Desacostumamos a ficar tristes, desacostumamos a parar,
olhar para dentro, olhar para si.
Hoje, chegar ao trabalho, faculdade ou escola um pouco mais
em silêncio, mais calado, pode ser encarado como um sinal de que não se está bem.
Em um tempo em que pensamento positivo está na moda e
entristecer é quase proibido, o voltar-se para si tem sido visto como "estar precisando
de ajuda".
Nada contra ter bons pensamentos a respeito de sua vida, mas
na realidade todos sabemos que não é suficiente e nem sempre é possível se nos encontramos
feridos de alguma forma.
A tristeza é uma função essencial no ser, é importante para
o equilíbrio de nossa vida e no norteamento da nossa conduta.
Como assim?
Então...
É baixando a cabeça, olhando para dentro, no entristecer,
que consegue-se perceber um pouco mais de si, ter um olhar mais crítico para as
atitudes, para os erros.
Como pedir perdão sem
sentir a culpa?
Como transformar-se sem antes haver o curvar-se humildemente
e admitir que o caminho não era esse?
Não conheço ninguém que consiga refletir na euforia.
A tristeza permite ver coisas que a alegria não deixa.
É a partir dela que pensamos, elaboramos e mudamos.
Entristecer não é patológico, depressão sim é doença e
precisa de tratamento com profissionais adequados.
Depressão afeta a funcionalidade cotidiana, o sono, o
comportamento, a libido, o apetite, a memória, a disposição para fazer as coisas do dia-a-dia e a
concentração.
Se a tristeza lhe saiu do controle e você não tem conseguido lidar com ela, admita para
si, procure ajuda profissional adequado e juntos poderão
adentrar no motivo de tudo isso, contribuindo para a busca do reequilíbrio de suas funções.
(Anna Luyza Aguiar)
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