08 fevereiro 2014

Credo! Que calor é esse?


"A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida". 
(Carta da Terra)


Neste verão, as altas temperaturas registradas em grande parte do território nacional impressionam leigos e alertam cientistas sobre os efeitos das mudanças climáticas no Brasil e no mundo.

Recente estudo sugere que mudanças climáticas radicais estão prestes a ocorrer, e a região dos trópicos será a primeira a sentir efeito intenso da mudança.

Segundo a publicação da revista "Nature", a Terra pode experimentar um clima diferente no prazo de 34 anos, mudando para sempre a vida como conhecemos, com impacto mais intenso ocorrendo primeiramente na região tropical que será afetada mais rápido e de forma mais intensa.

Plantas e animais tropicais não estão habituados à variação do clima e por isso são mais vulneráveis mesmo às menores alterações.

Conforme o estudo, os trópicos sustentam a maior diversidade do mundo em espécies marinhas e terrestres, e experimentarão climas sem precedentes dez anos antes do que qualquer outra região da Terra.

Essas regiões também abrigam a maior parte da população mundial. "Em países predominantemente desenvolvidos, cerca de seis bilhões vivem em regiões que irão experimentar climas extremos antes de 2050", alertou o coautor do estudo, Ryan Longman.

"Isso faz aumentar a preocupação com mudanças no abastecimento de água e comida, saúde humana, a disseminação mais extensa de doenças infecciosas, estresse causado pelo calor, conflitos e desafios para as economias", prosseguiu. "Nossos resultados sugerem que os países que serão impactados primeiro por climas sem precedentes serão aqueles com menos capacidade para responder", finalizou.


Numa contagem regressiva, segundo um cenário de emissões onde não foram tomadas as providências para reduzir a quantidade de CO2 na atmosfera, os cientistas previram que as datas da "partida climática" seriam por volta de 2020 em Manokwari (Indonésia), 2029 em Lagos (Nigéria), 2031 na cidade do México, 2066 em Reykjavik (Islândia) e 2071 em Anchorage (Alasca).

Os estudos denominaram de "partida climática" o ponto em que eventos extremos mensurados durante os últimos 150 anos -período durante o qual dados climáticos são considerados confiáveis- se tornam a norma.

"Se a avaliação estiver correta, atenção conservacionistas: a corrida das mudanças climáticas não só começou, mas está definida, com a linha de chegada da extinção se aproximando mais dos trópicos", escreveu Eric Post, do Departamento de Biologia da Universidade do Estado da Pensilvânia, em um comentário sobre as descobertas.

As mudanças climáticas que estão ocorrendo em nível mundial, elevando e superando recordes de temperatura, interferem na saúde humana.

Portanto, a exposição prolongada ao calor excessivo pode desenvolver no indivíduo, aumento da irritabilidade, fraqueza, depressão, ansiedade e incapacidade para se concentrar. Nos casos mais graves, podem ocorrer alterações físicas como desidratação, erupção da pele, câimbras, insolação e alterações neurológicas.

Segundo o professor de psicologia, Amável Cume, da Universidade de San Pablo, na Espanha, "agressividade, irritabilidade e cansaço são algumas consequências derivadas da ansiedade e o estresse gerado pelas altas temperaturas".


Diante deste quadro de alterações climáticas e suas consequências na saúde e comportamento das pessoas, as cidades de São Paulo e Porto Alegre fecharam o mês de janeiro de 2014 com as maiores temperaturas já registradas pelo Instituto de Metereologia (INMET). Foi o mês mais quente da história climática da capital paulista desde que as medições começaram, em 1943. Já em Porto Alegre, o mês foi o mais quente em quase cem anos.

Se a previsão caótica não for revertida a tempo de garantir alguma qualidade de vida para as próximas gerações de humanos, restará aos seres vivos do planeta Terra uma adequação às mudanças climáticas. Necessidade de adaptação a uma realidade bem mais problemática que experimentamos com as primeiras ondas de calor excessivo neste início de século.

Sensação térmica que começa a exigir do indivíduo das regiões tropicais, adequação a uma realidade de aumento progressivo de temperatura. Fenômeno que começa a interferir no físico, psicológico e no comportamental das pessoas que vivem nas regiões mais quentes do planeta, como registrou Camilo Moura, do Departemento de Geografia da Universidade do Havaí: "Os resultados nos chocaram, ao longo da minha geração, qualquer clima com o qual estejamos acostumados será coisa do passado".

Neste panorama nada promissor para o homem, o desnível consciencial da humanidade é o que determina o quadro atual que prevê um futuro de muitas dificuldades para a vida no planeta Terra.

Contudo, ingressamos na Nova Era e vivenciamos um momento de transmutação da energia planetária, que definirá seguindo as leis naturais que orientam a vida inteligente no universo, os espíritos que continuarão reencarnados na Terra e aqueles que irão para realidades compatíveis com o seu grau de evolução consciencial.

Enquanto este momento não chega, cabe às consciências evoluídas tentar frear o acelerado processo que está levando a vida no planeta Terra a uma situação de difícil sobrevivência.


(por Flávio Bastos)






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