Lançar às profundezas do oceano cósmico a garrafa dos meus
anseios, sela a dúvida que restava de que esta terra não oferece mais o
horizonte que vislumbro.
Transfiro, ali dentro, a essência e o último suspiro de que
a mensagem de súplica navegue no rumo que meu coração deseja.
Nestas infinitas possibilidades estelares, almejo que o
brilho emanado de seu cristal lance a faísca da curiosidade, de uma verdadeira
alma universal, a sensibiliza-lo na retirada da rolha que lacra os meus sonhos.
Ao desenrolar da leitura da mensagem, a certeza de que meu
desejo mais sincero não é um pedido de resgate, tão somente a clara
identificação de que um dia existiu um perdido e insignificante planeta, onde
sua humanidade desperdiçou enumeráveis oportunidades concedidas pelo mau uso de
seus arbítrios.
Perpetuar esta dura lição não é um devaneio, pois é a melhor
herança a deixar fluir pelo universo...
Que os registros akhásicos assim a comprove.
A água já vai muito além da altura do peito.
É hora de lançarmos as nossas garrafas...
(Discípulo de Ramatís)
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