Tudo o que o nosso corpo faz, exceto o exercício dos
sentidos, escapa à nossa percepção.
Não damos conta das funções mais vitais (circulação,
digestão, etc.)
O mesmo se passa com o espírito: ignoramos todos os seus
movimentos e transformações, as suas crises, etc., que não sejam a superficial
ideação esquematizante.
Só uma doença nos revela as profundezas funcionais do nosso
corpo.
Do mesmo modo, pressentimos as do espírito apenas quando estamos em crise.
(Cesare Pavese, in “O Ofício de Viver”)
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