levou ao chão.
Sem nem se dar conta do próprio desenlace, abandonou o corpo e seguiu os derradeiros acordes daquele carnaval.
Três carnavais passados e o Espírito festeiro prossegue, vampirizando os desavisados, sorvendo as sensações, saciando-se nos vícios e desregramentos dos incautos, manipulando violentos e inconsequentes, estabelecendo enfermiças sintonias em dolorosas simbioses.
Como ele, muitos outros, emergem das suas sombras existenciais, para o "curtir" dos prazeres da matéria. Como "tal homem, tal Espírito", atrás do trio elétrico, também vai quem já morreu.
(Antonio Pereira - Apon)
Fonte: http://www.aponarte.com.br/2012/02/um-espirito-carnavalesco.html#ixzz1mOWFbmVV
Olá!
ResponderExcluirMe sinto honrado quando meus textos são citados em outros Sites ou Blogs. Pois é sinal que o escrito encontrou ressonância na mente e no coração de alguém.
Só não gosto, quando algumas pessoas omitem a autoria ou assumem-na como fizeram com meu poema: A pedra. Aí a admiração vira plágio e plagiador é uma figurinha abjeta e nefasta.
Um abração.
Antonio!
ResponderExcluirSou eu a sentir-me honrada com sua visita a meu Blog,ok?...
Aliás o termo "meu" é equivocado, pois este Blog é simplesmente uma pequena homenagem àqueles que,com certeza,darão um destino melhor a este nosso planeta azul!...
abços
Wania