02 março 2011

Carnaval e a Espiritualidade


Para se entender o carnaval e outras festas populares, é necessário lembrar que a Terra ocupa o segundo lugar na escala evolutiva enquanto um planeta de provas e expiações.

Aqui, e em mundos semelhantes, encarnam espíritos recém saídos da barbárie, dando os primeiros passos na sua história evolutiva e esses espíritos trazem consigo um grupo de sensações ou pulsões que precisam ser extravasadas para que não se voltem contra a sociedade em que encarnaram.

Não foi a toa que Freud defendeu a tese de que a cultura nasce da repressão. Em verdade, estamos encarnados para reprimirmos as más tendências e adquirir elementos espirituais positivos como o amor, a solidariedade, o respeito ao próximo e as diferenças, em uma palavra, desenvolver as faculdades positivas do espírito.


A festa é o momento em que o espírito tem a oportunidade de pôr para fora, não necessariamente, o que ele tem de pior mas as suas emoções mais profundas.

Como somos espíritos altamente imperfeitos as nossas festas quase sempre explicitam emoções do tipo primário.

Nos tempos da Grécia antiga, as bacanais, festas dedicadas ao deus Dioniso ou Baco tornaram-se tão perigosas para o equilíbrio da polis (cidade) que teve de ser transformada em teatro como uma forma de "domesticação" do conteúdo nocivo da alma humana.


O carnaval é uma dessas festas que costuma ser chamada de folia que vem do francês “folle”, que significa loucura ou extravagância, sem que tenha existido perda da razão. 

No caso do carnaval a palavra significa desvio, anormalidade, fantasia, descontração ou mesmo alegria.

Assim, a festa carnavalesca é o momento em que o espírito humano pode extravasar o que há de mais profundo e mais primitivo em si mesmo. 


Muitos julgam que a participação nas festas de Momo, tão do agrado dos brasileiros, não acarreta nenhum mal a nossa integridade psico-espiritual.

E de fato, não haveria prejuízo maior, se todos pensassem e brincassem num clima sadio, de legitima confraternização. 

Infelizmente, porém, a realidade é bem diferente. 


No período de carnaval, muitas pessoas acabam expondo tendências de cunho negativo e os desejos mais ocultos, desrespeitando-se moralmente para satisfazer prazeres carnais sem limites. Através do alcoolismo, consumos de drogas e libertinagem, o campo vibratório destas pessoas torna-se propício à atuação dos espíritos obsessores e zombeteiros.

Um detalhe importante é que no plano invisível o astral inferior também se prepara e vem aos bandos participar dos folguedos carnavalescos. 

Na psicosfera criada por mentes atraídas pela orgia, os espíritos das trevas encontram o terreno ideal para influenciar negativamente, incitando e estimulando desvios de conduta, paixões grosseiras, agressões de toda a sorte e, ainda, astuciosas ciladas. 


No livro “Nas Fronteiras da Loucura”, psicografado por Divaldo Pereira Franco, são focalizados vários desses processos obsessivos, sobre pessoas imprevidentes, que pensavam apenas em se divertir no carnaval do Rio. Mostra também o infatigável trabalho dos espíritos do bem, a serviço de Jesus, procurando diminuir o índice de desvarios e de desfechos profundamente infelizes.

Só por essa amostra já dá pra ver como é difícil, para qualquer cristão, passar incólume pelos ambientes momescos.
E qual a posição do espírita perante o carnaval?

Deve em primeiro lugar, compreender o carnaval; não ser muito severo, não ter medo dele por acreditá-lo uma "expressão do mal e do diabólico" da alma humana; não fugir dele por medo de sua sedução.

Pode ser um observador comedido; se gosta da festa, ir ao sambódromo ou às ruas para ver os foliões e, se não gosta, pode aproveitar o feriado para descansar, meditar ou estudar espiritismo sozinho ou em conjunto; em resumo seguir o conselho de Paulo: "Viver no Mundo sem ser do mundo." 

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