Toda vez que alguém
fala sobre missão, talvez mesmo o mais incrédulo, desconectado ou
ateu acaba se questionando internamente: qual será minha missão? Eu tenho uma missão? Existe mesmo uma missão ou propósito de vida
para cada ser?
Isso já é um avanço.
Acreditar que podemos ter uma missão é um grande passo.
A intenção desse
texto é sem dúvida estimular nas pessoas a compreensão de que
temos uma missão pessoal e que nosso propósito ou finalidade é a
realização dessa meta pessoal ou melhor, cumprimento da missão da
alma.
Essa missão está
escondida dentro de nós mesmos, sendo muito sutil e pouco percebida.
Somos regidos pela lei
do livre-arbítrio, o que nos disponibiliza o direito de decidir e
fazer o que quisermos.
Para aprofundarmos o
entendimento desse tema é necessário um pouco de reflexão:
O que estamos fazendo
aqui na terra? Pra que vivemos? Qual nossa missão por aqui?
Muitas pessoas nem
arriscam uma reposta, o que é preocupante. A maioria de nós não
sabe muito bem, contudo é unânime o sentimento de que estamos aqui
para aprender, para evoluir e se desenvolver. Já é um bom passo.
Se a missão da alma de
uma pessoa é evoluir, então o que significa evoluir nesse caso?
Evoluir significa
eliminar os aspectos inferiores do ser, que são os mais diversos,
como: raiva, ódio, mágoa, tristeza, depressão, orgulho, ego,
vaidade, medo, vergonha, baixa estima e dezenas de outros
sentimentos.
Toda vez que uma pessoa
experimenta a força negativa desses sentimentos, muitas
consequências negativas aparecem.
Todos seres humanos
possuem aspectos inferiores de sua personalidade que ficam escondidos
dentro da essência de cada um, prontos para entrar em cena a
qualquer momento.
O nível de consciência
é o grande responsável pela percepção que temos sobre as
situações da vida, decidindo sempre de que maneira iremos encarar
as adversidades, com a mente superior(Eu Superior) ou com a mente
inferior(Ego).
Não é muito incomum a
pessoa acordar de manhã, meditar e pedir internamente: Hoje quero
curar a raiva existente em mim.
Nada disso, a pessoa
nem percebe que tem raiva até que alguém lhe ofenda, ou que sofra
injustiça, ou ainda, que risquem o seu carro.
Num ímpeto
incontrolável o sentimento aflora, sem barreiras ele sai das
profundezas e emerge para a superfície do indivíduo.
Uma pessoa que está
magoada com um amigo por exemplo, não sabia que tinha esse
sentimento, até que a ocasião lhe fez aflorar tal aspecto.
Na verdade a pessoa que
a magoou é apenas o instrumento para aflorar um sentimento que já
existia dentro dela, mas que foi aflorado pelo fato.
Não existe um grande
culpado pelo sentimento, existem os gatilhos, que na verdade são
grandes contribuições para que possamos perceber o quanto guardamos
em nossas almas os aspectos inferiores.
Nosso
Planeta é Uma Escola
A Terra é uma escola,
a vida é um eterno aprendizado.
Por isso o plano maior
de Deus proporciona ferramentas pedagógicas para nossa evolução.
Nós somos eternos
alunos que necessitamos de ajuda do astral superior para acelerar o
nosso crescimento e evolução que se constituem na maior missão de
nossas almas.
Assim como as escolas
do nosso Planeta, cada uma em seu seguimento, utilizam-se de modernos
métodos pedagógicos para melhorar o ensino, a vida também tem seus
métodos pedagógicos.
As situações-gatilho
vão acontecendo a todo instante, aflorando os sentimentos inferiores
para que possamos reconhecer os aspectos negativos e curá-los.
Mas nem sempre a cura
acontece.
Os gatilhos vão
aflorando as inferioridades e a pessoa muitas vezes mergulha em um
sentimento de vitimização e autopiedade que tornam as coisas bem
mais difíceis.
Os aspectos negativos
são aflorados e a pessoa adota a postura de comportar-se como vítima
da situação, achando culpados e vilões, sem perceber o quanto
todos esses são importantes para revelarem as inferioridades
escondidas em sua alma.
Se a nossa missão é
evoluir e evoluir significa purificar os sentimentos, logo todo
gatilho que mostra quais são esses sentimentos devem ser vistos como
presentes de Deus, pois ajudam a acelerar o processo.
O Invés de adotar a
postura de vítima da situação é necessário buscarmos entender e
identificar qual é o sentimento ou emoção negativa aflorada a cada
situação. Isso vai proporcionar muitas dicas para encontrar a
missão de nossas almas
.
Essa visão traz a
condição de percebermos que a maior parte da missão de nossas
almas não se dá separadamente na realização de um projeto ou algo
parecido, mas no dia a dia, em meio aos familiares, amigos, no
trabalho, nas relações, etc.
Cada pessoa, cada
conflito ou adversidade atua como um instrumento dessa missão.
E se a terra é uma
escola, cada gatilho em nossas vidas pode ser considerado um exame
escolar, que verifica a capacidade do entendimento por parte do
aluno.
Situações
repetitivas, cíclicas, que acontecem por longos períodos indicam
que a pessoa não está compreendendo o que está aflorando, muito
menos está transmutando os aspectos negativos.
Essa ótica traz também
o entendimento de que nós precisamos dos gatilhos.
Levando essa realidade
para a vida cotidiana, dá para dizer que o indivíduo precisa (no
sentido de aprendizados e evolução) de um problema, que o faça
sentir a emoção negativa, o apego, o medo, a raiva, o ciúmes, etc.
Essa é uma boa
pergunta a fazer quando os problemas acontecerem em sua vida: por que
estou precisando desse gatilho?
Por que estou
precisando desse pai distante, desse chefe autoritário ou desse
vizinho intrometido?
Por que eu me incomodo
com essas pessoas?
Quais sentimentos estão
aflorando que devem ser trabalhados?
Quando a pessoa se dá
conta do que ela está aflorando, percebe o que deve ser curado e com
isso passa a não precisar mais desses gatilhos: o ciclo se encerra e
o aluno passa de ano.
Para quantos aspectos
inferiores estamos sendo repetentes?
É uma boa pergunta
para se fazer em momentos de introspecção.
Simples em sua
proposta, essa é a nossa principal missão nessa existência, o
requisito básico para qualquer alma que vive na Terra. Durante a
vida de uma pessoa, muitas coisas podem ser feitas!
A vida é leve se
olharmos com novos olhos, contudo é bom ficarmos atentos porque
muitas coisas podem acontecer, muitas armadilhas podem nos desviar de
nossa meta maior e nos afundar em distrações ilusórias
distanciadas dos objetivos do Pai maior para com Seus filhos.
(Bruno J. Gimenes)
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