O homem prudente
deve ser obrigado a lutar, mas não com jogo sujo: cada um deve agir
como quem é e não como o obrigam.
Na competição, a
elegância é plausível: deve-se lutar não somente com poder, mas
também com decência.
Vencer com maldade
não é vitória, mas rendição. A generosidade sempre foi superior.
O homem de bem nunca
usa armas proibidas. Como, por exemplo, usar os conhecimentos sobre
um amigo com quem brigamos para alimentar o ódio recém-nascido. Não
se deve usar a confiança para a vingança. Tudo o que cheira a
traição contamina o bom nome.
Nas pessoas de
espírito elevado, qualquer átomo de baixeza é muito estranho. É
melhor pensar que, se a elegância, a generosidade e a fidelidade se
perdessem no mundo, deveriam ser procuradas em seu peito.
(Baltasar Gracián in
“A arte da prudência”)
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