Quereis conhecer o segredo da morte.
Mas como podereis descobri-lo se não o procurardes no
coração da vida?
A coruja, cujos olhos, feitos para a noite, são velados ao
dia, não pode descortinar o mistério da luz.
Se quereis realmente contemplar o espírito da morte, abri
amplamente as portas do vosso coração ao corpo da vida.
Pois a vida e a morte são uma e a mesma coisa, como o rio e
o mar são uma e a mesma coisa.
Na profundeza de vossas esperanças e aspirações dorme vosso
silencioso conhecimento do além; e como sementes sonhando sob a neve, assim
vosso coração sonha com a primavera.
Confiai nos sonhos, pois neles se ocultam as portas da
eternidade.
Vosso temor da morte é semelhante ao temor do camponês
quando comparece diante do rei, e este lhe estende a mão em sinal de
consideração.
Não se regozija o camponês, apesar do seu temor, de receber
as insígnias do rei?
Contudo, não está ele mais atento ao seu temor do que à
distinção recebida?
Pois, que é morrer senão expor-se, desnudo, aos ventos e
dissolver-se no sol?
E que é cessar de respirar senão libertar o hálito de suas
marés agitadas, a fim de que se levante e se expanda e procure a Deus
livremente?
É somente quando beberdes do rio do silêncio que podereis
realmente cantar.
É somente quando atingirdes o cume da montanha que
começareis a subir.
É quando a terra reivindicar vossos membros que podereis
verdadeiramente dançar.
(Khalil Gibran)
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Belos textos! Sempre acompanho o blog, os textos me dão muita inspiração. Bom dia =)
ResponderExcluirOlá Janaína!
ResponderExcluirSempre haverá alguém, em algum lugar deste planeta azul, para quem as palavras postadas serão mais que belas, talvez preencherão um vazio ou serão uma resposta...eis aí a função deste blog...
Obrigada pela visita,ok?
abços
Wania