22 janeiro 2013

Na esfera da palavra



Certa palavra delituosa foi projetada ao mundo por uma boca leviana e, em breves dias, desse quase imper­ceptível fermento de incompreensão, nasceu vasta epide­mia de maledicência.

Da maledicência surgiram apontamentos ingratos, estabelecendo grande infestação de calúnia.

Da calúnia apareceram observações impróprias, ge­rando discórdia, perturbação, desânimo e enfermidade.

De semelhantes desequilíbrios, emergiram conflitos e desvarios, criando aflição e ruína, guerra e morte.

Meus irmãos, para o médico desencarnado o verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.

A palavra deprimente é sarna invisível, complicando os problemas, enegrecendo o destino, retardando o pro­gresso, desfazendo a paz, golpeando a fé e anulando a alegria.

Se buscamos no mundo selecionar alimentos sadios, na segurança e aprumo do corpo, é indispensável esco­lher conversações edificantes, capazes de preservar a be­leza e a harmonia de nossas almas.

Bocas reunidas na exaltação do mal assemelham-se a caixotes de lixo, vazando bacilos de delinqüência e de­sagregação espiritual.

Atendamos ao silêncio, onde não seja possível o con­curso fraterno.

Disse o profeta que «a palavra dita a seu tempo é como maçã de ouro em cesto de prata».

No entanto, só o amor e a humildade conseguem produzir esse milagre de luz.

Para cooperar com o Cristo, é imprescindível sin­tonizar a estação da nossa vida com o seu Evangelho Redentor.

Busquemos sentir com Jesus.

Não nos esqueçamos de que a língua fala com os homens e de que o coração fala com Deus.

( extraído do livro “Instruções Psicofônicas”, de André Luiz & Francisco Cândido Xavier)

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