21 janeiro 2013

O nazismo e as trevas



"Operação Valquíria" (em alemão Operation Walküre) foi um dos 15 planos elaborados por militares alemães para assassinar Adolf Hitler.

Em 1944, o coronel Claus Schenk Graf von Stauffenberg perpetrou um atentado contra Hitler, (o atentado de 20 de Julho) em nome do movimento da resistência alemã, do qual faziam parte vários oficiais.

Hitler saiu apenas levemente ferido da explosão de uma bomba em seu quartel-general, Wolfsschanze ("Toca do Lobo"), na Prússia Oriental. A represália não se fez esperar: mais de quatro mil pessoas, membros e simpatizantes da resistência, foram executadas nos meses seguintes.

Em 2008, Tom Cruise estrelou Valkyrie (Operação Valquíria), filme baseado na operação mostrando o atentado do ponto de vista de Stauffenberg.

Tantas tentativas frustradas em relação ao Nazismo e seu líder Hitler ao longo da história, tantas coincidências que salvaram a figura deste ditador, nos levam a este texto interessante de Hermínio C. Miranda, sobre a relação entre o nazismo e as trevas.

Segue parte deste texto que merece nossa atenção.

Para jamais esquecer que: nossos erros servem para que aprendamos a não mais repeti-los.


*  *  *




O Médium do Anticristo - Hermínio C. Miranda


Um jovem de cerca de 20 anos vagava pelo Museu Hofburg, em Viena, como de costume. estava deprimido como nunca.

O dia fora muito frio, pois o vento trouxera o primeiro anúncio do outono que se aproximava.

Ele temia novo ataque de bronquite que se aproximava. Ele temia novo ataque no seu miserável quartinho numa pensão barata. Estava pálido, magro e de aparência doentia.

Sem dúvida alguma, era um fracasso. Fora recusado pela Escola de Belas – Artes e pela Arquitetura. As perspectivas eram as piores possíveis.

Caminhando pelo museu, entrou na sala que guardava as jóias da coroa dos Hapsburg, gente de uma raça que não considerava de boa linhagem germânica.

Mergulhado em pensamentos pessimistas, nem sequer notou que um grupo de turistas, orientado por um guia, passou por ele e parou diante de um pequeno objeto ali em exibição.

-"Aqueles estrangeiros – escreveria o jovem mais tarde – pararam quase em frente ao lugar onde eu me encontrava, enquanto seu guia apontava para uma antiga ponta de lança. 
A princípio, nem me dei ao trabalho de ouvir o que dizia o perito; limitava-se a encarar a presença daquela gente como intromissão na intimidade de meus desesperados pensamentos. 
E, então, ouvi as palavras que mudariam o rumo da minha vida: "Há uma lenda ligada a esta lança que diz que quem a possuir e decifrar os seus segredos terá o destino do mundo em suas mãos, para o bem ou para o mal."

Como se tivesse recebido um choque de alertamento, ele agora bebia as palavras do erudito guia do museu, que prosseguia explicando que aquela fora a lança que o centurião romano introduzira ao lado do tórax de Jesus (João 19:34) para ver se o crucificado já estava "morto".

Tinha uma longa e fascinante história aquele rústico pedaço de ferro. O jovem mergulharia nela a fundo nos próximos anos. 

Chamava-se ele Adolf Hitler.

Voltou muitas vezes mais ao Museu Hofburg e pesquisou todos os livros e documentos que conseguiu encontrar sobre o assunto. Envolveu-se em mistérios profundos e aterradores, teve revelações que o atordoaram, incendiaram sua imaginação e desataram seus sonhos mais fantásticos.

Sabemos hoje, em face da prática e da literatura espírita, que os Espíritos, encarnados e desencarnados, vivem em grupos, dedicados a causas nobres ou sórdidas, segundo seus interesses pessoais.

A inteligência e o conhecimento, como todas as aptidões humanas, são neutros em si mesmos, ou seja, tanto podem ser utilizados na prática do bem como na disseminação do mal.

Dessa maneira, tanto os bons espíritos, como aqueles que ainda se demoram pelas trevas, elaboram objetivos de longo alcance visando aos interesses finais do bem ou do mal.

Em tais condições, encarnados e desencarnados se revezam, neste plano e no outro, e se apoiam mutuamente, mantendo constantes entendimentos especialmente pela calada da noite, quando uma parte considerável da humanidade encarnada, desprendida pelo sono, procura seus companheiros espirituais para debater planos, traçar estratégias, realizar tarefas, ajustar  situações.

Há, pois, toda uma logística de apoio aos Espíritos que se reencarnam com tarefas específicas, segundo os planos traçados.

Estudando, hoje, a história secreta do nazismo, não nos resta dúvida de que Adolf Hitler e vários dos seus principais companheiros desempenharam importante papel na estratégia geral de implantação do reino das trevas na Terra, num trabalho gigantesco que, obviamente, tem a marca inconfundível do Anticristo.

Para isso, eclodem fenômeno mediúnicos, surgem revelações, encontram-se as pessoas que deveriam encontrar-se, acontecem "acasos" e "coincidências" estranhas, juntam-se, enfim, todos os ingredientes necessários ao desdobramento do trabalho.




August Kubizek descreve uma cena dramática em que Hitler, com apenas 15 anos de idade, apresenta-se claramente incorporado ou inspirado por alguma entidade desencarnada.

De pé diante de seu jovem amigo, agarrou-lhe as mãos emocionado, de olhos esbugalhados e fulminantes, enquanto de sua boca fluía desordenadamente uma enxurrada de palavras excitadas. Kubizek, artudido, escreve, em seu livro:

- Era como se outro ser falasse de seu corpo e o comovia tanto quanto a mim. 
Não era, de forma alguma, o caso de uma pessoa que fala entusiasmada pelo que diz. 
Ao contrário, eu sentia que ele próprio como que ouvia atônito e emocionado o que jorrava com uma força primitiva... 
Como enxurrada rompendo diques, suas palavras irrompiam dele. 
Ele invocava, em grandiosos e inspirados quadros, o seu próprio futuro e o de seu povo. 
Falava sobre um Mandato que, um dia, receberia do povo para liderá-lo da servidão aos píncaros da liberdade- missão especial que em futuro seria confiada a ele.

Ao que parece, foi o primeiro sinal documentado da missão de Hitler e o primeiro indício veemente de que ele seria o médium de poderosa equipe espiritual trevosa empenhada em implantar na Terra uma nova ordem.

Garantia-se a Hitler o poder que ambicionava, em troca da fiel utilização da sua instrumentação mediúnica.

O pacto com as trevas fora selado nas trevas.

É engano pensar que essas falanges espirituais ignoravam as leis divinas. Conhecem-nas muito bem e sabem da responsabilidade que arrostam e, talvez, até por isso mesmo, articulam seus planos tenebrosos e audaciosos, porque, se ganhassem, teriam a impunidade com que sonham milenarmente para acobertar crimes espantosos.

Eles conhecem, como poucos, os mecanismos da Lei e sabem manipular com perícia aterradora os recursos espirituais de que dispõem.

Vejamos outro exemplo: o relato da Segunda visita de Hitler à lança, narrada pelo próprio.

Novamente a sensação estranha de perplexidade. 

Sente ele que algo poderoso emana daquela peça, mas não consegue identificar o de que se trata. De pé, diante da lança, ali ficou por longo tempo a contemplá-la:

"Estudava minuciosamente cada pormenor físico da forma, da cor e da substância, tentando, porém permanecer aberto à sua mensagem. Pouco a pouco me tornei consciente de uma poderosa presença em torno dela – a mesma presença assombrosa que experimentara intimamente naquelas raras ocasiões de minha vida em que senti que um grande destino esperava por mim."

Começava agora a compreender o significado da lança – escreve Ravenscroft – e a origem de sua lenda, pois sentia, intuitivamente, que ela era o veículo de uma revelação - "uma ponte entre o mundo dos sentidos e o mundo do espírito".

As palavras entre aspas são dos próprio Hitler, que prossegue:

“Uma janela sobre o futuro abriu-se diante de mim, e através dela vi, num único "flash", um acontecimento futuro que me permitiu saber, sem sombra de dúvida, que o sangue que corria em minhas veias seria, um dia, o veículo do espírito de meu povo.”

Ravenscroft especula sobre a revelação. Teria sido, talvez, a antevisão da cena espetaculosa do próprio Hitler a falar, anos mais tarde, ali mesmo em frente ao Hofburg, à massa nazista aglomerada, após a trágica invasão da Áustria, em 1938, quando ele disse em discurso:

"A Providência me incumbiu da missão de reunir os povos germânicos...com a missão de devolver minha pátria 1 ao Reich alemão. Acreditei nessa missão. Vivi por ela e creio que cumpri."

Tudo começara com o impacto da visão da lança no museu. Já naquele mesmo dia, em que o guia dos turistas chamou sua atenção para a antiquíssima peça, ele experimentou estranhas sensações diante dela. 

Que fascínio poderia ter sobre seu Espírito - espetacular ele próprio – aquele símbolo cristão ? 

Qual a razão daquele impacto? Quanto mais a contemplava, mais forte e, ao mesmo tempo, mais fugidia e fantástica se tornava a sua impressão.

"Senti como se eu próprio a tivesse detido em minhas mãos anteriormente, em algum remoto século da História – como se eu a tivesse possuído, como meu talismã de poder e mantido o destino do mundo em minhas mãos. No entanto, como poderia isto ser possível? Que espécie de loucura era aquele tumulto no meu íntimo?"

Qual é, porém, a história conhecida da lança?

É o que tentaremos resumir em seguida.

Hitler dedicou-se daí em diante ao estudo de tudo quanto pudesse estar relacionado com o seu fascinante problema. 

Cedo foi dar em núcleos do saber oculto. [...] Pois seus assuntos prediletos eram a história de Roma antiga, as religiões orientais, ioga, ocultismo, hipnotismo, astrologia... Parece legítimo admitir que tenha lido também obras de pesquisa espíritas, porque os autores não especializados insistem em grupar espiritismo, magia, mediunismo e adivinhação, e muito mais sob o rótulo comum de ocultismo.

Sim, Hitler estudou tudo isso profundamente e não se limitou à teoria; passou à prática. 

Convencido da sua missão transcendental, quis logo informar-se sobre os instrumentos e recursos que lhe seriam facultados para levá-lo a cabo. 

O primeiro impacto da idéia da reencarnação em seu espírito o deixou algo atônito, como vimos, na sua primeira crise espiritual diante da lança, no museu de Hofburg; logo, no entanto, se tornou convicto dessa realidade e tratou a sério de identificar algumas de suas vidas anteriores. [...]
  
Mas, Hitler tinha pressa, e, para chegar logo ao conhecimento dos mistérios que o seduziam, não hesitou em experimentar com o peiote, substância alucinógena extraída do cogumelo mexicano, hoje conhecida como mescalina. Sob a direção de um estranho indivíduo, por nome Ernst Pretzsche, o jovem Adolf mergulhou em visões fantásticas que, mais tarde, identificaria como sendo cenas de uma existência anterior que teria vivido como Landulf de Cápua, que serviu de modelo ao Klingsor na ópera de Wagner.

Esse Landulf foi um príncipe medieval (século nono) que Revenscroft declara ter sido "the most evil figure of the century" – a figura mais infame do século. 

Sua influência tornou-se considerável na política de sua época e, segundo Ravenscroft, "ele foi a figura central em todo o mal que se praticou então".

Mas Hitler acreditava-se também uma reencarnação de Tibério, um dos mais sinistros dos Césares.[...]


Se essas encarnações estão certas ou não, não cabe aqui discutir, mas tais especulações evidenciam o interesse daqueles homens pelos mistérios e segredos das leis divinas, que precisavam conhecer para melhor desrespeitar e burlar. Por outro lado, contêm alguma lógica, quando nos lembramos de certos aspectos que a muitos passam despercebidos.

Muitos espíritos reencarnaram-se com o objetivo de infiltrarem-se nas hostes daqueles que pretendem combater, seja para destruir, seja para se apossarem da organização, sempre que esta detenha alguma parcela substancial de poder. [...]

De tanto investigar os mistérios e segredos da história universal, em conexão com os poderes invisíveis, Hitler se convenceu de realidades que escapam à maioria dos seres humanos. 

A história é realmente o reflexo de uma disputa entre a sombra e a luz, representadas, respectivamente, pelos Espíritos que desejam o poder a qualquer preço e por aqueles que querem implantar na Terra o reino de Deus, que anunciou o Cristo.

Hitler sabia, por exemplo, que os Espíritos trabalham em grupos, segundo o seus interesses e por isso se reencarnam também em grupos, enquanto seus companheiros permanecem no mundo espiritual – na sombra ou na luz, conforme seus propósitos – apoiando-se mutuamente. 



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Texto, na íntegra, publicado no Reformador de Março e Abril de 1976.
Leia mais em:



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3 comentários:

  1. Tenho curiosidade em saber como seres como este conseguem reencarnar,o nivel de maltade é terrivelmente grande eles deveriam permanecer no umbral...será que alguem pode me respode?

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  2. Olá!
    Muitos espíritos permanecem com idéias cristalizadas em torno do objetivo e comportamento da época em que ainda estavam encarnados, não tem consciencia da realidade e por afinidade acabam em grupos envolvidos nos mesmos sentimentos negativos.
    Com certeza terão um dia,sempre respeitando o livre arbítrio, o socorro e o esclarecimento da Espiritualidade Maior, só então sendo encaminhados para tratamento e posterior planejamento reencarnatório compulsório.
    A reencarnação compulsória é o tipo de reencarnação necessária aqueles espíritos ainda impuros e embrutecidos que, respeitado seu livre arbítrio, se mantém em regiões de trevas.
    Mas, chegada a hora, não havendo manifestação por parte dos mesmos no sentido de quererem melhorar, são encaminhados a reencarnar para que também eles cresçam e evoluam.
    Reencarnam em absoluto estado de inconsciência.
    Abços!
    Wania

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  3. Wania muitíssimo obrigada em responder.
    seu blog é muito bom gosto muito, com certeza
    estarei sempre aqui.
    Grande abraço!

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