Henri Sausse registrou
na biografia de Allan Kardec que, embora o Codificador do Espiritismo
fosse digno e sóbrio e se ocupasse com assuntos elevados, “gostava
de rir com esse belo riso franco, largo e comunicativo, e possuía um
talento todo particular em fazer os outros partilharem do seu bom
humor”.
Aqui no Brasil, nós
tivemos, no meio espírita, os bons exemplos de Chico Xavier. Narram
os seus biógrafos que embora ele estive sempre ocupado com as suas
atividades mediúnicas nobres, sabia conservar a gentileza, esbanjar
simpatia e manter o bom humor com todas as pessoas que o procuravam
ou o cercavam. Assim, melhorava a confiança, a esperança e a
alegria na alma das pessoas que se achegavam ao seu amor e carinho.
Fora do meio espírita,
talvez o exemplo mais relevante do valor do bom humor esteja nas
ações dos “Doutores do Riso”. Estimulando-o, conseguem
despertar a alegria para que pessoas doentes melhorem o sistema
imunológico, superem estados depressivos, elevem os sentimentos, as
emoções e os pensamentos favorecendo a recuperação da saúde
física e mental e da qualidade de vida.
Dessa forma, o bom
humor, acompanhado sempre do equilíbrio e do bom senso, deve ser
exteriorizado por nós no lar, no ambiente de trabalho e no convívio
e no relacionamento com as pessoas que nos cercam, inclusive nas
atividades do Centro Espírita.
Quem de nós não
conhece alguns espíritas que souberam ou sabem fazer preleções
doutrinárias ou evangélicas com notável senso de humor,
tornando-as descontraídas, agradáveis, proveitosas e inesquecíveis?
Que ante a situações
constrangedoras, superam-nas com extraordinário bom humor? Que no
atendimento às pessoas enfermas, tristes ou depressivas, usam doses
certas de bom humor, para aconselhar, dissipar as trevas na mente e
recuperar o ânimo, a alegria, o sorriso, a saúde espiritual e o
bem-estar?
Portanto, o bom humor
deve estar em nosso estado da alma e entre as nossas atitudes mentais
elevadas. Assim, o trabalho rende mais; a prática da caridade e do
bem frutifica melhor; os deveres morais são cumpridos com
descontração; e a convivência com os semelhantes fica mais amena e
saudável.
E quanto às
manifestações humorísticas dos semelhantes, lembremo-nos sempre da
lição do Espírito Mariano José Pereira da Fonseca, psicografada
por Chico Xavier e contida no Capítulo “Reflexões”, do livro
“Falando à Terra”: “Não arruínes o bom humor de quem
segue ao teu lado, porque a alegria é sempre um medicamento de
Deus”.
(Geziel Andrade)
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