Um livro que fala do sofrimento humano à luz da Filosofia, da Biologia e do Evangelho.
Uma visão límpida e inteligente sofre o ato de sofrer e como enfrentá-lo quando este é inevitável.
Nada vem até nós por acaso. Assim como este livro do filósofo Huberto Rohden...
Abaixo um pequeno trecho para nossa reflexão.
Boa leitura!
* * *
Este livro é um dos meus livros mais lidos.
Por quê?
Porque focaliza um fenômeno universal da humanidade.
Sei de pessoas que estavam em vésperas de suicídio, leram alguns dos capítulos deste livro – e vivem até hoje, resignadas com os revezes da vida.
Se o sofredor não chegou a ser um regenerado, pode, pelo menos, deixar de ser um revoltado, e viver como um conformado.
Poucos podem evitar o sofrimento – todos podem aprender como sofrer.
O principal não é não-sofrer – o principal é saber-sofrer.
Querer consolar alguém em pleno sofrimento, nem sempre é possível; o remédio contra o sofrimento deve começar antes de qualquer sofrimento – assim como a vacina contra uma doença deve ser aplicada em plena saúde.
Napoleão Bonaparte, interrogado quando devia começar a educação de uma criança, respondeu “pelo menos 20 anos antes dela nascer”.
Assim, a profilaxia contra a dor não pode ser dada no momento da tragédia, mas em plena bonança e saúde; o remédio não consiste num ato transitório, mas numa atitude permanente do homem.
Se o homem não assumir uma atitude de verdade e compreensão sobre si mesmo e harmonizar a sua vida com essa consciência, não encontrará consolo na hora do sofrimento.
O sofrimento atinge o nosso ego humano, e não o nosso Eu divino.
Quem confunde o seu ego periférico com o seu Eu central, não tolera o sofrimento.
Na presente edição do livro, modificamos quase todo o conteúdo das edições anteriores, dizendo de um modo mais direto e claro o que outrora era dito mais literariamente. Substituímos muitos capítulos por outros.
Tratamos mais da alma do que do corpo e do sofrimento. Frisamos que nem todo sofrimento é débito – há muito sofrimento-crédito, e há também sofrimento substitutivo, por culpas alheias.
O principal, repetimos, não é não-sofrer – o principal é saber-sofrer.
E este saber-sofrer supõe que o homem conheça a verdade sobre si mesmo, porquanto “conhecereis a verdade – e a verdade vos libertará”.
Também nos libertará da revolta contra o sofrimento.
(Huberto Rohden – in “Porque sofremos”, Ed. Martin Claret)
* * *
É difícil falar do Rohden sabia?
ResponderExcluirNão são muitos que conhecem a profundidade e sabedoria deste grande ser humano,e nem é muito comentado...
Excelente post e homenagem,parabéns!
Olá Ricardo!...
ResponderExcluirEste livro veio até mim como um presente!...e tudo que pode nos fazer refletir e melhorar como seres humanos, merece estar aqui...
abços e obrigada pela visita!