Ao abordar as manifestações visuais em ‘O Livro dos Médiuns’
(Capítulo VI), Allan Kardec questiona sobre as razões que levam os Espíritos a
se manifestarem visivelmente.
Neste sentido, os Benfeitores da Codificação esclarecem que,
de acordo com a natureza de tais Espíritos, seus objetivos podem ser bons ou
maus.
No caso de alguns Espíritos, a finalidade é “amedrontar e
muitas vezes vingar-se” (questão 6).
Já os Espíritos que vêm com boa intenção, o fazem para
“consolar as pessoas que deles guardam saudades, provar-lhes que existem e
estão perto delas, dar conselhos e, algumas vezes, pedir para si mesmos
assistência” (questão 6-a).
Observando os fenômenos de clarividência e os relatos de
aparições, Allan Kardec, no item 107 de ‘O Livro dos Médiuns’, complementa que
“as aparições não trazem um fim muito determinado, mas pode dizer-se que, em
geral, os Espíritos que assim aparecem são atraídos pela simpatia”.
Ou seja, em função de nossos sentimentos e pensamentos,
atraímos Espíritos de natureza semelhante que, dada as condições para a
produção do fenômeno, far-se-ão visíveis.
Mais além, orientam os Espíritos Superiores que, no caso de
tais aparições, deve-se travar com os Espíritos uma conversação, “perguntando
ao Espírito quem ele é, o que deseja e em que se lhe pode ser útil. Se se
tratar de um Espírito infeliz e sofredor, a comiseração que se lhe testemunhar
o aliviará. Se for um Espírito bondoso, pode acontecer que traga a intenção de
dar bons conselhos” (questão 11).
E as respostas virão, seja por meio de sons articulados ou,
na maioria das vezes, através da transmissão dos pensamentos.
Portanto, como nos diversos campos do relacionamento, a
melhor forma de conhecer as intenções de alguém é perguntando.
(João Paulo de Fáveri)
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