25 fevereiro 2014


É isto que amamos nos outros: o lugar vazio que eles abrem para que ali cresçam as nossas fantasias.
Buscamos, no outro, não a sabedoria do conselho, mas o silêncio da escuta; não a solidez do músculo, mas o colo que acolhe…
Como seria bom se as outras pessoas fossem vazias como o céu, e não tão cheias de palavras, de ordens, de certezas.
Só podemos amar as pessoas que se parecem com o céu, onde podemos fazer voar nossas fantasias como se fossem pipas.

(Rubem Alves)



* * *

Nenhum comentário:

Postar um comentário