07 junho 2014

Karl Rokitansky


Rokitansky nasceu na Áustria, no século XIX. 

Médico patologista supervisionou cerca de 70.000 necropsias, executando 30.000 delas no instituto de patologia em Viena. 

Sua técnica de necropsia é utilizada ainda hoje (técnica Rokitansky).

Foi um grande filósofo, influenciou os médicos da época a não considerar o ser humano como objetos de pesquisa, devendo tratar os indivíduos com respeito máximo.

Também lutou em desenvolver a ética na medicina e a compaixão, com o trecho: “se preservamos e praticarmos a compaixão, seremos capazes de aliviar parte do ônus de sofrimento de nossos pacientes”.

É aprendendo a respeitar os mortos que nos concentramos e nos esforçamos para auxiliar a vida.

“Primeiro mandamento da Anatomia: respeito.”


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"Ao curvar-te com a lâmina rija de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido,

lembra-te que este corpo nasceu do amor de duas almas;

cresceu embalado pela fé e esperança daquela que em seu seio o agasalhou,

sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens;

por certo amou e foi amado e sentiu saudades dos outros que partiram,

acalentou um amanhã feliz e agora jaz na fria lousa, 

sem que por ele tivessem derramado uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece.

Seu nome só Deus o sabe; mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir a humanidade que por ele passou indiferente.

Tu que tivestes o teu corpo perturbado em seu repouso profundo pelas nossas mãos ávidas de saber, o nosso respeito e agradecimento."



(Oração ao cadáver desconhecido - Rokitansky, 1874)


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