A leitura é uma
realidade imensa, viagem que, uma vez iniciada, não tem fim, uma
amarra de que ninguém pensa sequer libertar-se, uma porta para todos os outros mundos, um modo expedito para todos os encontros, todas as
conversas.
Como escutar às
portas, sem ser promíscuo.
Como espreitar as vidas
alheias, sem ponta de "voyeurismo".
Uma maneira de esquecer
e de lembrar.
De estar aqui e acolá.
De ser isto e mais
aquilo.
E não tem fim esta
possibilidade de mil vidas em uma, única forma recomendável de
mentir. Não mentir propriamente, mas imaginar, o que é diferente e
sem sombra de pecado.
(Maria José Nogueira
Pinto)
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