23 março 2014

Os Espíritos e as Pessoas Desaparecidas


Os espíritos não poderiam ajudar a localizar as pessoas
desaparecidas, ou eles são tão limitados quantos os vivos?

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Caro amigo/a,


A sua questão é bastante pertinente.

Os Espíritos evoluídos sabem com toda a facilidade quem cometeu um crime, ou onde está alguém desaparecido. Os Espíritos ainda pouco evoluídos, sabem tanto ou menos que nós.

Os Espíritos pouco evoluídos respondem a tudo, tal como aquelas pessoas que nunca deixam de dar uma informação a um viajante, mesmo que não saibam o caminho. Ou aquelas outras que não sabem nada, mas têm opinião sobre tudo.

É este último gênero de Espíritos que se aproxima dos médiuns comerciantes.

Todos conhecemos aqueles anúncios de médiuns que prometem contactar os Espíritos de quem se queira, obter as informações que se queira, e interceder junto desses Espíritos para se obter o que se deseja.

É um comércio que nos parece altamente imoral, por vários motivos:


- Porque parte do princípio de que só quem tem dinheiro pode ser "ajudado";

- Porque parte do princípio de que pagando, se pode obter vantagens muitas vezes imorais e ilícitas sobre os outros;

- Porque quem vende esse tipo de comunicações está a enganar os clientes, dado que não é missão dos Espíritos servirem para essas finalidades; o serviço é fraudulento, porque não logra atingir os resultados anunciados.


No entanto, e como, repetimos, as capacidades dos Espíritos que se prestam a esse tipo de atividades é muito reduzida, os sucessos são episódicos e insignificantes.

Quem tem algum familiar desaparecido, esgotados outros meios, costuma recorrer aos médiuns comerciantes. Sem resultados, pois se os obtivessem, não haveria desaparecido que não se encontrasse!

Então - perguntar-se-á - porque não ajudam os Espíritos evoluídos a encontrar as pessoas desaparecidas? Já que os Bons Espíritos são seres empenhados no Bem, seria justo que ajudassem, dessa forma, a mitigar o sofrimento dos desparecidos e dos seus familiares.

E ajudam, mas não na base da consulta, da evocação.

Não é missão de nenhum Espírito fazer o trabalho que nos cabe a nós, encarnados ("vivos").

Se os Espíritos Superiores viessem ao nosso chamado indicar onde está Fulano ou Cicrano, seria justo que viessem oferecer-nos a cura para a AIDS e para a Gripe A; que viessem indicar a saída para a crise economica mundial; que viessem opinar sobre doutrinas sociais, políticas e financeiras; que nos informassem sempre que nos achássemos em perigo de ter uma acidente de viação; e que providenciassem as nossas necessidades básicas.

Seria subvertida a ordem natural das coisas, pois nós, humanos, a ser assim, andaríamos na dependência dos Espíritos. Foi esse princípio e a exploração que os médiuns comerciantes exercem, que levou Moisés a proibir o contacto com os Espíritos.

Os Espíritos Superiores ajudam, intuindo os investigadores, os que têm por missão procurar as pessoas desaparecidas.

Os Espíritos Superiores ajudam-nos a todos, nas nossas atividades profissionais e na nossa vida em geral, inspirando-nos resignação, paciência, labor, bons sentimentos, zelo.

A nós, cabe ouvi-los ou não.

Temos liberdade de optar.

E é em nome da liberdade de ação que os Espíritos têm a sua intervenção nas nossas vidas limitada pelas Leis de Deus.







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