Sempre me incomodou o
ditado “Ser mãe é padecer no Paraíso”. Não concordo e vou lhe
explicar, agora, o meu ponto de vista a esse respeito.
Ser mãe é uma
experiência incomparável na vida das mulheres e pode tanto trazer
motivos para comemorar quanto motivos para chorar. Na verdade,
alegria ou decepção na maternidade vai depender mais de você –
MÃE – do que dos filhos, porque, independente dos filhos que
tiver, você jamais perde o seu valor como mãe, como mulher e como
ser humano.
Ao se tornar mãe,
procure se libertar das ilusões de que seus filhos serão o que você
sonha para eles. Essas idealizações exageradas das mães são o
caminho para as grandes decepções que vemos nas famílias.
Entenda que você está
criando seres humanos e, como tal, aceite a humanidade de seus
filhos.
Ninguém é perfeito,
nem mesmo você. Essa conscientização lhe ajuda a não sofrer com a
ingratidão daqueles a quem você dedicou tanto amor e zelo ao longo
da vida.
Por mais que você
tenha exemplificado os melhores valores para seus filhos, pode
acontecer de um ou outro filho não ser e fazer o que você esperava.
Nesse caso, não se culpe e entenda que é impossível mudar a
natureza de uma pessoa, a menos que ela mesma decida mudar.
Procure encaminhar seus
filhos, desde pequenos, para uma religião. Esta ligação com Deus
dará a eles e a você mais condições para enfrentarem as naturais
adversidades da vida.
O ideal para você,
como mãe, é exercer em família o amor-exigente, aquele amor
maduro, sem apego, e severo com os comportamentos inadequados de seus
filhos. Quando precisar chamar a atenção de um filho, diga: “Meu
filho, eu te amo muito, mas não amo e não aceito esse seu
comportamento”.
Para que você não
venha a sofrer com a maternidade – “padecer no Paraíso” –,
reforce seu amor próprio e aprenda a amar seus filhos
incondicionalmente, sem cobranças e sem esperar retorno ou gratidão.
O que vier de bom será pura alegria!
Desejo a você que
possa exercer a maternidade com mais sabedoria e seja muito feliz!
(Eliana Barbosa )
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