30 agosto 2014

Companhias espirituais


Companhias espirituais – e os amigos – são escolhas nossas.

Afinidades nos aproximam.

Temos um corpo espiritual (Kardec o chamou de perispírito), semelhante ao corpo de carne. 

É com ele que nos movimentamos nos sonhos e quando desencarnamos. 

Daí, muitos Espíritos nem sabem que seus corpos já morreram, porque se vêem tais quais eram.

Sentir os Espíritos é próprio de qualquer pessoa. A mediunidade é da condição humana, independe da fé que professamos; e nos faculta essa percepção, que se dá de formas variadas.

Uns vêem, outros os ouvem ou sentem suas presenças. Essas sensações são agradáveis, ou não, segundo a natureza do Espírito que se apresenta. Onde formos nós os sentiremos, velada ou ostensivamente, conforme nossa mediunidade.

Há médiuns pelos quais os Espíritos se expressam oralmente (psicofonia), como se usassem um telefone. Outros recebem mensagens escritas (psicografia).

Eles não ditam palavras. Emitem pensamentos. Os médiuns vestem esses pensamentos com as palavras que conhecem, desta e de outras encarnações.

Há Espíritos em diversos graus evolutivos: ignorantes e sábios; bons e maus. Daí Jesus recomendar cautela no trato com eles:
"Meus bem-amados, não creiais em qualquer Espírito; experimentai se os Espíritos são de Deus (...)” - I Jo, 4:1.

Ligam-se a lugares ou a pessoas, por várias razões: simpatia, afinidade, antipatia, amor ou ódio; vícios e virtudes. Os materialistas não se afastam de ‘suas posses’; os enfermos queixam-se de suas dores, etc.

Há obsessão quando vingam males recebidos nesta ou em outras encarnações. (...)

A sós ou na multidão, elegemos companhias espirituais, com nossos objetivos, pensamentos e conduta; de forma inconsciente, involuntária, ou não, pela lei de afinidade.

Podemos mudá-las, se más, com a conduta reta no pensar, no agir e ao educar as emoções, sintonizando com Espíritos bons, esclarecidos.

Há campo vibratório à nossa volta, a formar nossa aura, e que os atraem ou repelem, segundo a natureza de nossos pensamentos, ações e sentimentos.

Origens das vibrações más: ambição desmedida, ansiedade, egoísmo, maledicência, brigas, agressões verbais ou mentais, palavrões e xingamentos; hipocrisia, medo, ódio, vingança, mágoas, cólera, desvarios do sexo e viciações de toda ordem. São portas abertas ao mal. Afetam nossa vida íntima. Mente enferma, corpo doente.

Boas vibrações nos harmonizam com as leis de Deus e nos embelezam a aura. Suas origens: prática da caridade por todos os meios; generosidade; desprendimento; sinceridade; perdão pleno; asseio verbal; higiene mental.

“O homem que pratica (...) o bem vive no seio de vibrações construtivas e santificantes da gratidão, da felicidade, da alegria”. André Luiz (Missionários da Luz, p. 24).


(Gebaldo José de Sousa)







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