Uma nação pode sobreviver aos idiotas e até aos gananciosos.
Mas não pode sobreviver à traição gerada dentro de si mesma.
Um inimigo exterior não é tão perigoso, porque é conhecido e
carrega suas bandeiras abertamente.
Mas o traidor se move livremente dentro do governo, seus
melífluos sussurros são ouvidos entre todos e ecoam no próprio vestíbulo do
Estado.
E esse traidor não parece ser um traidor; ele fala com
familiaridade a suas vítimas, usa sua face e suas roupas e apela aos
sentimentos que se alojam no coração de todas as pessoas.
Ele arruína as raízes da sociedade.
Ele trabalha em segredo
e oculto na noite para demolir as fundações da nação.
E infecta o corpo
político a tal ponto que este sucumbe.
(Discurso de Cícero, tribuno romano, em 42 a.C.)
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