Um escritor morava numa praia tranqüila.
Era o seu refúgio para buscar inspiração e para trabalhar longe da agitação da cidade.
Certo dia, viu um vulto que parecia dançar à beira d'água.
Ao chegar perto, reparou que o tal vulto era, na verdade, um menino que jogava estrelas-do-mar de volta para a água.
Intrigado, perguntou ao menino o que ele estava fazendo.
-Você não vê!? ... disse o garoto. E completou:
-Com este calor, as estrelas-do-mar irão morrer na areia.
O escritor ficou espantado e disse:
-Mas há muitos quilômetros de praia por todo o mundo e milhares de estrelas-do-mar por suas areias espalhadas
Que diferença vai fazer devolver umas dez ou vinte se tantas outras irão morrer?
Isto parece não ter sentido.
Aí o menino olhou para o homem, pegou mais uma estrela-do-mar e jogou de volta para a água. E disse:
-Para esta eu fiz a diferença...
O escritor sentiu como se algo o tivesse atingido lá no fundo da alma.
Saiu dali pensativo. Não conseguiu dormir naquela noite.
Pela manhã, lá estava o vulto dançando novamente na praia.
Vagarosamente o homem foi chegando; timidamente juntou uma estrela-do-mar e jogou para a água...
E em poucos minutos dois vultos dançavam nas areias de uma praia tranqüila.
(Autor desconhecido)
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