“— Chico é tão cínico — dizia Dona Rita, exasperada, — que
não chora, nem mesmo a pescoção. Porque a criança explicava ter a alegria de
ver sua mãe, sempre que recebia as surras, e sem chorar, o pessoal doméstico
passou a dizer que ele era um “menino aluado”.
E, diariamente, à tarde, com os vergões na pele e com o sangue a correr-lhe em pequeninos filetes do ventre o pequeno seguia, de olhos enxutos e brilhantes, para o quintal, a fim de reencontrar a mãezinha querida, sob as velhas árvores, vendo-a e ouvindo-a, depois da oração.
Assim começou a
luta espiritual do médium extraordinário que conhecemos.”
(Do livro “Lindos casos de Chico Xavier”, Ramiro Gama.)
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