A senhora encontrou-se com Chico Xavier na rua.
Ficou muito
feliz. Após alguns minutos de bate-papo amigo, o médium convidou:
– Vamos tomar
um cafezinho no bar.
Ela estranhou, cogitando, intimamente: “Logo num bar? O
ambiente ali deve ser péssimo”.
– Chico, vamos à minha casa. Fica perto. Lá estaremos à
vontade.
Ao que o grande discípulo do Cristo, demonstrando ter lido
seu pensamento, respondeu bem-humorado:
– Minha filha, quando um espírita entra num bar, ele vira um
lar.
Como sempre, temos um ensinamento profundo na observação de
Chico, apresentado na simplicidade de suas expressões.
Frequentemente ouvimos
pessoas reclamarem que enfrentam problemas sérios de influências espirituais,
em face de contaminação em ambientes por onde andam. Impressionáveis, sem
controle sobre suas emoções, afirmam:
– Não entro em locais profanos, como bares, restaurantes,
lanchonetes… Vibrações deletérias…
Na atividade profissional:
– Não suporto o ambiente na empresa em que trabalho. Muita
fofoca, palavrões, conversa fiada, gente mal orientada…
Até na atividade religiosa:
– Vai mal o grupo. Infindáveis discussões e divergências. O
pessoal não se entende.
Se levarmos às últimas consequências essa postura, o ideal
será mudar de planeta.
Segundo nos informam os mentores espirituais, a Terra é
um mundo de provas e expiações, habitado por Espíritos orientados pelo egoísmo,
cujas vibrações mentais são tão densas que todo o planeta é circundado pela
escuridão.
No livro Renúncia, psicografia de Francisco Cândido Xavier,
Emmanuel reporta-se à Terra como a região das faixas negras.
Valha-nos Deus!
Imperioso considerar, amigo leitor, que mais importante do
que o ambiente por onde transitamos é o ambiente que cultivamos.
Se estivermos bem psiquicamente, nenhuma vibração, nenhuma
densidade fluídica, nenhuma influência espiritual nos afetará. Pelo contrário,
nós influenciaremos o ambiente e as pessoas, porquanto é elementar que a luz
sempre espanta as trevas.
Nossa estabilidade íntima e nosso equilíbrio emocional não
podem, portanto, estar condicionados aos ambientes da Terra.
Devem ser
resguardados pelo exercício da oração e de todas as virtudes preconizadas e
exemplificadas por Jesus ao longo de seu abençoado apostolado.
Em inúmeras oportunidades, Jesus transmitiu orientações aos
discípulos quanto ao seu procedimento na divulgação da Boa Nova, em que
haveriam de enfrentar a hostilidade de inimigos gratuitos.
O Mestre recomendava
(Mateus, 10:12-13):
E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a. Se a casa for
digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a
vossa paz.
Está aí uma boa medida, capaz de nos preservar em qualquer
lugar por onde transitemos. Saudemos as pessoas desejando:
– A paz esteja com todos!
Obviamente, façamos isso em pensamento, a fim de que não nos
confundam com delirante pregador evangélico.
Se os que ali se encontram forem receptivos às nossas
vibrações, ótimo! Depuraremos o ambiente.
Se não nos receberem bem, ainda assim teremos o melhor – a
paz não nos deixará.
(Richard Simonetti)
* * *
Nenhum comentário:
Postar um comentário