Rokitansky nasceu na Áustria, no século XIX.
Médico patologista
supervisionou cerca de 70.000 necropsias, executando 30.000 delas no instituto
de patologia em Viena.
Sua técnica de necropsia é utilizada ainda hoje (técnica
Rokitansky).
Foi um grande filósofo, influenciou os médicos da época a
não considerar o ser humano como objetos de pesquisa, devendo tratar os
indivíduos com respeito máximo.
Também lutou em desenvolver a ética na medicina e a compaixão,
com o trecho: “se preservamos e praticarmos a compaixão, seremos capazes de
aliviar parte do ônus de sofrimento de nossos pacientes”.
É
aprendendo a respeitar os mortos que nos concentramos e nos esforçamos para
auxiliar a vida.
“Primeiro mandamento da Anatomia: respeito.”
*
"Ao curvar-te com a lâmina rija de teu bisturi sobre o
cadáver desconhecido,
lembra-te que este corpo nasceu do amor de duas almas;
cresceu embalado pela fé e esperança daquela que em seu seio o agasalhou,
sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens;
por certo amou e foi amado e sentiu saudades dos outros que partiram,
acalentou um amanhã feliz e agora jaz na fria lousa,
sem que por ele tivessem derramado uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece.
Seu nome só Deus o sabe; mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir a humanidade que por ele passou indiferente.
Tu que tivestes o teu corpo perturbado em seu repouso profundo pelas nossas mãos ávidas de saber, o nosso respeito e agradecimento."
(Oração ao cadáver desconhecido - Rokitansky, 1874)
* * *
Nenhum comentário:
Postar um comentário