E
seu filho, filha, ou outra pessoa que você ama, simplesmente não
voltasse para casa?
Fosse
na padaria, ou no supermercado, até a esquina...e nunca mais fosse
visto?
Ou
aquele velho pensamento “Comigo não acontece!...Só acontece com os outros....” está
passando pela sua cabeça neste momento?
Pois
devemos conhecer e divulgar o trabalho de uma das importantes instituições, que lutam diariamente na busca de seus desaparecidos: Mães da Sé
Rezar
e evoluir espiritualmente também é isso: agir quando se tem chance, sem esmorecer, com os poucos recursos de que dispomos perante a dor...
*
Mães da Sé
Fundada
em 31 de março de 1996, a Associação Brasileira de Busca e
Defesa a Crianças Desaparecidas (ABCD) nasceu da iniciativa de
duas mães de crianças desaparecidas, Ivanise Esperidião da Silva e
Vera Lúcia Gonçalves.
Elas
quiseram criar em São Paulo uma entidade que atuasse em busca de
soluções para um problema que atinge milhares de famílias no país,
mas que nem sempre chega ao conhecimento da maioria da população: o
desaparecimento de crianças.
Ivanise
e Vera, que hoje ocupam cargos de presidente e vice-presidente da
ABCD, respectivamente, conheceram-se em janeiro de 1996 quando
estavam num grupo de mães de crianças desaparecidas de São Paulo,
que foi convidado a participar das gravações da novela “Explode
Coração”.
Para
quem não se lembra, a novela, de autoria de Glória Perez, levou
para o horário nobre da TV Globo o drama de familiares de pessoas
desaparecidas, dando origem a uma campanha nacional que resultou na
localização de 113 pessoas desaparecidas, entre crianças,
adolescentes e adultos.
Durante
as gravações de Explode Coração, no Rio de Janeiro, Ivanise e
Vera tiveram a oportunidade de conhecer dois grupos que atuavam na
elucidação de casos de desaparecimento de pessoas em outras regiões
do país, as Mães da Cinelândia (RJ) e o Movimento
Nacional em Defesa das Crianças Desaparecidas (PR).
Estimuladas
pelo trabalho desenvolvido por esses grupos, decidiram, então, criar
em São Paulo uma organização semelhante.
Pouco
meses depois de criada, a ABCD começou a ganhar visibilidade na
mídia e o apoio de algumas empresas que, impulsionadas pela novela,
passaram a apoiar a causa da associação.
Paralelamente,
a ABCD iniciou um movimento de mães que se tornou permanente.
Sempre
aos segundos domingos de cada mês, na Praça da Sé, no centro de
São Paulo, um grupo delas leva em próprio punho cartazes com fotos
de seus filhos desaparecidos na esperança de que alguém que esteja
de passagem pela região possa ajudá-las com notícias sobre o
paradeiro de seus entes queridos.
Foi
por conta desses encontros, que não deixam de ser um protesto
silencioso diante da ineficiência do Estado em solucionar o problema
do desaparecimento de pessoas, que a entidade passou a ser conhecida
pelo nome de Mães da Sé (numa alusão às Mães da Praça
de Maio, na Argentina).
Com
a articulação de Ivanise e Vera, a associação aos poucos começou
a contar com o apoio de voluntários.
No
início do ano 2000, por exemplo, conseguiu estruturar dois núcleos
importantes: coordenadoria jurídica e a divisão de apoio
psicológico, passando a oferecer serviços nestas áreas para seus
associados.
Expansão
A
ABCD, que surgiu para atender a uma demanda restrita a crianças
desaparecidas em São Paulo, ampliou seu foco de atuação ao longo
de sua existência. Atualmente, atende a demanda de familiares e
amigos de pessoas desaparecidas em todo o país, independentemente da
faixa etária.
Em
pouco mais de 7 anos de existência, a ABCD já cadastrou mais de
5.000 casos de pessoas desaparecidas em todo o Brasil. Desse
montante, cerca de 15%, ou 762 casos, foram solucionados.
"Tínhamos
um sonho que era o de criar uma entidade que tivesse o reconhecimento
do poder público e de toda a sociedade civil. Graças ao nosso
trabalho, estamos transformando esse sonho em realidade e, de certa
forma, amenizando a dor que sentimos em nossos corações",
conclui Ivanise.
*
Divulgue.
Conheça
mais em http://www.maesdase.org.br/
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