27 agosto 2011

Quais Punhais pelas Costas




Alfinetam-te pelas costas, e sangras, porque são tantas, tão frequentes e por tão longo tempo aplicadas tais minúsculas alfinetadas, que acabam por te ferirem profundamente o coração dadivoso, generoso e sensível, fazendo-te sangrar a alma.

Como, quase nestas palavras, reza “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de autoria e organização do ínclito Allan Kardec, no artigo sobre a paciência, subscrito, mediunicamente, por “Um Espírito Amigo”. *

Revê teu ponto de vista, porém, e não te sintas cercado e marcado pela tragédia, mas apenas inserido n’uma melindrosa condição de, digamos, “estrangeirismo vibratório”, pouco cômoda para ambas as partes; e, naturalmente, bem pior para ti, que és o diferente, ‘inda mais o marginal da “banda de Cima”.

É natural que teus antagonistas se portem assim.

Eles não são de onde vens, muito embora muitos se sintam pessoas muito especiais, ironicamente, mesmo no campo espiritual e moral. 

Como disse Jesus a Seus discípulos sinceros: “eles são do mundo e vós não sois do mundo”.

Logo, não há como esperar interações muito harmônicas, sobremaneira no que concerne ao campo psíquico, que eles presumem que não notas, e percebes claramente: ou seja, os pensamentos e sentimentos ocultos que guardam sobre ti, e que te magoam o espírito.

Não te compreendem os intentos, alcunham-te de tudo que pretendem, conforme a projeção de suas neuroses, paixões e pretensões de superioridade, chegando, inclusive, ao disparate de duvidar de teu caráter.

Apieda-te deles, pois – como orou o Mestre, do Alto da Cruz, na intenção de Seus Crucificadores: “Pai, perdoa-os, porque não sabem o que fazem…”

Cumpres um Mandato do Céu, em pleno domínio da matéria…

Eles vivem vidas vazias, imersos exatamente no âmbito horizontal dos interesses sociais, econômicos, políticos, etc, desta contingência tão fugaz que é a situação que circunda e é relacionada ao corpo material, tão efêmero!

Os corpos físicos de todos lentamente se consomem, na direção do túmulo, após o que todos darão contas do que fizeram da quota de tempo que lhes foi concedida, generosamente, pelo Criador.

Agora mesmo, entretanto, já te colocas a serviço do Alto, enquanto eles se põem a serviço de interesses mesquinhos do próprio ego, tratando de assuntos passageiros, posses, posições e negócios, que ficarão para trás, logo mais, quando a morte os vier buscar, para a verdadeira vida… a qualquer hora… e não tão longe, na linha fatal do tempo, como eles preferem imaginar… é claro!

Tem compaixão deles, e ora.

Sentir-te-ás melhor, quando notares que, no fundo, é isso que sentes: profunda tristeza por vê-los tomarem rotas tão infelizes para si próprios, e não mágoa pelo que pensam ou dizem de ti – não é verdade?

Porque sabes que em nada alteram ou poderiam modificar em tua rota ou na dimensão e qualidade de tuas realizações, para Deus, porque ninguém pode contra o Criador… e sabes estar a serviço d’Ele.

Quanto a eles… que cobertura têm?

Relaxa e pacifica tua alma.

Está tudo bem.

Perdoa, como sempre fazes, e prossegue em tua tarefa do Bem.



(Benjamin de Aguiar, pelo Espírito Gustavo Henrique)

(Texto recebido em 13 de junho de 2010.)



* Item 7, capítulo IX de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Allan Kardec.




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