Olá, coração
sensível.
Você anda triste,
porque ninguém o entende?
Releve as fraquezas de
seu próximo, e dê amor, ainda assim.
Conheço uma moça que
se julgava atacada por almas duras e indóceis; e, todavia, era
acompanhada, em verdade, apenas de grandes doutores do além,
reencarnados ao seu lado, para ajudá-la na subida rápida que tinha
de fazer, naquela encarnação.
Conheço outro rapaz,
que se sentia injustiçado por se ver preterido, em casa, em relação
ao irmão mais moço e ele, em verdade, havia sido o algoz de toda
aquela família, em pretérita existência.
E, muito embora
houvesse uma preferência natural dos pais pelo irmão caçula, que
pertencia à família espiritual, nunca lhe faltara atenção,
carinho e mesmo devotamento dos pais, almas abnegadas que suprimiam
todos os impulsos de repulsa instintiva que ele lhes inspirava, pelas
lembranças intuitivas do mal que lhes fizera no passado, para lhe
darem o melhor, em todos os sentidos.
Pense além das
aparências.
Você tomaria uma
grande surpresa se, por um momento, pudesse tomar a perspectiva de
seus mentores espirituais.
Tudo está na mais
perfeita ordem. Reivindicar direitos e impedir abusos é importante.
Entretanto, mais que
isso, para que se não perca o foco do essencial, deve haver uma
sistemática preocupação em cumprir deveres e cumprir o próprio
papel de serviço pelo bem comum.
Somente assim, com essa
prioridade em ver o que é dever e não o que é de direito, pode o
indivíduo estar seguro de enxergar as coisas com mais clareza e
menos tendenciosidade.
Reclamar é fácil… e
perigoso.
Um tóxico que envenena
a mente e a desvia da percepção fidedigna dos fatos, impedindo o
indivíduo de notar os aspectos resolutivos, o lado prático da
iniciativa pessoal para melhorar o próprio quadro de problemas,
fazendo a mente enferma deter-se em padrões doentios de lamentação
sistemática, colocando o incauto como vítima, impotente para
solucionar sua vida.
Cuidado! Prefira ser
prático, lúcido e feliz.
Não tome o caminho da
queixa.
Enxugue suas lágrimas,
pare de se sentir vítima e arregace as mangas, rumo ao trabalho de
edificação do melhor.
Mude o foco, releia sua
realidade, interprete de modo diferente seus problemas, procure ajuda
especializada, seja criativo, buscando alternativas novas – em
suma: não se entregue ao mal estar, brigue por sua felicidade e por
sua paz e pague o preço de esforço e perseverança nesse sentido,
que você, inexoravelmente, chegará lá.
Se, porém, não quiser
se esforçar e preferir a desistência da vítima covarde, a opção
é sua, mas também, além da própria desdita, não terá direito a
nenhuma reclamação, nem a reputar, a quem quer seja, a culpa por
sua desventura.
(Psicografia de
Benjamin Teixeira, pelo espírito Eugênia, recebida em 29 de janeiro
de 2003.).
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