Somos o que realizamos.
Imprudentes, muitas
vezes não damos valor ao que recebemos de graça para progredirmos espiritualmente.
Depois que o indivíduo
mergulha num estado de perturbação profunda, não há como ele se reajustar, refazer por
si próprio.
Um escravo não
consegue libertar outro escravo. Só um liberto consegue libertar um
escravo. Portanto, só um equilibrado pode ajudar um desequilibrado.
É assim que Deus socorre Seus filhos, por meio de Seus próprios
filhos.
Essa é a necessidade
que temos de ajudar uns aos outros, pois nós próprios ainda não
encontramos harmonia total de viver.
Ao ajudar os mais necessitados,
estamos esquecendo de nós mesmos, exercitando a unidade do ser
humano e nos predispondo a receber o auxílio daqueles que estão
melhores que nós.
Portanto, ajudar não é
caridade e nem abnegação, é uma necessidade de bem viver.
Lembrei agora de um
exemplo bem simples: Uma senhora, tendo uma casa no litoral, ficando
tempo sem ir, sem usá-la, deixou-a em desordem e na sujeira.
Querendo usufruí-la, arrumou três faxineiras para ajudar a torná-la
habitável. Ela e as três senhoras trabalharam o dia todo limpando,
arrumando-a e, no final do dia, a proprietária exclamou: "Está
em ordem!"
Pelo uso indevido ou
por falta de uso, por descaso e por muita imprudência, deixamos
nosso espírito em desordem, desequilibrado, e teremos um dia de
colocá-lo novamente em harmonia.
É um trabalho intenso
de organização, de recuperação, em que sempre temos que contar
com a ajuda alheia.
"Que faxina! Que
grande faxina!" - Disse-nos nossa amiga, Deise, que tem no
filho, Fábio, sua grande experiência. "É trabalho para uma
vida toda!"
Sim, é verdade, Deise
sabe disso, porque sua luta não é só para recuperar seu filho, mas
outros tantos deficientes também. Ela nos ajudou emprestando livros
e com pesquisas, colaborando conosco na realização deste livro.
E lhe somos muito
gratos.
Não temendo o
trabalho, Deise poderá dizer como muitos outros pais. Feito!
Conseguimos! Como essa realização faz bem!
Todos esses fatos
mencionados não haveria necessidade de acontecerem.
Vivemos hoje os
resultados das nossas ações do ontem. Portanto, o homem é quem
decide, por meio de suas atitudes de hoje, como será sua vida no
futuro.
Se pararmos um pouco e
olharmos com carinho e atenção para esta realidade, vamos excluir
das nossas existências oitenta por cento de dores, angústias e
conflitos, que são resultado da vida egoísta e maldosa que hoje
estamos vivendo.
Deus não tem por
princípio castigar seus filhos, pelo contrário
Ele tudo nos concede
para que Sua manifestação no homem e fora dele, seja uma apoteose
de plenitude.
(Espírito Antônio
Carlos)
(Extraído do livro
“Deficiente Mental - Por que fui um ?” - Espíritos
Diversos / Psicografia de Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho /
Cooperação do Espírito de Antônio Carlos. Editora PETIT. )
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