11 março 2012

Deixei Rastros


Ao partir, deixei rastros...
Na saudade, desenhados sem alarde.
Rastros deixados para que me seguisses
tristes passos, forjados
em tão poucos traços!

Ao partir, deixei rastros...
Na esperança contida de retornar um dia
na fixa idéia de quem sabe,
voltar a abraçar-te.
Deixei traços,
levando meus percalços!

Ao partir, deixei traços...
Embebidos por minhas recolhidas lágrimas.
Fincados no chão, então,
árido de tua alma,
deixei traços perdidos
em meio a uma forjada calma!

Ao partir, deixei rastros...
Neles gravados pedaços de um amor calado.
Preferiste deixar-me ir, tendo silenciado,
e eu parti levando o meu olhar desencantado...

Deixei rastros...
ao partir, retalhos vivos de um coração,
que um dia pensei, ser todo de aço.
Passos derrotados pelo cansaço.
Ilusões contidas na insensatez...
de cada traço!

(Theca Angel)



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