Os que são incapazes de consegui-la identificam-na como
fraqueza.
Os pessimistas que chafurdam no poço do orgulho ferido e não
se dispõem à luta, detestam-na, porque se sentem incapazes de possuí-la.
O derrotistas utilizam-se da subestima para denegri-la.
Os fracos, falsamente investidos de força, falseiam-lhe o
significado, deturpando-lhe e soberana realidade.
Porque muitos não lograram vivê-la e derraparam em plenos
exercícios, desconsideram-na...
Ela, no entanto, fulgura e prossegue.
Sustenta no cansaço, acalenta nas dores, robustece na luta,
encoraja no insucesso, levanta na queda...
Louva a dor que corrige, abençoa a dificuldade que ensina,
agradece a solidão que exercita a
reflexão, ampara o trabalho que disciplina e é reconhecida a
todos, inclusive aos que passam por maus, por ensinarem, embora inconscientemente, o valor
dos bons e a excelência do bem.
Chega e dulcifica a amargura, balsamizando qualquer ferida
exposta, mesmo em chaga repelente.
Identifica-se pela meiguice, e, sutil, agrada, oferecendo
plenitude, quando tudo conspira contra a paz de que se faz instrumento.
Escudo dos verdadeiros heróis, tem sido a coroa dos
mártires, o sinal dos santos e a característica dos sábios.
Com ela o homem adquire grandeza interior, e considerando a
majestade da Criação, como membro atuante da vida, que é, eleva-se e, assim,
eleva a humanidade inteira.
Conquistá-la, ao fim das pelejas exaustivas, é lograr a paz.
No diálogo entre Jesus e Pilatos, esteve presente no
silêncio do Amigo Divino e ausente no enganado fâmulo de César...
Seu nome é humildade.
(Joanna de Ângelis)
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