Acabei, enfim, acabei.
E logo me precipito a enviar-te uma palavrinha!
Amo-te, és a minha
vida, toda a minha vida. Aqui estou, pois, liberto!
Que alegria! Até logo!
Amo-te mais do que
nunca.
E tu, como te sentes
esta manhã, minha alegria? Passaste bem a noite, ao menos? Irei
encontrar o teu belo rosto radioso como o céu, que ontem chorava e
hoje sorri?
Preciso que tenhas
saúde, que me ames, que sejas feliz.
Preciso de ti, da tua
saúde, do teu amor, da tua felicidade.
Sabes, pobre querida,
que podes viver descansada enquanto eu viver.
O céu fez as minhas
mãos para que reparassem a tua vida meio desfeita, a minha alma para
compreender o teu coração e os meus lábios para beijar os teus pés.
(Victor Hugo, in 'Carta
a Juliette Drouet' )
* * *
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