Há tristeza de dois tipos.
Primeiro, são as tristezas diurnas, quando o mundo está
iluminado pelo Sol.
Tristezas para as quais há razões.
Quem não sente essas tristezas está doente e precisa de
terapia para aprender a ficar triste.
Tristeza é parte da vida. Ela é a reação natural da alma
diante da perda de algo que se ama.
Segundo, são as tristezas de crepúsculos.
O crepúsculo é triste. Não há perda nenhuma e a despeito
disso se fica triste.
Talvez porque o crepúsculo seja uma metáfora do que é a
vida: a beleza efêmera das cores que vão mergulhando no escuro da noite.
A alma é um cenário. Por vezes, ela é como uma manhã
brilhante e fresca, inundada de alegria. Por vezes ela é como um pôr-do-sol,
triste e nostálgico. A vida é assim.
Mas, se é manhã brilhante o tempo todo, alguma coisa está
errada.
Tristeza é preciso.
A tristeza torna as pessoas mais ternas.
Se é crepúsculo o tempo todo alguma coisa não está bem.
Alegria é preciso.
Alegria é a chama que dá vontade de viver.
É preciso que a tristeza seja temperada com alegria.
Tristeza, só, é muito perigoso...
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