Há que perguntar-se, quem de nós está em condições de receber uma notícia, a mais importante da vida, como é a da morte, com a serenidade que seria de se esperar?
Não podemos ter a presunção de fazer o que a Divindade tem paciência em realizar.
Essa questão de esclarecer o Espírito no primeiro encontro é um ato de invigilância e, às vezes, de leviandade, porque é muito fácil dizer a alguém em perturbação "Você já morreu"!
É muito difícil escutar-se esta frase e recebê-la serenamente.
Dizer a alguém que deixou a família na Terra e foi colhido numa circunstância trágica, que aquilo é a morte, necessita de habilidade e carinho, preparando o ouvinte, a fim de evitar-lhe choques, ulcerações da alma.
Considerando-se que a terapêutica moderna, principalmente no capítulo das psicoterapias, objetiva sempre libertar o homem de quaisquer traumas e não lhe criar novos, por que, na Vida Espiritual se deverá usar uma metodologia diferente?
A nossa tarefa não é a de dizer verdades, mas, a de consolar, porque, dizer simplesmente que o comunicante já desencarnou, os Guias também poderiam fazê-lo.
Deve-se entrar em contato com a Entidade, participar da sua dor, consolá-la, e, na oportunidade que se faça lógica e própria, esclarecer-lhe que já ocorreu o fenômeno da morte, mas, somente quando o Espírito possa receber a notícia com a necessária serenidade, a fim de que disso retire o proveito indispensável a sua paz.
Do contrário, será perturbá-lo, prejudicá-lo gravemente, criando embaraços para os Mentores Espirituais.
(Divaldo Franco)
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