De volta...
Todos nós temos dias
difíceis.
Que muitas vezes
tornam-se semanas, meses, até anos...
Dias em que não
conseguimos enxergar o belo, porque só enxergamos nosso próprio
problema.
Dias em que perdemos a
chance de ouvir as pequenas histórias que nossos filhos poderiam nos contar,
porque só ouvimos nossos pensamentos infelizes.
Dias em que perdemos a
oportunidade de viver momentos mágicos, porque perdemos o brilho e o
encanto e nos tornamos seres amargos e de cor cinza, como nuvens de
uma tempestade que se aproxima...
Mas muitas vezes, somos
socorridos deste ciclo vicioso - que nos impede de interagir com o
bem e que não resolve em nada nossos problemas - por um simples
sonho, uma palavra, uma inspiração ou um simples trecho de música.
Abrindo uma pequenina
brecha em nosso coração e nossos pensamentos.
Quando esses dias
difíceis me encontram, quando os olhos baixam e se umedecem, quando
sinto-me em desamparo, percebi que somos cercados de sinais, quase
que bombardeados por eles, tentando tirar-nos desta couraça que
criamos, feita de interrogações e medo do hoje, cheio de
incertezas, violência e tristezas.
Quando escuto esta
música – Baba Yetu: o Pai Nosso cantado em um dialeto africano, e
vejo essas imagens - do nosso planeta azul e de pessoas com almas e
dores tão variadas quanto sofridas, sinto-me insignificante e com
problemas insignificantes.
Assim a couraça se
quebra.
E meu coração se abre
de novo.
Tenhamos todos um
caminho, uma brecha, que nos faça voltar a sorrir, a gargalhar com prazer, a perceber que nem tudo está perdido e a nos penalizarmos pelo outro, que com certeza sofre muito mais que nós.
* * *
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